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As Possíveis Causas e Consequências da Depressão Pós Parto

Por:   •  7/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.073 Palavras (5 Páginas)  •  146 Visualizações

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Universidade Potiguar - UnP

Escola da Saúde

Curso de Psicologia

Disciplina de Técnica de Pesquisa

Objetivo Específico: as possíveis causas e consequências da Depressão Pós Parto

Louise Priscila de Freitas Souza

Pollyanna Nobre Zuza

Ana Beatriz

NATAL/RN

Novembro/2018

Objetivos Específicos

Explicar as possíveis causas e consequências da Depressão Pós Parto

        De acordo com o DSM-IV (Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais – 4º. edição) a depressão pós-parto é um transtorno mental associado ao período puerperal, com início até a quarta semana após o parto. Tem como sintomas humor deprimido, alterações no apetite, insônia ou hipersônia, agitação ou retardo psicomotor, crises de choro, desinteresse sexual, problemas de concentração, falta de energia e de interesses em atividades antes consideradas agradáveis, ideias suicidas e sentimentos de culpa.

        Segundo Robertson et al. (2004) os fatores preditivos maternos da depressão pós-parto de risco forte a moderado são: depressão ou ansiedade durante a gravidez, história passada de doença psiquiátrica, eventos de vida estressantes, como morte de pessoa querida, divórcio e perda de emprego; baixo suporte social, considerando o suporte  fornecido pelo companheiro, parentes, amigos ou associados. Já os fatores de risco moderado são: neuroticismo, como uma das variáveis do funcionamento negativo da personalidade e relação marital problemática. Já os riscos fracos: fatores obstétricos, complicações relacionados a gravidez ou ao parto, e, status socioeconômico.

        Ainda devem ser considerados os fatores de risco infantis, que para Murray e Cooper (1997ª) são: “menor desempenho motor nas escalas de desenvolvimento e alta irritabilidade do bebê” (apud DE FELIPE, 2009, p.12). Os sintomas da depressão interfere em todas as relações interpessoais, principalmente na interação

Godfroid (1997) e Chaudron & Pies (2003) descreveram as consequências da depressão pós-parto, dividindo-as em precoces e tardias. As consequências precoces incluem: suicídio e/ou infanticídio (0,2%dos casos), negligências na alimentação do bebê, bebê irritável, vômitos do bebê, morte súbita do bebê, machucados "acidentais" no bebê, depressão do conjugue e divórcio; já as tardias seriam: criança maltratada, desenvolvimento cognitivo inferior, retardo na aquisição da linguagem, distúrbio do comportamento e psicopatologias no futuro adulto. Desta forma, as repercussões de uma depressão pós-parto são múltiplas. A mulher que está sofrendo da síndrome corre o risco de suicídio, como em qualquer outra situação depressiva; as relações interpessoais são perturbadas; o casal - se for o caso - também sofre, o que pode provocar uma ruptura e, por fim, as interações precoces mãe-bebê são alteradas, comprometendo o prognóstico cognitivo-comportamental do bebê (Stowe & Nemeroff, 1995; Chaudron & Pies, 2003).

Os estudos realizados apontam para causa multifatoriais para a depressão pós-parto, havendo variações na intensidade dos sintomas. Por se tratar de sintomas difíceis de identificação, é necessário atenção especial dos profissionais de saúde aos sinais apresentados pela paciente durante as consultas realizadas, principalmente no período puerperal, e se necessário alertar a família a buscar uma ajuda mais específica, na intenção de minimizar os efeitos curto/longo prazo gerados pela depressão pós parto.

Compreender as vivencias e significados da depressão pós-parto

Para Ribeiro (2005), “ respeito ao ciclo gravídico-puerperal, o primeiro mês após o parto é, talvez, o período no qual a mulher se encontra mais vulnerável emocionalmente” (apud DE FELIPE, 2009, p.18). Dessa forma esse período é um momento de maior exposição a riscos de aparecimento de transtornos mentais.

Com o passar dos anos, a romantização exacerbada a cerca da condição da mulher após o nascimento do filho começou a diminuir, e passou-se a perceber que o período puerperal é também um período repleto de dificuldades e transtornos. O receio da incompreensão por parte dos familiares leva muitas mulheres a omitir os sintomas acarretados pela DPP, na maioria das vezes por um sentimento de culpa, gerado pela cultura social de que após o nascimento do filho, a mãe entra em pleno estado de alegria e realização

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