A Psicoterapia Infantil

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UNIPAM - Centro Universitário de Patos de Minas CURSO DE PSICOLOGIA Disciplina de: PSICOTERAPIA INFANTIL Profª. Responsável: ROSELY OLIVEIRA DE ALMEIDA

Aluno: Daniela Nascentes, Gabriela Lanzarin, Giovanna Gabryelle.

[pic 2] Livro: Vazio, Anna Llenas. Editora Salamandra 2017.  

O livro Vazio, de Anna Llenas, é um desses livros infantis que pegam muitos adultos de jeito! Traz questões filosóficas sobre os significados das perdas. A história é uma lição de vida, não só para crianças, mas para adultos também. É uma obra que ressalta como as dificuldades contribuem para o nosso desenvolvimento emocional.

 Essa obra ensina de forma leve, com ilustrações que mais parecem colagens e texturas feitas em papelão, e usando uma linguagem simples, que só cabe à nós mesmos aprendermos a lidar com nosso próprio vazio e que coisas do mundo não preencherão nosso vazio, assim como entregar essa responsabilidade para outro alguém também nós fará completos. A perda e o renascimento de Júlia, a protagonista da história, nos mostram que os episódios dolorosos também fazem parte do nosso desenvolvimento e que esses acontecimentos acometem a todos nós.

Júlia entende que são justamente essas experiências que nos tornam únicos e que a resiliência é necessária para nos refazermos desses fatos e, dessa forma, seguir a nossa caminhada. Dentre os construtos envolvidos no processo de enfrentamento das adversidades, a resiliência se destaca como aquele que pode favorecer um desfecho positivo diante da situação problema (Masten, 2001, 2018).

Anna constrói um enredo cheio de simbolismo e, de forma leve ajuda crianças a dar ouvidos a uma vozinha dentro de si, assim, pouco a pouco conseguir enxergar o valor e a beleza que reside ali no seu incabível vazio.

Trabalhar este livro com crianças, pode auxiliar os pequenos a ouvirem seu próprio vazio, mostrando que a respostas que as vezes buscamos se encontram dentro de nós mesmos. Tem por objetivo também, nos ensinar a respeitar o vazio e consequentemente o espaço do outro, aprendendo a lidar com o seu. Nada e nem ninguém nos completam, e sim somam. Uma vez que, quando nos tornamos capazes de identificar nossas próprias emoções, cria-se a possibilidade de inferirmos o sentimento de outra pessoa frente à determinada situação (Skinner, 1978).

A compreensão das emoções refere-se à capacidade de identificar, reconhecer e nomear emoções; diferenciar as próprias emoções; compreender as emoções dos outros com base nas expressões faciais e nas características das situações de contexto emocional (Denham et al., 2003).

As crianças precisam aprender que sob certas circunstâncias elas ficam com raiva (ou medo, ou tristes, etc.), e quais são essas circunstâncias; como se sente cada emoção por dentro; como se expressa por fora, e que rotulo dar-lhe, a fim de falar sobre isso. Tudo isso envolve um grau de autoconsciência, isso é, a capacidade de se afastar e monitorar os próprios sentimentos e comportamentos - uma realização sofisticada na sua forma plenamente desenvolvida, embora o seu início já possa ser encontrado numa idade muito precoce (Schaffer, 2004).