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A contribuição de Josef Brožek na Historiografia da Psicologia

Por:   •  19/11/2017  •  Resenha  •  1.107 Palavras (5 Páginas)  •  281 Visualizações

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A contribuição de Josef Brožek na Historiografia da Psicologia

Referência Bibliográfica:

  1. Brožek, J. & Massimi, M. (Editor). (2002a). Curso de Introdução à Historiografia da Psicologia: Apontamentos para um Curso Breve – Terceira Parte. Memorandum – Memória e História da Psicologia, 3, 112-131, Retirado em 29/08/2016, do World Wild Web:

http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/artigos03/brozek04.htm

  1. Brožek, J. & Massimi, M. (Editor). (2002b). Curso de Introdução à Historiografia da Psicologia: Apontamentos para um Curso Breve – Segunda Parte. Memorandum – Memória e História da Psicologia, 2, abril, 103-109. Retirado em 29/08/2016, do World Wild Web:

http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/artigos02/brozek02.htm

  1. Brožek, J. & Massimi, M. (Editor). (2001). Curso de Introdução à Historiografia da Psicologia: Apontamentos para um Curso Breve. Memorandum – Memória e História da Psicologia, 1, outubro, 72-78. Retirado em 29/08/2016, do World Wild Web:

http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/artigos01/brozek01.htm

    Josef Brožek, professor e um dos pioneiros nos estudos em História da Psicologia do mundo, apresentou uma aula no mês de maio de 1996, para estudantes do primeiro ano do curso em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto. Uma aula que cativou, conquistou e demostrou a importância de estudar uma tema tão complexo como História da Psicologia, e que infelizmente não seria possível apresentar todo seu conteúdo. Incitou também a perceberem quão importante é o papel dos historiadores.

    Historiadores que usando os dados históricos para restaurar vidas, fatos e épocas que nos ajudam a nos entendermos o passado, compreender o presente e antever de maneira despretensiosa o futuro. Brožek em seu minicurso pretende mostrar aquilo que um historiador pode fazer, e o que já fez, e tudo o que somos, temos e sabemos vêm de gerações passadas, que o historiador ao identificar os vestígios, os coleta, organiza, analisa e busca recriar e entender eventos e experiências do passado. O trabalho de recuperação de documentos feito pelo historiador é de uma enorme contribuição aos nossos conhecimentos. Os fatos quando achados são perdidos no tempo, um historiador precisa identificar qual período esse fato se encaixa, alguns são localizados em um passado mais próximo, outros são de um passado mais distante. “Eles funcionam no quadro do desenvolvimento dos indivíduos (o que Hans Driesh denominou de “base histórica da reação”) e do Zeitgeist, a saber o espirito do tempo [..]” (BROZEK, 2001, 76). Porém não é uma atividade fácil colocar os dados históricos, no tempo e lugar ao qual pertence, muitos se perdem, outros não trazem soluções satisfatórias há esses problemas.

    Para a Psicologia acontecimentos como guerras, revoluções, entre outros, não são as realidades históricas básicas, olhamos a ação de homens e mulheres nesses contextos históricos. É tomado o cuidado para não acontecer interpretações, utilizando conceitos atuais, na Psicologia termos modernos usados o para entender contextos passados se tornam uma interpretação errônea e pode conduzir ao anacronismo. E nesse contexto da História da Psicologia há quatro métodos de historiografia: o Zeitgeist, que traduzido do alemão significa espirito do tempo é a cultura do mundo em uma determinada época e tempo, e tratado como se fosse um titeriteiro que controla as cordas da história como se fossem marionetes. “Na realidade, o Zeitgeist é uma construção hipotética, um modo elegante de interpretar a conduta dos indivíduos e dos grupos de indivíduos” (BROZEK, 2002, 107); os Grandes Homens que são os criadores da história; as abordagens psicanalíticas ou da psicohistória que estuda o comportamento de homens e de grupos de homens. A psicanalise não fornece aos historiadores informações para a análise histórica, fazendo com que ao invés de usar fatos, usam de suas teorias; e pôr fim a perspectiva multifatorial um modelo que “dirige a atenção do historiador para variáveis que podem ser examinadas empiricamente e analisadas de modo satisfatório [...]” (BROZEK, 2002, 108).

    Brožek compartilhou em seu breve curso sobre a historiografia da psicologia sua grande contribuição ao tema, suas vividas e ricas experiências e memorias. Teve seu primeiro contato com a história da psicologia em seu segundo ou terceiro ano de seus estudos acadêmicos, na Universidade Carolina de Praga, quando teve contato com um livro escrito em idioma alemão com o de Psychologie der Gegenwart (A Psicologia Contemporânea) escrito por Hans Henning, uma leitura que o fez se apaixonar por história da psicologia, porém só veio a trabalhar com sua paixão depois de trabalhar na área em que era especializado psicologia aplicada, e depois de se envolver na atividade de psicobiólogo. Em 1963 concentrou seus esforços em história da psicologia. Um pequeno nos Estados Unidos se juntava com o interesse em comum com a história da psicologia nos anos 60. Josef Brožek, Robert I. Watson, entre outros integravam esse pequeno grupo. Em 1965, transformaram o boletim decodificado, pelo qual trocavam mensagem, em um periódico cientifico: o Journal of the History of the Behavioral Sciences. Brožek incluiu a história da psicologia na APA (Associação Psicológica Norte-Americana) e em contexto mundial. Com ajuda financeira organizou seminários no verão em universidades norte-americanas, foram seminários que contaram com a presença de diversas pessoas dentre as quais estavam professores, estudantes, estrangeiros etc. Criou a Cheiron (International Society for the History Behavioral and Social Sciences, em português Sociedade Nacional para a História das Ciências Comportamentais e Sociais) em seu apartamento em Durham, que logo se estendeu para outras partes do mundo como na Europa que foi fundada em setembro de 1982 junto com a Free University. Quando visitou o Brasil a convite do professor Antônio Gomes para o Primeiro Seminário da História da Psicologia no Rio de Janeiro, Brožek viu a possiblidade de criar a Cheiron da América Latina. Em 1984 pequenas coleções de monografias intitulado como Explorations in the History of Psychology in the United States foram publicadas, monografias que foram de extrema importância para o estabelecimento da história da psicologia, junto com as traduções que possibilitavam e facilitavam o acesso a materiais que possuía grande fonte de informações que antes eram inacessíveis. Josef realizou diversas traduções que foram importantes para a história da psicologia, fez várias pesquisas em arquivos e contribuiu com muitos estudos, fez diversas pesquisas com vários métodos sendo o seu preferido o quantitativo, com o qual desenvolveu diversos estudos.

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