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As Políticas Públicas

Por:   •  20/7/2021  •  Artigo  •  1.901 Palavras (8 Páginas)  •  85 Visualizações

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ

ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS

CURSO DE PSICOLOGIA

COMPONENTE CURRICULAR: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

PROFESSOR/A: SOLANGE DA ROSA

EDUCAÇÃO E LUTA DE CLASSES

Francine Gava de Morais Ribas

PONCE, Aníbal. Educação e luta de classes. Tradução de José Severo de Camargo Pereira. 18 ed. – São Paulo: Cortez, 2001.

Aníbal Ponce (1898-1938), psicólogo, professor e político nasceu na Argentina, órfão desde adolescente começou a mostrar as virtudes como escritor e pensador, ganhou a medalha de ouro na sua classe no Colégio Nacional de Buenos Aires e, antes de deixar a escola ganhou um prêmio por um ensaio sobre Nicolás Avellaneda. Cursou medicina até o terceiro ano, em 1918, onde em um desentendimento com o professor decidiu interromper os seus estudos formais e prosseguir a investigação em psicologia, um dos pioneiros na Argentina. 

Em 1930 fundou o Colégio Livre de Estudos Superiores, cuja publicação em cursos e conferências são publicados em várias edições, “Educação e Luta de Classes”, obra seminal publicada em 1934.

O livro Educação e Luta de Classe, aborda a história da educação desde a sociedade primitiva, retratando sua educação, abrangendo todo o contexto daquela época, também a educação do homem antigo na Grécia, em Roma, no período Feudal, do Renascimento até o Século XVIII e da Revolução Francesa até o Século XIX.

Entendemos que a educação é uma prática social, ela se constitui no mesmo processo da constituição de homem, essa prática social muda de um momento histórico para outro momento histórico.

No período primitivo não existiam famílias, as tribos eram compostas de uma relação de igual para igual entre homens e mulheres, não existia casamento e nem propriedade privada, não havia escolas e nenhuma instituição de ensino. As crianças aprendiam através das vivências com os adultos, era uma educação para a vida, aprendida no cotidiano de forma prática, o método de aprendizagem era aprender fazendo, ou seja, para se aprender a caça, se caçava, se fosse preciso aprender a pescar, se pescava, a educação se misturava com as relações de trabalho e as formas de produzir, não havia uma educação sistematizada, aprendia-se o que era útil naquele momento e era disponível a todos, de forma igual, não havia distinção de camadas sociais.

Traz em si uma abordagem de toda a história da educação desde a sociedade primitiva,

Retratando sua educação, abrangendo todo o contexto daquela época e suas principais temáticas.  

Traz em si uma abordagem de toda a história da educação desde a sociedade primitiva,

retratando sua educação, abrangendo todo o contexto daquela época e suas principais temáticas.  

Certo momento ocorre uma transição do período primitivo para o período escravista, com aparecimento da propriedade privada através dos meios de produção, que até então a terra pertencia de igual modo a todos, não havia diferença sociais e econômicas, no entanto, período chamado escravista, os homens livres que participavam ativamente da cidade e na cidade passam a ser proprietários de suas terras pelos meios de produção, e os outros que não possuíam terras eram chamados de escravos, eram apenas instrumentos de trabalho, e assim foi-se gerando ali uma diferença de classe social e econômica. Sendo assim só alguns tinham acesso à educação como o antigo Egito, gregos e romanos.

Na Grécia surge então a Filosofia que dava conta de explicar tudo, os filósofos Pré Socráticos (materialistas) ensinavam nas colônias e na capital surge os Socráticos: Sócrates, Platão e Aristóteles, que aprendiam com os filósofos materialistas, ou seja, eles falavam sobre a separação da mitologia. Nesse período acontece então a primeira separação cosmológica do mundo humano e natural, as ciências humanas e ciências da natureza.

A sociedade da época era dividia entre homens livres recebiam uma educação intelectual e possuíam vocação para serem herdeiros, guerreiros, militares ou filósofos, e os homens escravos possuía a educação prática. Pois as escolas de filosofias eram apenas para homens livres. Surge a diferença da educação escolar e não escolar, ou seja, o cidadão que pretendia ir para a área intelectual aprendia com os livros, e o cidadão que pretendia ir para a ginástica aprendia com os guerreiros.

Na Roma antiga não era diferente, as posses de terras asseguravam melhores cargos no exército, a agricultura, a guerra e a política constituíam o programa que o romano nobre deveria realizar. Durante as guerras e tomadas de terras, alguns filósofos gregos foram levados como escravos para Roma, que serviam de professores para os filhos dos proprietários, faziam os comércios, exercendo assim poder sobre o povo. Os escravos livres, como artesãos, um velho soldado, ou um proprietário arruinado iam nas praças ensinar quem quisesse aprender, não possuíam salário e nem espaço para ensinar, os cidadãos que sentissem vontade, podiam ajudar com doações. Logo após o Estado assume a responsabilidade de pagar esses professores, onde se criará níveis de ensino, o Estado oferecia uma educação básica gratuita, se a família quisesse que os filhos aprendessem mais, teriam que pagar por isso. Os professores da educação básica tinham que pagar impostos, já os professores mais estudados eram livres dos impostos.

O período Feudal compreende-se do século V até o século XIV, onde a Igreja Católica era a instituição mais poderosa que existia, ela é quem determinava a concepção de vida, de homem e de sociedade, todas as concepções eram religiosas, na linguagem dos teóricos da Idade Média, o feudalismo conhecia três variedades sociais: os bellatores, ou guerreiros, os oradores, ou religiosos, e os laboratores que seriam os trabalhadores.

Neste período havia duas camadas sociais, a nobreza e os servos, a escola no período feudal era voltada para uma formação religiosa, onde a Igreja possuía o seu poder. O Clero possuía a educação, só os padres estudavam, os monastérios eram as primeiras escolas, essas escolas monásticas eram divididas em duas categorias:  uma destinada às instruções religiosas para os monges e a outra destinada a instrução da plebe, só objetivo não era ensinar a ler a e escrever, mas familiarizar essa massa campesinas com as doutrinas cristãs, mantendo submissas a igreja católica.

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