TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A crítica psicanalítica do DSM-IV

Por:   •  3/4/2024  •  Artigo  •  500 Palavras (2 Páginas)  •  87 Visualizações

Página 1 de 2

Professor: Roberto Magalhães

Nome: Maria Eduarda Torrente Guimarães

Curso: Psicologia- 1º Semestre

RESUMO DO ARTIGO:

A crítica psicanalítica do DSM-IV – breve história do casamento psicopatológico entre psicanálise e psiquiatria

Neste artigo é feito uma análise crítica da utilização do DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) na clínica psiquiátrica a partir da perspectiva da psicanálise. È discutido as bases e o estado atual de relações entre a psiquiatria dita “biológica” e a psicanálise no plano da pesquisa em psicopatologia.

Por vezes o DSM é empregado como pretexto para uma “língua comum”.  Baseados na reconstrução histórica das relações entre psicanálise e nos DSM são mostrados que esta base comum é antiga e serve para a homogeneização e silencia as controvérsias e divergências “internas”, quer à psicanálise ou à psiquiatria.

O objetivo deste artigo é mostrar o DSM como figura histórica de compromisso, e não representar a discórdia, choque entre duas civilizações (psiquiátrica e psicanalítica) e os sintomas maiores da eliminação individual dos múltiplos discursos sobre o mal-estar, o sofrimento e o sintoma, ou seja, do choque.

A necessidade de recolher informação estatística foi o impulso inicial para o desenvolvimento de uma classificação de transtornos mentais nos Estados Unidos.

O DSM-I teve grande influência do sistema diagnóstico de Meyer, aonde sua maior contribuição à psiquiatria vem da insistência de que o paciente seria mais bem compreendido se suas situações de vida fossem levadas em consideração.

O DSM-II evoluiu a partir dos sistemas de coleta de recenseamento e estatísticas de hospitais psiquiátricos e de um manual desenvolvido pelo Exército dos Estados Unidos com a finalidade de seleção e acompanhamento de recrutas e das instabilidades surgidas no contexto da guerra. A APA decidiu revisar o DSM. O termo “reação” foi abandonado, mas a “neurose” foi mantida.

DSM-II atrai a ira dos críticos que nele reconhecem uma síntese do compromisso entre a psiquiatria mais normativa e a psicanálise mais retrógrada. Casamento celebrado sob os auspícios de um cientificismo ideológico. A associação entre histeria e feminilidade ou homossexualidade e perversão é exemplo de que o manual representaria a realização institucional referendada pelo Estado e articulada aos seus dispositivos educacionais, jurídicos e de pesquisa para repressão política.

Listando 297 desordens em 886 páginas, o DSM-IV foi publicado. Um comitê de direção de 27 pessoas foi introduzido, incluindo quatro psicólogos. A grande mudança foi à inclusão de um critério de significância clínica para quase metade de todas as categorias que possuíam sintomas e causavam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento.

Apesar de tais críticas, a delimitação das categorias mostrou-se particularmente conveniente para disciplinas que operam com uma metodologia empírica experimental em suas abordagens do sofrimento psíquico.

Atualmente, a MBE tende a substituir a clínica pela epidemiologia, apontando a miséria da prática clínica, do terapeuta dedicado à arte de curar. Temos um colapso das práticas clínicas como forma de intermediação entre o conhecimento geral das disciplinas clínicas e o sujeito que sofre. Tais consequências da normatização das práticas clínicas causam repercussões consideráveis sobre todas as práticas fundadas na clínica.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.6 Kb)   pdf (38.7 Kb)   docx (8.5 Kb)  
Continuar por mais 1 página »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com