A Revista Pandemias e Epidemias
Por: 0697 • 4/10/2021 • Trabalho acadêmico • 1.068 Palavras (5 Páginas) • 169 Visualizações
Ao longo da história, pandemias e epidemias assolaram a humanidade e forçaram mudanças significativas nos hábitos das sociedades, alguns dos quais persistem até hoje. No passado, a pouca informação e uma área científica que dava os primeiros passos para a compreensão de algumas doenças complicavam ainda mais as coisas.
Epidemias e pandemias são situações que exigem adequações imediatas de contextos sociais e econômicos para a preservação da vida, sendo que os impactos dessas medidas podem ser duradouros. Entre as epidemias e pandemias tiveram maiores efeitos ao longo da história podemos citar a varíola, cólera e a gripe espanhola, que foram pandemias de impacto histórico e com destaque, a gripe espanhola, causada pelo vírus influenza, predispunha os pacientes a uma subsequente pneumonia bacteriana gerando altos índices de mortalidade.
Estima-se que 50% da população mundial tenha sido infectada nessa pandemia que ocorreu em uma dinâmica de três ondas entre 1918 e 1919.
Com a Covid-19 com certeza teremos mudanças na sociedade pós pandemia, uma vez que individualmente e coletivamente todos tiveram que se adaptar a uma nova realidade. Na gripe espanhola, os relatos são de um tempo de total solidão, hoje a tecnologia nos aproxima e nos mantêm ativos.
A duração e a magnitude de uma pandemia em curso são aspectos incertos, nessas situações podemos apenas esperar que as necessidades aumentem ao longo do tempo, por isso a importância da adaptação conforme a trajetória do processo.
Mas a pandemia não veio acompanhada só da preocupação com a saúde. Logo de cara, a economia começou a sentir os efeitos. Consequentemente, o mercado de trabalho também e com isso agravou o desemprego, a informalidade, o trabalho passou a ser home office e houve diminuição das horas trabalhadas, insegurança no trabalho presencial e aumento veloz da desigualdade.
Uma crise econômica não atinge apenas um setor, ela atinge diversos setores, ainda mais quando ela é global. E foi isso o que aconteceu com a pandemia no Brasil. Apesar de certas áreas sofrerem mais que outras, a realidade de trabalho da maioria das pessoas foi afetada. Houve uma acentuada queda no número de vagas desde que o novo coronavírus deu as caras por aqui, só nos primeiros meses do ano de 2020, segundo o IBGE, quase 5 milhões de pessoas tiveram que parar de trabalhar.
Assim, aumentou o número de desalentados, como são chamados os que desistiram de procurar emprego por falta de esperança, e o Brasil não é o único que está enfrentando esse tipo de problema, outros países onde a economia informal é forte também estão sofrendo com o desemprego.
A OIT (Organização Mundial do Trabalho) estima que 195 milhões de empregos foram destruídos pela pandemia até o segundo semestre de 2020.
Por vários motivos, a informalidade pode tomar conta do mercado de trabalho em certos países, como é o caso do Brasil. Em cenários de crise, quem trabalha informalmente fica ainda mais vulnerável, correndo maiores riscos de ficar sem uma fonte de renda. Daqueles 5 milhões de vagas de trabalho que foram fechadas, 3,7 milhões eram informais.
Perder um trabalho informal significa sair com uma mão na frente e outra atrás. Em tempos de crise, fica ainda mais difícil se recolocar no mercado. É por isso que a criação de políticas de auxílio para essas pessoas é tão importante.
O trabalho remoto foi uma saída para as empresas não pararem de funcionar. E isso sem colocar a saúde e a segurança dos seus funcionários em risco. Assim, muita gente que atuava em escritórios passou a trabalhar de casa desde que a pandemia começou.
O home office não fazia parte da cultura da maioria das empresas brasileiras. Só 5,4% dos profissionais trabalhavam remotamente em 2018. Mas, nos últimos meses, essa nova modalidade tem mostrado suas vantagens para os dois lados. Por isso, pelo menos por enquanto, parece que a tendência vai continuar.
Para quem nunca tinha feito home office, a experiência pode não estar como elas imaginavam. Afinal, separar a vida pessoal da profissional dentro de casa pode ser difícil.
É uma questão de adaptação. Aos poucos, as pessoas estão aprendendo como aproveitar os benefícios e a render mais no trabalho remoto.
O problema é que nem todas as funções podem ser feitas de casa. Diversos serviços dependem do trabalho presencial. Nesses casos, as empresas precisam oferecer o ambiente mais seguro possível para os seus funcionários.
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