Análise comparativa do livro "A escola que sempre sonhei" com inteligencia emocional
Por: Biihbraga • 30/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.424 Palavras (6 Páginas) • 1.440 Visualizações
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
CAMPUS ARARAQUARA
ANÁLISE COMPARATIVA DO LIVRO “A ESCOLA QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR” DE RUBEM ALVES, COM A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.
Araraquara, abril de 2014
Sumário
1. INTRODUÇÃO
2. RESUMO DO LIVRO
3. ANÁLISE COMPARATIVA DO LIVRO “A ESCOLA QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR” DE RUBEM ALVES, COM A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
A inteligência emocional é um conceito recente em psicologia, embora há muito tempo os estudiosos do comportamento humano já se debruçaram neste tema, que define o poder de identificar os próprios sentimentos e os alheios, capacidade de pensar com objetividade sobre as emoções para que possa ter atitudes sensatas.
O sujeito emocionalmente inteligente tem tendências de transferir sentimentos para contextos adequados, ou seja, habilidades de conter estímulos. Possui condições de seguir adiante mesmo depois de frustações e desilusões, encorajar o outro afim de participar atividades coletivas.
Charles Darwin, a mais antiga teoria semelhante a inteligência emocional, defendia o valor das manifestações das emoções para a adaptação e sobrevivência. Diversos acadêmicos famosos destacam a importância de fatores não-cognitivos, apesar de outros estudiosos defenderem os elementos do conhecimento na composição da inteligência.
Goleman definiu inteligência emocional como:
"...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." (Goleman, 1998)
Para ele, o responsável pelo sucesso dos indivíduos é a inteligência emocional, pois a vida envolve relacionamentos entre as pessoas e aquela que possui maior compreensão e gentileza tem mais oportunidade de obter sucesso.
RESUMO DO LIVRO
Neste paragrafo foi feito um resumo do livro “A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir”, de Rubem Alves, que nos mostra a realidade de uma escola considerada dos sonhos para qualquer pessoa, especialmente as crianças.
A escola é colocada como um lugar de obrigação, de direitos e deveres, submissão e autoritarismo, onde programas de aprendizagem tem de ser cumpridos. Isso não quer dizer que o programa ensinado seria um programa aprendido. Lugar de desinteresse de muitos alunos e curiosidade para poucos, que ainda não ingressaram.
O próprio autor já sonhou com uma escola mas não como a Escola da Ponte, a mesma superou a imaginação de muitos pedagogos de diferentes épocas.
A escola busca a inclusão social, onde o preconceito não passa nem perto dos alunos. Prepara cidadãos conscientes para o futuro.
O modelo de aprendizagem é de acordo com os grupos de interesse de cada um dos alunos. Não há turmas ou salas separadas por faixa etária, mas sim grupos que se ajudam. Crianças com problemas cognitivos são ajudadas pelos próprios alunos, trabalho em equipe, sem competição, sem egoísmo. Nada de ensino robótico com perguntas e respostas, mas sistemas de aprendizagem que trazem o conteúdo para a realidade do aluno, de acordo com suas curiosidades.
A relação, professor – aluno é de cooperação, onde professor ensina e é ensinado. Confronto, compaixão e certeza são tônicos de aprendizagem.
Um lugar de total liberdade onde os alunos não são obrigados a ler livros que não os satisfazem.
Quando cometem erros, são levados para o a “Comissão de ajuda”, espécie de um Tribunal onde sua primeira pena é pensar durante três dias, depois voltar e dizer o que refletiu.
Na escola ninguém grita, ninguém corre. Quando se deseja falar em sala de aula e levanta a mão e aguarda pacientemente sua vez.
Um ensino de aprendizagem informal que permite o equilíbrio com o espaço vital da criança, pois somente o que é vital é capaz de ser aprendido e futuramente o que é bem aprendido será bem ensinado. (Rubem Alves)
ANÁLISE COMPARATIVA DO LIVRO “A ESCOLA QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR”, COM A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.
É importante primeiramente analisar a inteligência emocional como a capacidade de administrar nossas emoções, motivar-se, persistir diante frustrações, controlar impulsos e canalizar emoções para situações.
Além de reconhecer os próprios sentimentos temos a responsabilidade de reconhecer o sentimento do outro, colocando-se no lugar desse.
No livro de Rubem Alves a aprendizagem nos é apresentada como um ambiente amigável e solidário, livre de pressões e medos.
“Poderão os cínicos de serviço dizer que uma escola de crianças tranquilas e felizes não é, necessariamente, uma escola eficaz - entenda-se por "eficaz" o que se quiser.” (Página 9, ALVES, Rubem).
Vivemos hoje uma cultura do ser e do ter, desde muito cedo as crianças são pressionadas para o “sucesso” profissional e econômico, existe uma valorização excessiva dos atributos lógicos da inteligência humana, enquanto os sentimentos e as emoções são deixados de lado.
As consequências desse tipo de educação (pressão) geram o aumento da competitividade entre as pessoas, a solidariedade e a cooperação não são valorizadas. As crianças sofrem frequentes cobranças, tornando-se adultos autoritários, apáticos e indiferentes.
Existe no contexto de educação atual a necessidade uma nova forma de ensino, valorizando os aspectos emocionais, o respeito ao próximo, a solidariedade e a empatia.
“Quando as crianças, no debate diário, partilham coletivamente as suas angústias, os seus sonhos, as suas dúvidas, as suas opiniões, as suas propostas - e o fazem, sabendo que vão ser escutadas e respeitadas pelos demais...” (Página 11, ALVES, Rubem)
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