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Anamnese

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Por:   •  31/7/2013  •  1.320 Palavras (6 Páginas)  •  1.219 Visualizações

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Anamnese

Para a realização desta anamnese, foram necessários dois encontros. O primeiro, teve duração de uma hora e meia, onde a mãe relatou sua história de vida; O segundo, com duração de uma hora, focalizou-se apenas nos dados necessário à anamnese.

Dados da anamnese

A família é monoparental, constituída pela mãe, a criança e um irmão. A mãe relata que antes da gestação, estava separada do marido e encontrava-se em um quadro depressivo. O pai da criança lhes fazia visitas e ela acabou engravidando de J. M., hoje com nove anos sendo a gravidez não planejada. A mãe tem mais dois filhos, um com a idade de 15 anos e outro com 18 (no momento mora com o pai, pois se envolveu com drogas e segundo a mãe, ela não sabia mais lidar com o filho e teria o mandado para morar com o pai). Moram em uma casa própria e o pai mora na cidade de Grão Mogol. A mãe não trabalha, e a família tem pouco contato com parentes.

Durante a gravidez a mãe fez pré-natal, a partir aproximadamente, dos dois ou três meses, quando descobriu que estava grávida. Segundo a mãe, no início da gravidez, enjoou muito e teve uma ocasião em que ocorreu queda de pressão, não ocorrendo outras complicações. Em relação ao sentimento que ela teve quando sentiu a criança mexer pela primeira vez, a mãe relata que sua gestação não foi “comum”, “normal”, por causa da depressão, mas que foi bom. Esperava que fosse uma menina, pois já tinha dois meninos, e quando soube que era menino, ficou “sem chão”.

Sobre a aceitação da família em relação a gravidez e à criança, a mãe relata ter sido meio “cômico”, pois estava separada do pai da criança e foi uma surpresa para todos. Ela não percebeu que estava grávida devido à depressão e a família teria percebido gravidez antes dela, mas que não teve problema.

O parto foi normal, a mãe relata que foi mais difícil, pois nos partos anteriores ela empurrava a barriga para que a criança nascesse mais rápido e no parto de J. M. ela teve receio de “contribuir” para o parto e acabar machucando a criança. Diz não lembrar quem teria dado o nome à criança mas acha que foi o pai.

Quando foi questionado sobre o desenvolvimento da criança e problemas relacionados, a mãe relata que a criança tinha o sono bom, mas depois do problema com o pai, ele teve muitos problemas com o sono, ainda, quando descobriu que o pai tinha “outra” (outra mulher), J. M. mudou seu comportamento. Segundo ela a criança tem insônia (demora um pouco para dormir), tem pesadelos e às vezes, quando a criança diz estar sem sono a mãe acaba deixando-o dormir no quarto com ela. Após a “história” do pai, como a mãe diz, a criança começou a ter muito medo, passando a conferir se estavam trancadas as portas, janelas, olhando também debaixo da cama e no guarda-roupa, antes de dormir. Ainda, antes de dormir J. M. diz a seqüencia “Boa noite, benção, que o anjo da guarda não te desampare, dorme com Deus”.

Em relação ao desenvolvimento psicomotor, a mãe relata não lembrar quando a criança começou a engatinhar e que J. M. teria começado a andar com aproximadamente nove meses e começado a falar com aproximadamente sete ou oito meses, sendo sua primeira palavra o nome de uma sobrinha da mãe. A criança começou a controlar os esfíncteres com aproximadamente um ano e meio/ dois anos, tendo enurese com aproximadamente quatro/ cinco anos. Segundo a mãe há algum tempo a criança teria roído unha, atualmente não o faz mais. A criança usou chupeta, parando de usar sozinho, foi amamentado até um ano e oito meses, tendo dificuldade de sucção durante um mês e meio após o nascimento e tomou mamadeira por aproximadamente dois anos após o desmame. Não houve dificuldade no desmame, como relata a mãe, a criança foi “largando o peito” e ela foi introduzindo alimentos como mingau com maisena, cremogema.

A criança não apresenta problemas de visão e em relação a audição, de acordo com a mãe, há algum tempo atrás ela havia pensado que “um lado auditivo não escutava bem”, mas ela não tem certeza. Completa dizendo que por causa da depressão estava tão afundada em sua solidão que não conseguiu observar o que realmente ocorria. J. M. teve pneumonia com aproximadamente 1 ano e meio e permaneceu internado por quatro dias. A criança teve também recentemente, 3 desmaios, segundo a mãe, “tipo convulsões”. Duas vezes a criança teria desmaiado quando estava junto ao pai e uma na escola quando a pai voltou para sua cidade.

A mãe diz que o relacionamento da criança com pessoas estranhas não é difícil. “No início a criança é muito tímida, depois tem facilidade e desenvolve quando puxa conversa” e em relação a afastamento

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