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A Visão do Complexo de Édipo para Melanie Klein

Por:   •  20/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.137 Palavras (9 Páginas)  •  1.056 Visualizações

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A visão do Complexo de Édipo para Melanie Klein

             Para Melanie Klein suas posições correspondem a Teoria das fases psicossexuais de Freud, ela acreditava que essas fases se sobrepõem a outras ou se misturavam.  (GREENBERG e MITCHELL,1994).

             As posições representam a maneira como se relaciona os objetos e os mecanismos de defesa desta relação. Na posição esquizoparanoide,” (...) o amor e o ódio, o seio bom ou seio mau, eles estão isolados uns dos outros” (KLEIN, 1952/1991, p.71-72), e na posição depressiva são unidos, pois a ansiedade e potencializada (...) o bebê crer aniquilar ou está aniquilando um objeto inteiro com seu apetite e violência sem precedentes (...) crê que essa destrutividade vai em encontro com alguém amado” (KLEIN, 1952/1991, p.73).

           No artigo “O desenvolvimento de uma criança” (1921/1996), e a primeira vez que Melanie Klein fala a respeito do Complexo de Édipo. Ela descreve a situação edipiana do menino Fritz, e assim interviu.

           Em “Análise de crianças pequenas” (1923/1996) e “Princípios psicológicos da análise de crianças pequenas” (1926/1996), Melanie Klein começa a questionar o complexo de édipo e permanece com o argumento de que ele começou bem antes do que Freud descrevia. Ele estaria presente entre os 2 ou 3 anos de idade (KLEIN, 1923/1996), e logo descreveu que ele já estava presente no início dos 2 anos de idade (KLEIN, 1926/1996).

         Klein propõem que o complexo de édipo surgia no desmame, época em que apareciam as decepções e pratica do habito de higiene (KLEIN, 1926/1996, 1927a/1996, 1927b/1996)

         Em 1928, Melanie Klein, lança Estágios iniciais do conflito edipiano, e ela descreve que o complexo de édipo se dá com a decepção do desmame. E considerado que ocorre nas “fases genitais do desenvolvimento” (KLEIN, 1928/1996, p.217). Com esses argumentos de Klein, Freud mante –se longe de Klein, mesmo ele sabendo que Klein e sua seguidora (FREUD,1931/1989).

         Em 1928, a ansiedade inconsciente ocorre em meninas e meninos, quando do processo inicial do complexo de édipo, resultado do imaginário agressivo contra o corpo da mãe, o que faz com que a mãe seja alguém hostil, aquela que “divide e castra”. (KLEIN, 1928/1996, p.220). No menino, a ansiedade de castração e vinda da primeira ansiedade, e gerando o “complexo da feminilidade” (idem, p. 219) e vinculado ao fato dele querer ter um órgão que gere uma vida igual ao da mãe.

         Logo depois, de serem agressivos com a feição feminina, surge a fantasia de “superioridade” (idem, p. 220). A ansiedade da menina e o medo der ser acometida em seu íntimo pela mãe que aterroriza, em segundo, o medo de perder o seu amor. Essa ansiedade faz com que ela tenha medo de perder sua feminilidade e o menino o medo de não ter mais o pênis, ação em que o pai faz retaliação ao menino. “Colabora para refrear os impulsos edipianos” (idem, p.224).

         Os processos mentais ocorrem logo no início da vida, com o “objetivo de ter o corpo da mãe e de destruí-lo” (KLEIN, 1930/1996, p.251). Tanto o pai e a mãe são agredidos, porque em seu imaginário a vagina reveste o pênis do pai. Melanie Klein, diz que a ansiedade desencadeada, coloca em pratica os mecanismos de defesa mais arcaicos do ego” (idem, p.252), utilizando ainda a repressão inconsciente como defesa. Ainda em um estágio anterior o sujeito em seu imaginário usando o sadismo, e a retaliação do objeto. O ego se protege por meio da “expulsão” do sadismo e da “destruição” do objeto.

        A criança constitui um ego vulnerável, dominado por desejos sexuais e sádicos, que contradizem ao superego doloroso (KLEIN,1928/1996). O ódio domina a batalha edipiana (p.218).

        A ansiedade emergida, faz com que apareça no mecanismo de identificação a igualdade entre os órgãos dela, aqueles aos quais ela quis aniquilar (KLEIN, 1930/1996, p.252). Esses objetos agora fazem com que ela se sinta ameaçada, e a ansiedade se faz presente nesse elo, assim a criança se mantem a ter outros objetos.

        Em 1940, no artigo “O luto e suas relações com os estados maníacos – depressivos”, Klein finaliza a teoria da posição depressiva e correlaciona o complexo de édipo a eliminação de um objeto bom. Depois refaz seu entendimento sobre o funcionamento mental estar relacionado sobre o amor e o ódio. Em 1945, reaparece o complexo de édipo, em “O complexo de Édipo a luz das ansiedades arcaicas” nele ela defende que o complexo de édipo está diretamente ligado a posição depressiva.  O ódio não e mais gatilho para a batalha edipiana. Os sentimentos de amor dominam o primeiro plano (KLEIN, 1945/1996, p.462-463).

       Em 1958, “Sobre o desenvolvimento do funcionamento mental” (1958), Klein, contrariando o que Freud pressupõem: “o superego antecipa o complexo de édipo em alguns meses(...) No começo de vida do bebe em seu primeiro ano, junto a posição depressiva” (KLEIN, 1958/1991, p.273).

A visão de Donald Winnicott sobre o Complexo de Édipo

       Winnicott reescreve a teoria do complexo de édipo com as suas considerações. Na castração no menino, não é apenas a aflição, mas e como a punição paterna atenua o complexo de édipo e diante da falta de imaturidade da criança a satisfação dos desejos pela mãe (WINNICOTT, 1988);

       O Winnicott considera dizer que a castração da menina; a mulher e formada por uma tríade, o bebe, a mãe/mulher e a mãe da mãe, e será sempre mais angustiante que que o menino, pois encontra se em negação a sua genitora (WINNICOTT, 1986g).

        O início da psicose está distante do complexo de Édipo e é relacionado ao fato do ambiente influenciar as fases iniciais do desenvolvimento, por não se tratar do indivíduo formado (WINNICOTT, 1955d, 1968a) Neste caso não pode se tratar como um caso de complexo de édipo, pelo movimento da personalidade não neurótica, será satisfatório se for tratado como acontecimento da vida cotidiana (WINNICOTT, 1955d, p.466).

        E visto os pais da criança como algo real, e não apenas aquilo que ela tem deles introjetada nela, no ambiente vivido pelo Édipo. Assim o ambiente não faz parte da sustentação da personalidade e sim da passada pacifica pelo Édipo. Sem a necessidade de defesas. Winnicott reformula todo o complexo de Édipo deixando o mais preciso, sem da importância as considerações de Melanie Klein (WINNICOTT, 1989xi, 1986g, 1989xa).

Referencias

GREENBERG, J.R. & MITCHELL, S.A. Relações objetais na teoria psicanalítica. Porto Alegre: Artes Médicas (1994).

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