AS IMPLICAÇÕES DA TEORIA DE CARL RANSOM ROGERS PARA A EDUCAÇÃO
Por: Lídia Machado • 7/4/2017 • Trabalho acadêmico • 1.392 Palavras (6 Páginas) • 820 Visualizações
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA[pic 1][pic 2]
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
NOME
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AS IMPLICAÇÕES DA TEORIA DE CARL RANSON ROGERS PARA A EDUCAÇÃO
BELÉM
2014
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AS IMPLICAÇÕES DA TEORIA DE CARL RANSON ROGERS PARA A EDUCAÇÃO
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia Educacional e da Aprendizagem como requisito parcial de avaliação, realizada sob orientação da Profª Larissa Medeiros.
BELÉM
2014
- INTRODUÇÃO
Atualmente as ações promovidas pela educação, quando correlacionadas com as das décadas anteriores, passam a ser muito mais cheias de desafios em relação ao processo de aprendizagem. Ensinar alguém a aprender, aprender a ensinar, são palavras de ordens muito exaustivas para os profissionais da área da educação que buscam melhoria em relação ao processo de aprendizagem.
É a partir disso que, de acordo com Melo (2000), surge o papel de compreender esse processo por parte das diversas teorias de aprendizagem, as quais irão ao mesmo tempo promover uma melhor formação do professor e possibilitar uma melhor consciência sobre toda essa complexidade que abrange o processo de aprendizagem. Para isso iremos nos basear na abordagem centrada na pessoa, trazida por Carl Rogers, entendendo como ela se direciona a esses problemas encontrados pela educação e como se aplica ao processo de aprendizagem.
A teoria de Rogers (1985) nos convida a refletir sobre que mudanças serão necessárias para a aplicação dentro e fora de uma sala, na relação professor-aluno, mudanças estas que serão avaliadas em suas intensas transformações provocadas no relacionamento interpessoal dos sujeitos, visando o comportamento de ambos em constante busca de saberes (ROGERS,1985).
- A APRENDIZAGEM CENTRADA NA PESSOA
Rogers sempre foi contrário ao método de aprendizagem movido a “tarefas”, pois, para ele, o mesmo só se utiliza de operações mentais, não considerando o individuo como um todo. Segundo Rogers (1991) esse tipo de aprendizagem não tem validade, pois será esquecida com o tempo, já que não envolve em seu processo os sentimentos, as emoções e sensações do educando, por conseguinte não promove no indivíduo a curiosidade e a vontade de aprofundar-se em determinado assunto.
O ensinar implica uma noção maior do que simplesmente transmitir conhecimento, é despertar a curiosidade, é instigar o desejo de ir além. É, ao mesmo tempo, desafiar a pessoa e confiar em si mesmo. O principal papel do educador é educar para a vida e para os novos relacionamentos (ROGERS, 1991). Rogers (1991) pontua que, com a globalização, vivemos em um ambiente hostil, onde as transformações ocorrem rapidamente, principalmente transformações relacionadas ao conhecimento científico, portanto aí se encontra a causa de seus pensamentos em relação aos conteúdos transmitidos em sala de aula, pois o que sabe hoje poderá daqui a um tempo ser considerado ultrapassado e até mesmo errado.
Dessa fora o autor afirma que quando uma pessoa é bem instruída ela passa a ser capaz de adaptar-se a qualquer tipo de mudança em sua vida, já que a aprendizagem se tornara contínua. Sendo assim, não existe aquele que sabe e aquele que ensina, pois todos sabem alguma coisa e todos aprendem algo com alguém. É a partir desse contexto que Rogers (1991) explica a sua teoria, começando pela denominação do professor não como simplesmente aquele que repassa conhecimento, mas como um agente facilitador da aprendizagem que auxilia o aprender do individuo em seu processo de transformação.
O facilitador cria condições que garantam uma interação pessoal com os educandos, preparando um ambiente psicologicamente favorável para recebê-los. Segundo Rogers (1991), um facilitador ensina os educandos a buscarem o seu próprio conhecimento para tornarem-se independentes e produtores de seus próprios processos cognitivos. Quando vimos anteriormente que Rogers considera o ser humano como um todo, ele faz referência à mente e ao corpo, sentimento e intelecto, pare ele, isso se torna inseparável de um ser, fazendo crítica a educação moderna onde o que importa é o intelecto, como se um individuo fosse capaz de não sofrer nesse processo um traço emocional (KERR, 2004).
Para ser um bom facilitador, Rogers (1991) delimita algumas qualificações. A primeira delas seria a autenticidade, uma qualidade que irá fazer com que o facilitador adquira o respeito de seus educandos, mas para isso faz-se necessário que este encontre essa autenticidade consigo mesmo, ou seja, permitir-se ser sincero consigo mesmo, expor suas dificuldades, limites e tolerância para seus alunos, pois só assim poderá mostrar para eles que é uma pessoa comum e que tem sua própria história de vida.
A segunda qualidade é o apreço, a aceitação e a confiança. Nesse processo o educador terá carinho pelos estudantes, considerará suas ações e reações, aceitando-os como pessoas reais, sabendo que esses alunos possuem qualidades e defeitos e que sempre estarão em busca de suprir seus desejos e ansiedades, como qualquer outro de ser humano (ROGERS, 1991).
A terceira e ultima qualidade é a compreensão empática, na qual o facilitador deixará todos seus pré-juízos suspensos para poder compreender o seu educando, fazendo com que a aprendizagem seja mais eficaz. A empatia enquanto habilidade tem fundamental importância, pois é através dela que o educador poderá ver seu educando como um ser com o seu próprio ponto de vista, podendo passar a entendê-lo e, consequentemente, conseguir maior aproximação tanto no aspecto de aprendizagem, quanto em uma relação interpessoal de ser humano para com ser humano. A empatia consiste em acreditar nas potencialidades do educando, aceitando os questionamentos por ele feitos e confiar nesse individuo (ROGERS, 1991).
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