AS POLÍTICAS PÚBLICAS EM AIDS E DSTs
Por: f18m31 • 24/9/2019 • Trabalho acadêmico • 6.735 Palavras (27 Páginas) • 181 Visualizações
UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
ANNA YURI DE ALEGRIA – 705022-2
IZABELA CAMPOS BATISTA – 704796-2
MARTA MIDORI YOSHIJIMA – 705453-9
SANDY GOMES - 704461-3
VANESSA ALVES DE LIMA – 703425-9
POLÍTICAS PÚBLICAS EM AIDS E DSTs
SÃO CAETANO DO SUL - SP
2016
ANNA YURI DE ALEGRIA
IZABELA CAMPOS
MARTA MIDORI YOSHIJIMA
SANDY GOMES
VANESSA ALVES DE LIMA
POLÍTICAS PÚBLICAS EM AIDS E DSTs
Trabalho apresentado no Curso de Psicologia,
sob orientação da professora Doutora
Ivete de Souza Yavo
SÃO CAETANO DO SUL – SP
2016
POLÍTICAS PÚBLICAS EM AIDS e DSTs
INTRODUÇÃO
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e o aparecimento da AIDS influenciaram de maneira decisiva a sexualidade humana durante o século XX. Até então, essa era questão tratada com reservas e pudor pela saúde pública. O vírus HIV forçou mudança sem precedentes. Dentro desse contexto, falar sobre sexo (independentemente da escolha de cada um), promiscuidade e, principalmente sexo sem proteção, virou obrigação dos profissionais da saúde, dos educadores e dos pais.
HISTÓRICO DAS DSTs
Conceitualmente, as doenças transmissíveis podem ser caracterizadas como doenças cujo agente etiológico pode ser veiculado por um vetor, ambiente ou indivíduo. Uma das metas da Saúde Pública é bloquear a ascensão das doenças transmissíveis (DT), já que essas são causas de morbimortalidade mundial, assolando milhares de pessoas, especialmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
As DSTs estão entre os problemas de Saúde Pública mais comuns em todo o mundo. Entre suas consequências estão a infertilidade feminina e masculina, a transmissão de mãe para filho, determinando perdas gestacionais ou doença congênita, e o aumento do risco para a infecção pelo HIV.
Algumas das DSTs são causadas por vírus, como no caso da AIDS e do herpes e não podem ser eliminados do organismo com medicamentos, enquanto outras mais comuns como a sífilis, gonorreia, cancro mole, clamídia e uretrite são causadas por bactérias e podem ser completamente curadas com o tratamento adequado (AZEVEDO, 2004). Mas o problema é agravado pela grande quantidade de indivíduos que se automedica com tratamentos inadequados, resultando em aumento da resistência antimicrobiana e podendo levar a quadros subclínicos que os mantêm transmissores (CARRET, 2004).
As DSTs, antigamente chamadas de Doenças Venéreas (relativo à Vênus - deusa da formosura), são tão antigas quanto à humanidade e adquiridas durante contato sexual. Antigamente, doenças consideradas como DSTs eram apenas sífilis, gonorreia, cancro mole, linfogranuloma venéreo e granuloma inguinal, mas com avanços da ciência foram sendo descobertas outras doenças de transmissibilidade sexual.
A gonorreia foi citada na Bíblia, mas sua causa só foi conhecida no século XIX. Além disso, no Egito antigo tumbas apresentaram alguns registros sobre a sífilis.
Em 1494, houve surto de sífilis na Europa. A doença se espalhou rapidamente pelo continente, matando mais de cinco milhões de pessoas. Cada localidade por onde passava, recebia nome diferente. Contudo, em 1536 foi publicado poema médico, em que um dos personagens da história havia contraído a doença. O nome do personagem era Sifilo.
O temor em relação às doenças venéreas tinha importante justificativa: os recursos terapêuticos eram muito pouco eficientes. Doenças como a sífilis eram praticamente incuráveis e o tratamento se limitava a diminuir os sintomas. A sífilis foi a AIDS da época. Indivíduos contaminados caminhavam para morte, sempre rodeados por todo o tipo de preconceito.
Durante o século XVI, a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis assolava a Europa. Nessa época, eram chamadas de doenças venéreas. Esse nome faz referência às sacerdotisas dos templos de Vênus, que exerciam a prostituição como forma de culto à Deusa do Amor.
Todavia, no século XX, surgiram antibióticos, que se mostraram bastante eficientes. Nos anos 60, com a descoberta da penicilina e o advento da pílula anticoncepcional, surgiu a histórica revolução Sexual, que pregava sexo de forma mais liberal, havendo assim novamente aumento nos casos de DSTs, principalmente entre jovens. Esta liberalidade durou até a década de 80, quando surgiram os primeiros casos de AIDS.
HISTÓRICO DA AIDS
A AIDS é síndrome causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), o qual apresenta como vias de transmissão a via sexual (esperma e secreção vaginal); sangue (via parenteral e vertical) e o leite materno. O HIV mata ou danifica as células do sistema imunológico, destruindo progressivamente a capacidade do organismo em combater infecções provocadas por outros vírus, fungos ou bactérias. Com isso, as células do sistema de defesa do organismo não conseguem corrigir células defeituosas associadas ao surgimento de tumores e câncer.
A origem do vírus da AIDS continua a ser um mistério para a humanidade. O que se tem é várias hipóteses, que serão apresentadas a seguir.
Uma das hipóteses seria que a AIDS surgiu em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, nos anos 1920. Havia costume entre africanos de caçarem animais na selva, incluindo-se macacos. O contato do sangue dos macacos com seres humanos se deu possivelmente através de suas mordidas, para que não se tornassem presas. Este fato foi desencadeador para que o ataque do vírus SIV, vírus que atacava o sistema imunológico dos macacos, entrasse em contato com o organismo humano. Através da reconstrução das árvores filogenéticas, verificou-se que a proximidade do SIV com o HIV é da ordem de 98%.
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