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Analise do Filme "As Sufragistas"

Por:   •  9/6/2019  •  Artigo  •  1.244 Palavras (5 Páginas)  •  424 Visualizações

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ESTUDO DAS MINORIAS ATIVAS NO FILME AS SUFRAGISTAS

  1. INTRODUÇÃO

O filme que será analisado, gera grandes questionamentos por detalhar um assunto que tem relevância na sociedade em toda a história, com estas informações podemos compreender ainda mais a ânsia das mulheres apresentadas no filme que tinham pela liberdade, direito e um tratamento digno. Mas apesar de tudo isso, será observado que a protagonista do enredo não se considerava uma sufragista, em relação a este termo são várias as dúvidas que podem aparecer diante ao seu significado, porém com a leitura atenta aos pontos descritos fica mais fácil de compreender.

Uma famosa frase de Simone de Beauvoir que diz “Toda a opressão cria um estado de guerra” mostra a realidade apresentando ao longo de todo o filme. Ao tema podemos relacionar vários pontos estudados na psicologia, inclusive alguns deles não muito abordado pela psicologia atual, mas que provoca grande interesse pelo desenvolvimento.

Em relação ao feminismo, o que uma mulher precisa ter para se considerar feminista? E por qual motivo precisam se tornar feministas? Essas perguntas são explicadas ao longo da história e pela necessidade de lutar pelos direitos e pela igualdade de gênero.

  1. ANALISANDO O FILME

O filme que foi produzido em 2015 e teve sua estreia nos cinemas brasileiros no dia 24 de dezembro, e é dirigido por Sara Gavron. Nos primeiros minutos do filme, é contado com um pequeno resumo o contexto histórico em que as cenas seriam passadas, são colocadas mulheres trabalhando nas fábricas enquanto homens discutiam sobre a crença de que as mulheres não possuíam equilíbrio mental para exercer julgamento em assuntos que envolvem política. Logo ao decorrer do filme os telespectadores podem observar as incessantes tentativas das Sufragistas de fazerem-se ouvir, com o seguinte resumo: “Por décadas, as mulheres fizeram campanhas pacificas pela igualdade e pelo direito ao voto. Seus argumentos foram ignorados. Em resposta, a líder do movimento Sufragista, apelou por uma campanha nacional de desobediência civil.”

A vida da protagonista uma vida quotidiana como de muitas mulheres da classe trabalhadora do início do século XX (1912): uma esposa, uma mãe, uma funcionária de uma fábrica, é retratada seguindo um  padrão aparentemente tranquilo, até deparar-se em meio a uma confusão causada por algumas mulheres que estavam atirando pedras em vitrines, enquanto clamavam pelo direito ao voto feminino. Estas mulheres faziam parte do movimento Sufragista, ou seja, o grupo de mulheres e simpatizantes que estavam lutando pelo direito do voto feminino. No decorrer do filme, pode-se observar as péssimas condições de trabalho em que aquelas mulheres eram submetidas, sem contar os inúmeros abusos verbais e sexuais a que estavam expostas.

Existem vários pontos altos no filme, e entre eles estão as prisões das mulheres militantes da causa.  Depois de tudo o que foi cometido as mulheres, pode-se deparar com uma protagonista que age totalmente diferente do início e cada vez mais militante, ajudando a criar e distribuir jornais escritos por elas e até agindo de forma mais violenta, como causando algumas explosões, todas feitas no intuito de chamar a atenção da mídia. O filme culmina com uma atitude decisiva de uma das personagens que recebe pouco destaque na produção, mas que foi uma mulher historicamente muito importante na luta pelo direito ao voto feminino.

  1. TEORIAS DAS MINORIAS ATIVAS E O FEMINISMO

             Nesta teoria a influência social ocorre não apenaspara defender o sistema, mas para mudar aorganização social. A minoria ativa consiste em um grupo ou indivíduo, relativamente consciente de suas ações e objetivos, que busca causar impacto no sistema social, modificando normas e poder previamente considerados legítimos, a análise das minorias se deu em contrapartida a perspectiva funcionalista da maioria dos estudos sobre influência social na América do norte. Este sistema é definido através das interações sociais, os papeis sociais, os recursos e o status são compreendidos em uma dinâmica (conjunto de leis do comportamento do grupo do ponto de vista dos objetivos reais e específicos desse grupo) própria.

 Os que se movimentam a margem da sociedade o fazem porque o sistema se configura para que eles continuem assim. Mas a influência social não trabalha apenas a favor do sistema, mas também para oferecer mudanças na organização social, melhorando a qualidade de vida das pessoas. A conformidade atua no sistema como um processo de eliminação dos desvios, coerente com a ideia funcionalista de tendência a adaptação que leva o indivíduo a se adaptar com a posição grupal. Ocorre em um contexto dinâmico onde os subsistemas com suas respectivas culturas se configuram como uma teia de relações complexas. 

Considerando este sistema, pode-se verificar que um movimento bem conhecido se encaixa nos termos propostos, este movimento é chamado feminismo, no qual as mulheres lutaram em todo processo histórico e conquistaram significativas conquistas.  

  1. PENSANDO A EXPERIENCIA DAS SUFRAGISTAS A LUZ DA TEORIA DAS MINORIAS ATIVAS 

Em decorrer de todo o apresentado e consultando o histórico em que se encontras As Sufragistas, é constatado que essas mulheres não foram presas apenas uma vez, mas sim por várias. Estas guerreiras passavam por várias situações cruelmente dolorosas.

Todas essas etapas que as mulheres enfrentaram caracteriza de forma clara uma situação de minoria, sendo que elas batalhavam por algo que os homens as consideravam incapazes. Como as campanhas pacificas não surtiram efeito, se viram na obrigatoriedade em apelar para meios que de acordo com o movimento iriam surtir mais efeitos na sociedade.

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