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A REFORMA PSIQUIATRA

Por:   •  27/6/2019  •  Projeto de pesquisa  •  2.909 Palavras (12 Páginas)  •  169 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE

HELEN CRISTINA LACERDA

JESSICA MARIANA DE SOUZA MARTINS

RICHELIE MATEUS DE CASSIO

REFORMA PSIQUIATRA

Como a Psicologia Humanista Fenomenológica pode contribuir para deslocar o foco nas patologias para a pessoa na área da saúde mental

BELO HORIZONTE
2018  

Sumário

1 INTRODUÇÂO        3

2 PROBLEMA        4

2.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA        4

2.2 QUESTÃO PROBLEMA        6

3 OBJETIVOS        6

3.1 OBJETIVO GERAL        6

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS        6

4 REFERENCIAL TEÓRICO        6

5 METODOLOGIA        8

6 REFERÊNCIAS        10


1 INTRODUÇÂO

Começamos a pesquisa com um breve resgate histórico da reforma psiquiátrica, o processo da reforma psiquiátrico e contemporâneo que vem do movimento sanitário, este movimento vem de mudanças do contexto internacional de transformações para a superação da violência asilar, nos anos 70 houve uma crise no modelo de assistência voltada para o hospital psiquiátrico onde por um lado ocorre a eclosão o e por outro se, criou os movimentos sociais pelos direitos dos pacientes. A reforma psiquiátrica e um processo político e social complexo, que se compõe por autores, instituições, e forças de diferentes origens, e em vários territórios, nos governos federais, estaduais e municipais, na universidade, no mercado de serviços mentais, familiares e movimentos sociais.

 A reforma psiquiátrica teve início no Brasil em 1978, e com o passar dos anos, a saúde mental é vista cada vez mais com um olhar minucioso, a partir da evolução da reforma no ano de 1989, da entrada no congresso nacional o projeto que propõe a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no pais. O movimento ganha força nos campos legislativo e normativo. Através da vivencia ao logo do curso de psicologia nos deparamos com um impasse chamado saúde mental, observamos a falta de identidade do paciente nos hospitais psiquiátricos, onde são tratados somente pelas patologias existentes, sem levar em consideração o indivíduo e sua singularidade.

A partir do olhar fenomenológico, buscamos desmitificar a ideia imposta que o paciente e visto somente como uma patologia, ao logo do trabalho abordaremos as contribuições da psicologia humanista que demostra a relevância do paciente muito além do diagnóstico. Com a experiência vivenciada no estágio do hospital psiquiátrico (Galba Velloso), percebemos a rotulação criada pela instituição no ambiente hospitalar, quadro clinico, remédio, leito, sintomas são trocados pelo nome do paciente, observamos a carência, o olhar de esperança, o medo da solidão, o grito de socorro. Percebemos também a ausência da escuta minuciosa e do olhar empático para conseguir enxergar o paciente como ele é sem ser banalizado pela sociedade.

Buscamos uma humanização para as pessoas que são esquecidas pela sociedade, amigos e familiares. Pensamos que é possível uma vida diferente, onde não se sintam um ser insignificante, em relação ao seus sentimentos, medo, afeto e amor. Assim, nos propomos discutir formas de tratamentos. O objetivo deste projeto e utilizar teorias da psicologia humanista/fenomenológica para romper com os preconceitos ainda existentes em torno da saúde mental, levando a realização de métodos que promovem a inclusão social, diminuindo a segregação da loucura. Assim este projeto tem grande relevância de cunho cientifico, onde buscará no resgate da subjetividade dos pacientes em saúde mental.

2 PROBLEMA

2.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Ao fazer um resgate histórico das metodologias em saúde, Leal e Junior (2013) descrevem o crescimento das pesquisas baseadas em evidências. Entretanto, demarcam que estes estudos pouco contribuem para o olhar de casos específicos de patologias, sendo necessária uma experiência mais qualitativa com os sujeitos. Além disso, destacam que estes fenômenos também não podem ser compreendidos somente pelo caráter social da questão, através de elementos culturais e contextuais introjetados. Assim, os métodos mais utilizados para a análise, o socioantropocentrismo e a pesquisa baseada em evidências, não conseguiriam explicar completamente sobre o adoecimento. Seria necessário então um olhar plural para estas questões.

 É necessário de uma visão que englobe fatores individuais, sociais e biológicos, em uma ampla perspectiva qualitativa. Estes autores, descreve que o olhar para a experiência e o fenômeno vivido contribuem igualmente para estes casos, em um modo mais amplo de ver as patologias. Desse modo, Leal e Junior (2013) destacam como possibilidade o olhar fenomenológico para o adoecimento mental. Esta abordagem preconiza o entendimento da experiência, isto é, o modo de estar-no-mundo das pessoas. Os sentidos aqui são o cerne da experiência, atravessados por um corpo marcado por signos sociais e elementos naturais. De tal forma, a saúde mental pode ser, pensada justamente nesse aspecto, entendendo como o adoecer é vivenciado pelo adoecido.

A intenção desta pesquisa então não é explicar, ou demonstrar genericamente, o adoecimento na vida dos sujeitos, mas demonstrar as contribuições da psicologia fenomenológica existencial-humanista para na saúde mental. Nestes pressupostos, de acordo com Moreira (2009), a clínica psicopatológica fenomenológica-humanista é postulada na busca pelos significados da experiência vivida. A autora define essa experiência como mundana, isto é, relativa ao estar-no-mundo, o qual Merleau-Ponty (1999) retrata como carregado de significados sociais, com o ser nunca podendo ser deslocado do seu meio. Deste modo, compreender estes significados possibilita entender o sofrimento da pessoa, podendo gerar mudanças.

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