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ATITUDE

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Por:   •  4/10/2014  •  Tese  •  1.366 Palavras (6 Páginas)  •  256 Visualizações

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ATITUDE é um sistema relativamente estável de organização de experiências e comportamentos relacionados com um objeto ou evento particular. Para cada atitude há um conceito racional e cognitivo ? crenças e ideias, valores afetivos associados de sentimentos e emoções que, por sua vez, levam a uma série de tendências comportamentais: predisposições. Portanto, toda atitude é composta por três componentes: um cognitivo, um afetivo e um comportamental:

a) a cognição ? o termo atitude é sempre empregado com referência à um objeto. Toma-se uma atitude em relação a que? Este objeto pode ser uma abstração, uma pessoa, um grupo ou uma instituição social.

b) o afeto ? é um valor que pode gerar sentimentos positivos, que, por sua vez, gera uma atitude positiva; ou gerar sentimentos negativos que pode gerar atitudes negativas.

c) o comportamento ? a predisposição : sentimentos positivos levam à aproximação; e negativos, ao esquivamento ou escape.

Dessa forma, entende-se o PRECONCEITO como uma atitude negativa que um indivíduo está predisposto a sentir, pensar, e conduzir-se em relação a determinado grupo de uma forma negativa previsível.

CARACTERÍSTICAS DO PRECONCEITO: É um fenômeno histórico e difuso. A sua intensidade leva a uma justificativa e legitimização de seus atos; Há grande sentimento de impotência ao se tentar mudar alguém com forte preconceito.

Preconceito e modos de subjetivação.

A partir de um olhar mais reflexivo devemos questionar a natureza das discriminações e seus mais diferentes agenciamentos. Como se constroem, numa sociedade, os conceitos de ?bom? e ?mau?, ?certo? e ?errado?, ?feio? e ?bonito? ? elementos constitutivos das discriminações e que fazem parte do que chamamos de subjetividade. Dito de outra maneira, ?bom?, ?ruim?, ?certo? e ?errado? são conceitos construídos historicamente. Não podemos esquecer que nós, sujeitos (e nossa subjetividade) somos um conjunto multifacetado no qual participam elementos históricos, sociais e culturais.

Mas... o que é subjetividade¿

Subjetividade tal como compreendida por Félix Guattari não é passível de totalização ou de centralização no indivíduo? (Guattari & Rolnik, 1996, p. 31) a subjetividade não implica uma posse, mas uma produção incessante que acontece a partir dos encontros que vivemos com o outro. Nesse caso, o outro pode ser compreendido como o outro social, mas também como a natureza, os acontecimentos, as invenções, enfim, aquilo que produz efeitos nos corpos e nas maneiras de viver. Tais efeitos difundem-se por meio de múltiplos componentes de subjetividade que estão em circulação no campo social. Por isso mesmo, esse autor complementa sua análise dizendo que a ?subjetividade é essencialmente fabricada e modelada no registro do social? .(MANSANO, S. 2009, p.111)

Dois sociólogos, Nobert Elias e John SCOTSON realizaram uma pesquisa numa pequena cidade inglesa e verificaram a construção de estigmas produzidos a partir da dinâmica social da cidade. O nome fictício desta cidade é Winston Parva:

Winston Parva dividia-se em três zonas, três bairros distintos. Na zona 1, habitavam as pessoas mais privilegiadas economicamente, cuja ascensão social permitiu que elas se mudassem para a área de classe média da cidade, deixando, assim, a zona 2; nas zonas 2 e 3, residiam os operários das fábricas locais.

Entretanto, por detrás da aparente semelhança existente entre os residentes dessas duas últimas áreas da cidade, profundas disparidades foram verificadas entre seus grupos, uma vez que os habitantes da zona 2, território mais antigo de Winston Parva, consideravam-se superiores aos demais pelo simples fato de habitarem o local há mais tempo.

Não existiam, pois, diferenças étnicas, nos níveis de desenvolvimento econômico ou educacional, nem mesmo de atividade profissional entre esses sujeitos, mas, mesmo assim, os habitantes da zona 2, chamada por eles próprios de ?aldeia?, negavam-se a manter contato com os recém-chegados da zona 3, o ?loteamento?, exatamente pelo fato de serem recém-chegados, de serem outsiders na terra daqueles estabelecidos.

(...)

Insta salientar que, a princípio, o objetivo dos autores da obra era desvendar o porquê da significativa diferença nos índices de atos infracionais praticados em cada zona da cidade. Entretanto, eles abandonaram tal tarefa ao se darem conta de que todas as características que emanavam daquela organização social decorriam de sua forma de configuração, do modo como aquela sociedade se organizava, sendo esta a base da análise configuracional por eles proposta.

Fica evidente, na obra, que a maior coesão entre os membros das zonas habitacionais 1 e 2 facultava a exclusão e a estigmatização dos membros da zona 3.

Nesse diapasão, os autores chamam a atenção para a diferenciação existente entre preconceito individual e a estigmatização grupal praticada em Winston Parva. Aquela tem sua raiz na personalidade dos indivíduos, enquanto que essa, pela qual um grupo rotula negativamente outro, tem como elemento fundamental a instabilidade do equilíbrio do poder entre agrupamentos sociais distintos. (ARAUJO, F., 2011).

Estigmas, o que são e como surgem¿

Erving

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