Atitude De Boa Vontade

A BOA VONTADE

O tema atitude da Boa Vontade é um assunto pouco explorado e com isso são poucas as citações e estudos sobre esse tema, mas aqui, queremos, na medida do possível explicar essa expressão e destacar suas principais características.

Para não limitarmos a acreditar que BV é apenas uma forma de ser que resultaria para a solução de vários problemas humanos ou até mesmo que por falta de BV os problemas dos humanos se desenvolvem e não são solucionados.

Mas, na verdade, BV é essencial não apenas para psicólogos, mas para todos os profissionais, em todas as áreas, que lida com o ser humano e que presa por uma ética.

Vimos que BV é uma ideia usado tanto no negativo, como no positivo, conforme alguns autores.

Segundo Francis (1997), o progresso de uma terapia não depende de BV, e sim de ferramentas especificas cultivadas pelo profissional terapeuta, nesse caso a BV é insuficiente.

Porem, Westermann (1992) e Richamann (1991) defendem a ideia que BV dos envolvidos direta ou indiretamente em um processo terapêutico contribui bastante para restauração de vidas.

Wood (1992) vai alem quando cita que BV até de forma informal é positivo ao processo.

Pesquisa quantitativa destaca as principais características da BV, conforme citaremos abaixo:

• É útil a quem ajuda a outro cumprir seus objetivos;

• Está relacionada a uma atitude espontânea em devolver algo material, praticando uma boa ação;

• Ser solidário para com outras pessoas;

• Disponibilidade para auxiliar outras pessoas, em uma ato espontâneo, a partir da percepção de uma necessidade, e que se constitui numa ajuda efetiva;

• É agir afetuosamente com pessoas queridas, dedicar-lhes tempo e atenção, porque sendo tratados dessa maneira, sentem-se felizes, valorizadas e importante;

• Ato de amor ao próximo, como um meio de contribuir para a melhora da humanidade;

• É caracterizada por uma disponibilidade de ajuda espontânea a quem está com problemas.

• Ao ver outro com alguma dificuldade logo se mobiliza, agi, colaborar no que for possível para solucionar ou minimizar a dificuldade da pessoa.

Para finalizarmos, destacamos que BV é disponibilidade, percepção de uma necessidade, espontaneidade, ajuda, visando sempre beneficio efetivo, sentimento positivo em relação ao outro e sentimento positivo em relação a si mesmo, que caracteriza com um ato e não apenas uma disposição.

CARACTERÍSTICAS DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA DE CARL ROGERS

A contribuição de Carl Rogers sobre a Abordagem Centrada na Pessoa situa-se na corrente Humanista da Psicologia. Essa abordagem tem o intuito de trazer um novo olhar sobre o ser humano.

Segundo Rogers, há um campo de experiência único para cada indivíduo. Dentro desse campo está o “self” (autoconceito). Usa se o “self” para se referir ao contínuo processo de reconhecimento da pessoa, é a visão que uma pessoa tem de si própria, baseada em experiências passadas, estimulações presentes e expectativas futuras.

O ser humano possui dentro de si variados recursos para auto compreensão e para modificação de seus autoconceitos, de suas atitudes e de seu comportamento autônomo. Para que esses recursos possam ser ativados é preciso haver um clima, passível de definição, de atitudes psicológicas facilitadoras. Esse processo psicoterapêutico passa pedir uma cooperação entre terapeuta e cliente, estimulando ao amadurecimento emocional, a redescoberta da autoestima e a da autoconfiança. Nesse caso o método psicoterapêutico deve passar pelo amadurecimento do próprio terapeuta que deve se experienciar tal técnica, até que seja próprio e natural o seu agir.

Há três atitudes definidas por Rogers como compreensão empática, consideração positiva incondicional e congruência. Essas atitudes devem estar presentes para que se crie um clima facilitador de crescimento. Estas condições se aplicam, na realidade, a qualquer situação na qual o objetivo seja o desenvolvimento da pessoa.

A primeira atitude facilitadora da relação é a compreensão empática. O indivíduo capta com precisão os sentimentos e os significados pessoais que o outro está vivendo e comunica essa compreensão a ele. Quando está em sua melhor forma, o indivíduo pode entrar tão profundamente no mundo interno do outro que se torna capaz de esclarecer não só o significado que o outro está consciente como também do que se encontra abaixo do nível de consciência.

A segunda atitude importante na criação de um clima que facilite a mudança é a consideração positiva incondicional. Quando o indivíduo está tendo uma atitude positiva, aceitadora, em relação ao que quer que o outro seja naquele momento, a probabilidade de ocorrer um movimento de mudança aumenta. O indivíduo que deseja que o outro expresse o sentimento que está ocorrendo no momento, qualquer que seja ele (confusão, ressentimento, medo, raiva, coragem, amor ou orgulho). O indivíduo tem uma consideração integral e não condicional pelo cliente, daí porque se faz necessário que a pessoa esteja aberta a tudo o que o outro tem a dizer para poder compreendê-lo plenamente e se fazer compreendido.

A última atitude diz respeito à congruência (autenticidade ou sinceridade). Quanto mais o indivíduo for ele mesmo na relação com o outro, quanto mais puder remover as barreiras profissionais ou pessoais, maior a probabilidade de que o outro mude e cresça de um modo construtivo. O terapeuta na relação com o cliente é autêntico e apresenta abertamente os sentimentos e atitudes que nele surgem naquele momento.

Esse processo de congruência traz à pessoa a aceitação de si mesmo, se tornando a pessoa que deseja ser, mais flexível, de modo que possa se adaptar a objetivos mais realistas