As Categorias Fundamentais Da Psicologia Social
Por: Camila Marques • 1/4/2023 • Trabalho acadêmico • 691 Palavras (3 Páginas) • 199 Visualizações
“As categorias fundamentais da psicologia social”
LINGUAGEM
A Linguagem conforme Silvia Lane surgiu no ser humano como resultado da necessidade de modificar a natureza por meio da colaboração entre os homens, através de atividades produtivas que permitissem a sobrevivência do grupo social. Ou seja, a autora relaciona a linguagem com o trabalho, em que o homem precisa se comunicar para realizar tais atividades essenciais para viver.
Para Skinner os significados das palavras chamam-se “tato” e significam variáveis autônomas geradas pelo grupo social ao qual o indivíduo se insere. Ele também juntamente com Piaget, Vygotsky, Malrieu ou Leontiev apontam que a função inicial da linguagem é a comunicação e o intercâmbio social, por meio da qual a criança apresenta o mundo que a envolve e que terá influência sobre seu pensamento e suas ações “no seu processo de desenvolvimento e hominização” (p. 33).
Leontiev analisa a aprendizagem da língua materna e acredita que dois processos estão interligados: o de que os significados dados às palavras são produzidos de forma coletiva, na sua atuação histórica e no desenvolvimento de sua consciência social e o de que os significados se modificam por causa de atividades e pensamentos de indivíduos concretos e assim se individualizam na proporção que voltam para a objetividade sensorial do mundo que os rodeia, com base nas ações que eles realizam de forma concreta. Com isso, os significados gerados historicamente pelo grupo social passam a ter relação com a realidade particular da vida de cada um.
Por fim, gostaria de definir a linguagem como uma ferramenta de mudança social do ser humano, pois ela nos possibilita transmitir nossos pensamentos e ideias, nos permite demonstrar quem somos e o que queremos. Acredito que no contexto da psicologia social a linguagem aparece como a maneira com que a pessoa expressa o seu pensamento.
IDENTIDADE
A questão da identidade vem sendo estudada por diversos profissionais na atualidade devido a importância da temática. Para Ciampa todos nós “somos as personagens de uma história que nós criamos, fazendo-nos autores e personagens ao mesmo tem” (p.60).
Para o autor, a identidade é formada através dos grupos de que fazemos parte e é importante percebermos que um grupo existe por meio das relações que seus participantes estabelecem entre si e com o meio que vive. Ou seja, para ele “nós somos nossas ações, nós nos fazemos pela prática” (p.64)
Muitos cientistas sociais concordam que a identidade de uma pessoa não é uma manifestação natural, mas social. Se fizermos uma diferenciação entre o objeto de nossa representação e a nossa representação observaremos que os dois se apresentam como fenômenos sociais, com isso, como objetos sem aspectos de continuidade, não sendo livres um do outro.
A caracterização temporal da identidade se restringe a um momento originário. Como por exemplo quando você concretiza sua profissão. Esta passará a identificar o indivíduo. “A posição de mim (o eu ser-posto) me identifica, discriminando-me como dotado de certos atributos que me dão uma identidade considerada formalmente como atemporal” (p.66) Ou seja, cada posição ocupada pela pessoa a determina, tornando a sua existência como a unidade da multiplicidade que se concretiza pelo desenvolvimento dessas determinações. No seu conjunto, as identidades demonstram a estrutura social simultaneamente que reagem sobre ela cuidando ou modificando.
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