A Resenha Infantil
Por: Anna Bia • 1/10/2019 • Resenha • 1.511 Palavras (7 Páginas) • 211 Visualizações
O artigo " A Literatura infantil como recurso de inclusão social nas escolas" por Rosinete de Sales Gomes Confessor, traz a importância da inclusão da literatura na 2º infancia, ela ressalta a importância de trabalhar isso nas escolas. Aponta que o estudo tem como objetivo verificar a contribuição da literatura como recurso estimulador da inclusão social na formação daquele individuo, para que o mesmo tenha pensamento critico e seja atuante na sociedade.
Diante disso, a escola busca conhecer e desenvolver na criança as competências da leitura e da escrita e como a literatura infantil pode influenciar de maneira positiva neste processo. Assim, Bakhtin (1992) expressa sobre a literatura infantil abordando que por ser um instrumento motivador e desafiador, ela é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua aprendizagem , que sabe compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade.
No estudo é enfatizado que a importância da literatura infantil possui para a aquisição de uma formação voltada para uma cultura inclusiva onde as pessoas se aceitem e se interagem de forma pacífica e solidária apesar das diferenças, para que não a vejam como inferiores mas sim por ter o conhecimento da potencialidade do ser humano independente da condição fisica dele, assim a criança passa a conhecer novas possibilidades de interagir com o outro e faz com que a desperte o prazer da leitura.
“Bons livros poderão ser presentes e grandes fontes de prazer e conhecimento. Descobrir estes sentimentos desde cedo, poderá ser uma excelente conquista para toda a vida.” (Silva, 1992, p.57)
Apesar dessa grande importância há uma defasagem nesse processo, então ela a mesma cita que as hoje a literatura nas escolas tem sido obrigadas e se questiona o motivo de isso acontecer, Mas afinal, por que isso acontece? Talvez seja pela falta de exemplo dos pais ou dos professores, talvez não. Percebe é que a literatura, bem como toda a cultura criadora e questionadora, não está sendo explorada como deve nas escolas e isto ocorre em grande parte, pela pouca informação dos professores, o agravante é que além dos professores, em sua maioria não ter o hábito de ler , desconhece literaturas voltadas ao tema inclusão.
Os primeiros livros direcionados ao público infantil, surgiram no século XVIII. Autores como La Fontaine e Charles Perrault escreviam suas obras, enfocando principalmente os contos de fadas. De lá pra cá, a literatura infantil foi ocupando seu espaço e apresentando sua relevância.
Desde então esse estilo de literatura veio ganhando espaço no mercado e foram surgindo autores imortalizados por suas grandes obras.
Por muito esse estilo de literatura era para uma sociedade que se destacava, a sociedade aristocrática (grupo de pessoas que sustentavam o poder do monarca ocupando cargos na administrativo do governo) e com o passar dos anos a indrustrialização se expandiu a produção de livros.
A partir daí os laços entre a escola e literatura começam a se estreitar, pois para adquirir livros era preciso que as crianças dominassem a língua escrita e cabia a escola desenvolver esta capacidade. De acordo com Lajolo & Zilbermann, “a escola passa a habilitar as crianças para o consumo das obras impressas, servindo como intermediária entre a criança e a sociedade de consumo”. (2002, p.25)
nessa época ainda não existia livros infantis, os livros de adultos eram aproveitadas para o publico infantil para seu interesse didático, nas décadas do século XX, as obras didáticas produzidas para a infância, apresentavam um caráter ético-didático, ou seja, o livro tinha a finalidade única de educar, apresentar modelos, moldar a criança de acordo com as expectativas dos adultos.
Hoje a dimensão de literatura infantil é muito mais ampla e importante. Ela proporciona à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo indiscutíveis.
É através de uma história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras, outra ética, outra ótica...É ficar sabendo história, filosofia, direito, política, sociologia, antropologia, etc. sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula (ABRAMOVICH, 1997, p.17)
O conhecimento é adquirido na interlocução, o qual evolui por meio do confronto, da contrariedade. Assim, a linguagem segundo Bakthin (1992) é constitutiva, isto é, o sujeito constrói o seu pensamento, a partir do pensamento do outro, portanto, uma linguagem dialógica. Que este diálogo na literatura busque também o respeito ao outro independente das diferenças
O ato de ler então, não representa apenas a decodificação, já que esta não está imediatamente ligada a uma experiência, fantasia ou necessidade do indivíduo. A compreensão das ideias percebidas, a interpretação e a avaliação são as outras etapas que segundo Bamberguerd (2003, p.23) “fundem-se no ato da leitura”. Desta forma, trabalhar com a diversidade textual, fazendo com que o indivíduo desenvolva significativamente as etapas de leitura é contribuir para a formação de leitores competentes.
A diversidade a literatura vai ganhando espaço, e assim a literatura voltada para a inclusão social irá ganhar abertura para ser trabalhada nas escolas.
Então surgirá as duvidas sobre a inclusão "O que seria então incluir? Qual o papel das escolas e da Literatura infantil nesta tarefa? Como realizar um trabalho inclusivo com Literatura na escola?" então a resposta vem "Incluir quer dizer fazer parte, inserir, introduzir. Inclusão é o ato ou efeito de incluir."
Assim, a inclusão social das pessoas com deficiências significa torná-las participantes da vida social, econômica e política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da Sociedade, do Estado e do Poder Público. A inclusão é um processo que acontece gradualmente, com avanços e retrocessos isto porque os seres humanos são de natureza complexa e com heranças antigas, têm preconceitos e diversas maneiras de entender o mundo.
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