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AS REFLEXÕES A PARTIR DA PSICANÁLISE

Por:   •  9/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.586 Palavras (7 Páginas)  •  362 Visualizações

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O TESTE H.T.P (CASA-ARVORE-PESSOA) COMO INSTRUMENTO DIAGNÓSTICO COM REFLEXÕES A PARTIR DA PSICANÁLISE

RESUMO: Neste trabalho iremos discutir a importância e o papel da psicanálise no desenvolvimento dos métodos projetivos e como através dela podemos compreender o processo psicodiagnóstico. Neste caso utilizaremos o H.T.P, (Casa, Árvore, Pessoa) pois o desenho, assim como o sonho, se vale de elementos para favorecer a manifestação do inconsciente. Trazendo uma reflexão a respeito do ensino aprendizagem e interpretações do instrumento em questão, aplicado as técnicas projetivas, onde vamos tratar de dois questionamentos para discutir a utilização do método projetivo no contexto do atendimento psicanalítico.

PALAVRAS-CHAVE: H.T.P; Diagnóstico,  Psicanálise.

INTRODUÇÃO:

O HTP em 1948 é criado por John N. Buck, que tem como objetivo compreender aspectos da personalidade do indivíduo e como este indivíduo interagi com as pessoas e com o ambiente. Através deste teste é possível analisar a projeção de elementos da personalidade podendo também de áreas de conflito dentro da situação terapêutica e proporciona uma compreensão dinâmica das características e do funcionamento do individuo (Buck, 2003). O H-T-P. é administrado à criança acima de 8 anos de idade, adolescente e adulto, cuja aplicação pode ser em nível individual ou em grupo. Seu tempo de realização é livre, mas, geralmente, não ultrapassa a média de 30 a 90 minutos.  Conforme a Resolução n° 02/2003 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos no Brasil, o HTP é o único teste gráfico projetivo para uso no contexto profissional da avaliação psicológica. Este instrumento foi aprovado pelo Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI), em janeiro de 2004 (CFP, 2009). A psicanálise tem um papel muito presente no desenvolvimento e na construção dos métodos projetivos e na compreensão do processo psicodiagnóstico, mas como podemos ver na realidade do ensino na área das técnicas projetivas, o foco muitas vezes esta ligado apenas na aprendizagem, manuseio e interpretação dos instrumentos, que pode ocasionar possíveis riscos no que diz respeito à interpretação erronia ou muito mística, deixando de lado o que de fato realmente importa, interpretação de processos e operações mentais do sujeito que esta sendo avaliado ou avaliada, dessa forma permitirá ao psicólogo alcançar o modo de funcionamento psíquico do paciente, diremos, brevemente, que o atendimento psicanalítico parte da demanda e trabalha com a implicação do sujeito no sintoma (VOLNOVICH,J.1991). Visto  que o nosso tempo é curto, e  não nos permite explanar profundamente a esse contexto, porém pretendemos explicitar as questões referentes ao tema objetivo principal de um processo psicodiagnóstico pautado na psicanálise A utilização do método projetivo no diagnóstico psicanalítico passa por considerações de diversos ângulos. O primeiro ponto diz respeito ao que é o diagnóstico em Psicanálise. Outro ponto refere-se à fundamentação da utilização do método projetivo no contexto de um atendimento psicanalítico. Finalmente, abordaremos a necessidade de uma interpretação segundo estes parâmetros teóricos,iniciaremos pelo problema do diagnóstico na Psicanálise e  Feita esta breve definição sobre o diagnóstico psicanalítico, vamos tratar de problematizar a utilização do método projetivo no contexto do atendimento psicanalítico. Duas questões se apresentam:

 1)  Como enfrentar a questão do diagnóstico  que aborda a uma generalização, uma categorização, a um objeto de estudo, enquanto a Psicanálise lida com o singular, particular, com o sujeito do inconsciente? Não há aí uma divergência  radical?

2)  O trabalho psicanalítico propõe-se a implicar o sujeito com o sintoma. A utilização do método projetivo não dificulta  este trabalho, ou seja, é inevitável que o saber sobre o sintoma fique atribuído ao teste projetivo e não ao psicanalista ou procurado no próprio sujeito?

MATERIAL E MÉTODOS:

Este trabalho contempla o levantamento de informações gerais feitas por pesquisas bibliográficas sobre a utilização do teste H.T.P (CASA,ARVORE,PESSOA) com reflexões a partir da psicanalise.O material utilizado na aplicação do teste é papel ofício A-4, lápis grafite n. 2, facilita o controle do tônus muscular sobre os traços. Os desenhos são feitos à mão livre, ou seja, sem régua ou objetos que sirva a essa função. A borracha, não é utilizada, mas se o aplicador o necessitar, compõe o kit, pois a sua utilização serve de motivo de análise.

RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Através da pesquisa bibliográfica referente ao teste projetivo H.TP, podemos perceber a importância do mesmo com base em linha psicanalítica, podemos dizer que a demanda refere-se ao pedido do paciente, pedido este que é diferente das queixas que explicitam, das satisfações que reclamam. E demanda de uma presença ou de uma ausência, Situa-se mais aquém de suas necessidades, por estar impregnada do outro (Lacan, 1971, p. 284). E nesta falta que se ancora sua demanda, deslocada para a insatisfação para com o outro ou consigo mesmo. No trabalho com a demanda e a implicação a escuta é mobilizada; é na dimensão do dizer que se delimitará o campo de investigação clínica. Esta forma de instrumentação tem prioridade sobre o saber nosográfico e as racionalizações causalistas (Dor, 1991).

De outro lado percebemos que a estrutura psíquica do paciente conta no seu processo de um suposto diagnostico se visto pelo resultado do teste porém, "É no dizer que algo da estrutura do sujeito é localizável. Ora, é com a estrutura que se deve contar para se estabelecer um diagnóstico" (Dor, 1991, p. 18).

A estrutura de um sujeito, explica o autor, caracteriza-se por testemunhar a economia de seu desejo, que é governada por uma trajetória inalterável. O diagnóstico do psicanalista envolve a observação de como esta trajetória inalterável  manifesta-se na relação transferencial. Ou seja, observa a posição do sujeito frente ao outro, na relação transferencial, a partir da qual estrutura-se a dinâmica e conflitos do sujeito (Volnovich, 1991). Esta posição remete à estrutura subjetiva. Portanto, é estrutura construída a partir da organização do sujeito frente à relação entre o desejo e à castração.

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