A Vida de Wilhelm Wundt
Por: Clarissa Coriolano • 4/5/2019 • Resenha • 971 Palavras (4 Páginas) • 503 Visualizações
Wilhelm Wundt nasceu em 1832 e morreu 1920. Sua infância foi marcada pela solidão, distanciamento da família e fracasso escolar. Foi reprovado no seu primeiro ano do ginásio, contrariando a forte tradição intelectual de sua família. Entretanto, mesmo não tendo muito interesse pela escola, Wundt ingressou na universidade aos 19 anos. Entrou na carreira de medicina, porém a pratica não o agradava e passou a se concentrar na fisiologia. Teve aula com o grande fisiologista Müller, recebeu seu doutorado em 1855 e ocupou vários cargos importantes.
Ao decorrer de suas pesquisas fisiológicas, começou a projetar uma psicologia que fosse uma ciência independente e experimental. Descreveu experimentos originais e em seu livro usou pela primeira vez o tempo “psicologia experimental”.
Em 1864 ofereceu um curso de psicologia fisiológica que foi a primeira proposta formal de um curso do tipo no mundo. Seu livro, Princípio de Psicologia Fisiológica, foi um grande marco e formalizou a psicologia como ciência de laboratório, com perguntas e métodos de experimentação próprios.
Em 1875 tornou-se professor de filosofia, função que exerceu por 45 anos. Com o progressivo sucesso de seu laboratório, um grande número de alunos posso a se interessar por suas pesquisas. Mais tarde, vários alunos de Wundt fundaram laboratórios próprios, tendo o laboratório de Leipzig como uma importante influência.
O sistema de psicologia de Wundt
A psicologia de Wundt baseou-se nos métodos experimentais das ciências naturais, especialmente nas técnicas usadas pelos fisiologistas. Ele adaptou os métodos científicos de investigação aos objetivos da nova psicologia. A fisiologia e a filosofia o ajudaram a moldar o objeto de estudo e os métodos de investigação.
O objeto de estudo de Wundt era a consciência. O associacionismo e o empirismo influenciaram o sistema construído por ele Para Wundt, a consciência possui características distintas e pode ser estudada por dois métodos: pela análise e pela redução.
Wundt intitulava seu sistema de voluntarismo, que se atribui ao poder que a vontade possui de organizar a mente/consciência em processos cognitivos de nível superior. Entretanto, Wundt identificava a importância básica dos elementos da consciência, afinal, sem eles não há o que a mente organizar.
A natureza da Experiência Consciente
Para Wundt, o estudo da experiência imediata é mais importante para os psicólogos do que a mediata, pois nela podemos notar elementos da experiência em si, e não somente do objeto. Wundt estava à procura dos elementos ou partes componentes da consciência, similar como a obra do químico russo Dimitri Mendeleev, que desenvolveu a tabela periódica. Devido a esse pensamento, era comum para os historiadores considerarem que Wundt estava em busca do desenvolvimento de uma “tabela periódica da mente”.
O Método de Estudo: Introspecção
A psicologia de Wundt baseia-se em um método psicológico que envolve a observação da experiência. Para ele, somente o sujeito tem a experiência pode observá-la e, por isso, a introspecção é parte fundamental do processo, o que Wundt chamava de percepção interior. O uso desse método na psicologia tem origem na física, onde foi utilizado no estudo da luz e do som, e também na fisiologia, no estudo dos órgãos dos sentidos.
Wundt tinha preferência pelo uso da introspecção quantitativa, pois na qualitativa o sujeito descrevia apenas suas experiências interiores, e ele estava em busca dos julgamentos conscientes em relação ao tamanho, intensidade e duração dos vários estímulos físicos.
Os Elementos da Experiência Consciente
Segundo Wundt, havia três problemas na psicologia: (1) analisar os processos conscientes até chegar aos seus elementos básicos; (2) descobrir como esses elementos são sintetizados ou organizados; e (3) determinar as leis de conexão que governam a sua organização.
Wundt considerava as sensações importantes
...