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A vida sexual dos seres humanos

Por:   •  23/10/2023  •  Resenha  •  801 Palavras (4 Páginas)  •  72 Visualizações

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Resenha conferência XX - A vida sexual dos seres humanos

       O texto inicia-se com Freud discutindo possíveis definições para o que seria sexual no ser humano, chegando à conclusão de que o que habitualmente se chama de sexual, o prazer do corpo através dos órgãos sexuais, não é suficiente para explicar outros comportamentos claramente sexuais como a masturbação, o fetichismo e outras manifestações inicialmente chamadas de perversões.

       O grupo dos pervertidos foi dividido, segundo Freud, entre aqueles em que o objeto sexual foi modificado e aqueles em que a finalidade sexual foi modificada. Isto é, no primeiro grupo, encontramos aqueles que renunciaram a união dos dois genitais e que usam como fonte de prazer outra parte do corpo ou objetos específicos, por exemplo, peças de roupas, seriam esses os fetichistas. O segundo grupo de pervertidos é formado por aquelas pessoas que utilizam essas outras partes do corpo ou objetos específicos no ato inicial do ato sexual para sentir prazer. Freud está falando de pessoas que sentem prazer em olhar outras pessoas, apalpá-las, ou espiá-las durante os atos íntimos.

       Para Freud, uma melhor compreensão acerca das perversões viabiliza uma melhor compreensão da sexualidade normal, uma vez que ambas partem de pressupostos que guardam uma certa semelhança, relembrando que os sintomas neuróticos são substitutos da satisfação sexual e que na neurose histérica os sintomas podem ocorrer em qualquer órgão.

         Adentrando o ponto da sexualidade infantil, Freud propõe que traços sexuais perversos estariam presentes desde a infância, e portanto as diferenciações sexuais da vida adulta seriam diferentes destinos dados a esta sexualidade. Segundo ele, a sociedade tenta, por meio da educação, reprimir a sexualidade infantil, para que os sujeitos possam converter a libido sexual em energia voltada para os processos civilizatórios, como o trabalho e a vida comunitária, porém, o esforço em controlá-la foi tão grande que passamos a negar sua existência. Em seguida, o texto traz a questão de que o interesse sexual das crianças está primordialmente ligado ao fato de querer saber de onde elas vêm, sendo assim, as mesmas em diferentes idades, apresentam hipóteses diferentes acerca do fenômeno.

      O conceito de libido é apresentado por Freud enquanto força pela qual a pulsão sexual se manifesta e faz uma análise retrospectiva para demonstrar que a libido é notada nas crianças. Sendo que os primeiros impulsos sexuais aparecem relacionados a funções vitais, como é possível observar no ato de sugar o seio materno. A sucção, que inicialmente tinha o objetivo de alimentar, passa a ser também fonte de prazer atribuído à excitação das áreas da boca e dos lábios, denominadas como zonas erógenas.

      Em algum momento, o bebê abandona o seio materno e passa a sugar partes de seu próprio corpo, a exemplo do dedo ou língua, obtendo prazer sem a necessidade de concessão do mundo externo e ocorre a erotização de outras partes de seu corpo.

       O desenvolvimento da libido, segundo Freud, passar por fases, sendo elas: a fase oral, a fase anal e a fase genital.

  • fase oral: o primeiro objeto de prazer é o seio materno e é substituído pela sucção de partes do próprio corpo do bebê.

  • fase anal: bebês têm prazer nos processos de evacuação de urina e fezes e este é o primeiro momento em que o mundo externo é inibidor ao prazer, o bebê deve eliminar suas excreções quando os outros decidem que deve fazê-lo, trocando o prazer pela respeitabilidade social.
  • fase genital: eventualmente, a criança descobre a masturbação, embora o estabelecimento da primazia dos genitais não se dê até a puberdade.

      Retomando as investigações sexuais da criança, Freud destaca que a observação acerca da atividade sexual de uma criança pode começar antes dos 3 anos. Primeiro, o autor traz o exemplo dos meninos, quando um destes descobre que as mulheres não tem pênis, ele supõe que um dia elas tiveram, mas que esse caiu ou foi cortado. O menino, então, entra no complexo de castração, que está diretamente relacionado a saída do complexo de Édipo e, consequentemente, na organização psíquica da criança, pois é o que posteriormente implicará em um posicionamento diante do desejo da mãe e nas questões relativas ao final do Édipo.

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