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Analise Fenomenológica do Caso Ellen West

Por:   •  7/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  472 Palavras (2 Páginas)  •  472 Visualizações

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FACULDADE MUNICIPAL PROFESSOR FRANCO MONTORO

ANÁLISE DO CASO ELLEN WEST

GUSTAVO AURÉLIO SILVA

164103

MOGI GUAÇU

2019

Se levarmos em consideração a proposta da psicoterapia, de acordo com Binswanger, é que, ao longo do processo, o paciente consiga se ver de maneira mais organizada, percebendo seu espaço e temporalidade, ou seja, seu ser-no-mundo. O Objetivo da psicoterapia seria então, que o paciente obtenha uma vivência cada vez mais autêntica. Uma das diretrizes da psicoterapia é que o terapeuta explore a história de vida do paciente, compreendendo os aspectos que se mostram a fim de identificar a estrutura de seu ser-no-mundo. O conceito de corporeidade também nos oeferece uma reflexão acerca do caso de Ellen W. Para Binswanger, o espaço precisa ser vivido pelo paciente, formando a relação de eu-no-mundo.

        Analisando estes conceitos e comparando-os ao caso de West, percebemos o quão inautêntica era sua existência. A inautenticidade é marcada por um estado de decadência e desamparo, onde o indivíduo para a ser dirigido pelo meio, e não por suas próprias decisões. Não precisamos ir longe para que façamos uma conexão com o caso de Ellen, que, por vezes, se perdeu na inautenticidade, quando apenas respondia às exigências impostas à ela, especialmente por seus pais.

        Tais atitudes, tornaram por colocar sobre Ellen grande peso, pois sentia-se, ao início de sua vida, a necessidade de ser a primeira em tudo. Ellen é forçada a romper namoros por conta dos pais, acaba por “descontar” em uma péssima alimentação, engorda, e novamente surgem as cobranças de pessoas ao seu redor.

        A autora comenta sobre uma possível pressão interna, sofrida por Ellen, o que a levava a um vazio dentro de si. West, por conseguinte, tentava “preencher” tal vazio de maneiras pouco satisfatórias e que sempre a levavam ao mesmo espaço. Ellen, talvez devido a seu vazio, não se abre ao mundo, e, como a autora coloca, ela e dominada pela situação a qual deveria dominar.

        Inumeras são suas tentativas de “melhora”, porém West se vê sempre cercada de opiniões externas, onde acaba sucumbindo à inautenticidade como uma possível maneira de “sobrevivência psíquica”. E, justamente por não conseguir dominar as situações, acaba por suicidar-se, buscando o fim do sentimento de vazio que a possui. Como a própria autora coloca, seu excessivo desespero por comida, o fato de ter engordado e ao mesmo tempo o horror à engordar, completam uma muralha em torno de si, onde acaba por acreditar que não há mais saída. A compreensão da maneira como Ellen era no mundo torna-se essencial para nortear o trabalho psicoterápico, e, ainda de acordo com a proposta da autora do artigo, a harmonia entre o Eingenwelt, Umwelt e o Mitwelt tornam-se crucial para qualquer individuo.

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