As Consequências Da Pandemia Covid-19 Nas Organizações
Por: Marcelo Henrique • 10/3/2025 • Trabalho acadêmico • 5.400 Palavras (22 Páginas) • 20 Visualizações
AS CONSEQUÊNCIAS DA PANDEMIA COVID-19 NAS ORGANIZAÇÕES
THE CONSEQUENCES OF PANDEMIC COVID-19 IN ORGANIZATIONS
LUCIMAR APARECIDA MOROTTI FUMAGALI1: Discente do curso de graduação em Psicologia da Uningá – PR.
MARCELO HENRIQUE DOS SANTOS2: Discente do curso de graduação em Psicologia da Uningá – PR.
MAYARA CORDEIRO PADRE3: Discente do curso de graduação em Psicologia da Uningá – PR.
JORGE MANOEL MENDES CARDOSO4: Professor Mestre em Psicologia Social pela UNESP. Docente na graduação de Psicologia da Uningá - PR.
RESUMO: Diante do atual cenário de pandemia decorrente do COVID-19, houve a necessidade de se adotar medidas em busca de conter a propagação do vírus, como o distanciamento social e o fechamento de empresas de diversos segmentos. Tais organizações buscaram e ainda buscam formas de continuar suas atividades na tentativa de minimizar os impactos financeiros, ao mesmo tempo que contribuem com o distanciamento social. Uma das formas encontradas por estas organizações é o trabalho remoto, também conhecido como home office. Neste sentido, por meio de pesquisas bibliográficas, o presente trabalho tem por objetivo elencar os impactos causados pela pandemia no contexto do trabalho nas organizações, especificamente a implantação e o incremento do trabalho remoto (home office) e suas consequências na saúde mental dos trabalhadores.
PALAVRAS-CHAVE: Pandemia, Trabalho Home office, Novas Formas de Trabalho, Saúde Mental e Pandemia.
ABSTRACT: In view of the current pandemic scenario resulting from COVID-19, there was a need to adopt measures in order to contain the spread of the virus, such as social detachment and the closing of companies in various segments. Such organizations sought and still seek ways to continue their activities in an attempt to minimize financial impacts, while contributing to social distance. One of the forms found by these organizations is remote work, also known as home office. In this sense, through bibliographic research, the present work aims to list the impacts caused by the pandemic in the context of work in organizations, specifically the implementation and increase of remote work (home office) and its consequences on workers' mental health.
KEY-WORDS: Pandemic, Home office work, New Ways of Working, Mental Health and Pandemic.
INTRODUÇÃO
Neste momento, em diferentes lugares do mundo, o assunto dominante não é outro senão a pandemia da doença do Coronavírus de 2020 e seus impactos nas populações. A COVID-19, nome da síndrome respiratória ocasionada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), foi inicialmente detectada em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, capital da província da China Central. Essa doença atingiu as pessoas em diferentes níveis de complexidade, sendo os casos mais graves acometidos de uma insuficiência respiratória aguda que requer cuidados hospitalares intensivos - incluindo o uso de ventilação mecânica. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2020):
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.
Até meados de abril de 2020, haviam sido contabilizados mais de dois milhões de casos notificados e quase 150 mil mortes no mundo, com os Estados Unidos liderando a quantidade de óbitos (mais de 25 mil). Isso porque a facilidade de propagação, a falta de conhecimento sobre o vírus e o aumento exponencial de contágios fizeram esses números se elevarem diariamente, ao ponto de já terem sido confirmados no mundo, até o dia 4 de setembro de 2020, 26.171.112 casos de COVID-19 (285.387 novos em relação ao dia anterior) e 865.154 mortes (6.014 novas em relação ao dia anterior), conforme afirma a Organização Pan-Americana da Saúde. Ao isolar os números somente das Américas, observa-se 13.725.652 casos confirmados e 477.232 mortes.
No Brasil, em 3 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde declarou a emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) e sancionou a lei n° 13.979 de 6 de fevereiro 2020, de medidas contra a COVID-19, segundo Lima et al. (2020). Ainda segundo os autores (2020), o Brasil declarou a situação de transmissão comunitária em todo o território nacional por meio da Portaria n° 454 de 20 de março 2020 e adotou medidas de quarentena, isolamento e distanciamento social mais consistentes.
Segundo o Ministério da Saúde (COVID-19, 2020), até o dia 4 de setembro de 2020, foram acumulados 4.092.832 de casos e 125.521 óbitos decorrentes da COVID-19. O mundo vive uma situação de crise e emergência, com reflexos sociais, econômicos e na saúde física e mental das populações. Segundo Cruz et al. (2020, p.1):
No curto período de tempo em que a pandemia se expandiu, ocorreu aumento da prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC), especialmente fadiga e agressividade, estresse agudos, episódios de pânico, a manifestação de preditores de estresse pós traumático (TEPT), depressão e ansiedade, não apenas nos profissionais, mas na população, de modo geral. E essa prevalência é positivamente associada à exposição constante de notícias sobre a doença em mídias sociais.
Além disso, de acordo com Castro et al. (2020), a crise proporcionada pela COVID-19 atingiu sistemicamente a mobilidade social, a gestão, o planejamento e as operações do Estado e das organizações, com impactos importantes nos empregos e na sustentabilidade econômica e social. Ainda segundo os autores:
A preocupação de empresários e trabalhadores acerca da continuidade de comercialização de produtos e/ou serviços, muitas vezes essenciais à comunidade, acelerou a adoção de práticas de gerenciamento e suporte a processos de trabalhos virtuais ou remotos. Desse modo, a ameaça e temor de não poder garantir postos de trabalho e renda em diversas organizações, as incertezas quanto à extensão das medidas adotadas até o momento e as consequências sociais e econômicas acentuam as preocupações com o cenário pós-crise. As mudanças experimentadas em função da pandemia provocaram alterações nas rotinas de trabalho
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