As Raízes da Psicologia
Por: david_san7 • 27/9/2018 • Resenha • 1.471 Palavras (6 Páginas) • 316 Visualizações
Resumo das RAÍZES DA PSICOLOGIA
PERGUNTAS
1. Disserte sobre o período cosmológico, envolvendo os seguintes conceitos: Cosmos, elementismo e physis.
No período cosmológico, no florescer da civilização ocidental, especificamente, na Grécia, vamos ter os primeiros contatos com as raízes da Psicologia, que durante mais de dois mil anos, esteve atrelada aos estudos da Filosofia.
Assim, nas colônia gregas da Ásia menor, surgem no século VI os primeiros filósofos, cuja preocupação maior era investigar, entender e explicar o cosmo, ou seja, questionar a origem de tudo, com enfoque na matéria do que era feito. Entendia-se naquele momento o universo como um composto de partes, ou ainda, uma mistura de elementos simples.
Nasce então o elementismo, atomismo ou monismo (método utilizado, ainda hoje, pela ciência), cuja máxima dizia que o mundo só seria compreendido se fosse encontrada a unidade ou elemento mais simples do universo.
Tale de Mileto foi o primeiro filósofo desse período. Preocupado com o movimento e transformação das coisas, considerava a água como sendo a substância fundamental nesses processos, pois para ele ela permanecia estável, apesar das mudanças. Assim, sendo encontrada em maior número na natureza e nutrindo todos os seres vivos, ela possivelmente lhes teria dado origem, sendo o princípio de toda natureza úmida. Tales nunca encontrou a unidade fundamental do universo.
Haráclito de Éfeso, percebendo o mundo em constante mudança, passou a dar mais ênfase ao processo, à dinâmica e não ao elemento estático. sua contribuição foi muito importante para a psicologia atual, pois ela não trabalha com unidades fixas, mas com processos mutáveis. Assim, ele encontrou no fogo o elemento básico do universo.
Pitágoras de Samos, afirmava que o elemento permanente que os filósofos buscavam encontrava-se nos números, já que os conceitos matemáticos são atemporais e imóveis, expressando as relações fixas e numéricas das coisas, que prevalecia para o cosmo, e portanto deveria prevalecer para as relações humanas e para educação. Tal princípio levou à pedagogia dogmática do "magister dixit" (autoridade não se discute). Sustentava a ideia de existência de uma alma imortal, distinta do corpo, ao qual preexistia, encarnando num corpo como numa prisão. Ele foi o primeiro a tentar compreender as coisas de forma inteligível, ideias que precederam e influenciaram Platão. O Método quantitativo desenvolvido por ele é importante até os dias de hoje.
Anaxágoras de Clazômenas, não foi um elementista comum, pois admitia a existência de uma diversidade de elementos, as homeomerias ou sementes que continham o gérmen das coisas. Essas sementes estavam contidas no magma original, sendo separadas por uma inteligência ordenadora [Deus]. Afirmava que, tudo está em tudo, pois em cada uma a uma parte de todas as outras coisas. Daí, o cerne de seu trabalho era saber como se uniam e se relacionavam esses elementos. Sua contribuição para a Psicologia está em sua atenção especial aos processos psicológicos , em suas reflexões sobre o universo. Sua intensa valorização à disposição e ordem dos elementos no todo é fundamental à Gestalt até hoje.
Demócrito de Abdera foi o último elementista. Idealizava o universo composto de átomos indivisíveis. Para ele, as pessoas eram constituídas de átomos de alma e átomos de corpo. Daí, sendo a alma constituída de átomo, estava sujeita à morte. Considerava que os pensamentos e atos do homem eram determinados por fatores externos. Deu ênfase no papel dos estímulos externos e sua determinação do comportamento humano, já que esses influenciam o livre-arbítrio. Desenvolveu a primeira Psicologia Materialista Lógica.
Pode-se dizer que a Psicologia nasce mesmo com a cosmologia.
2. Pontue as principais ideias dos filósofos pré-socráticos.
I. Tales de Mileto
- Preocupado com o movimento e transformação, encontrou na água a substância fundamental das coisas. Não encontrou a unidade fundamental do universo.
II. Heráclito de Éfeso
Percebendo o mundo em constante mudança, deu ênfase ao processo, à dinâmica e não ao elemento estático. Encontrou no fogo o elemento básico do universo, mas não encontrou a unidade fundamental.
III. Pitágoras de Samos
- Encontrou nos números a essência permanente das coisas. Sustentava a existência de uma alma imaterial, distinta do corpo. Sua forma intelectual de ver os números, culmina por originar o método quantitativo.
IV. Anaxágoras de Clezômenas
- Foi um elementista que buscou explicar o universo a partir da existência de uma diversidade de elementos, ou seja, as homeomerias ou sementes, que continham o gérmen das coisas e vieram do magma original. Concebia a presença de um espírito ordenador na origem do universo. Deu muita atenção aos processos psicológicos, princípios esses que fundamentaram a Gestalt. Também não encontrou a unidade fundamental do universo.
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