A Atitude De Boa Vontade E A Abordagem Centrada Na Pessoa.
Ensaios: A Atitude De Boa Vontade E A Abordagem Centrada Na Pessoa.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunasa • 23/9/2013 • 1.017 Palavras (5 Páginas) • 898 Visualizações
Carl Roger foi o psicólogo americano responsável pela expressão Terapia Centrado no cliente (TCC).
E seus colaboradores perceberão que os princípios utilizados na psicoterapia podiam também ser aplicados em outras situações como educação relacionamentos interpessoais, grupos, conflitos e etc.
Dr. Jonh Wood (1995) veio mostrar uma nova expressão Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) não era, na verdade, uma aplicação da TCC a outras situações, mas exatamente o contrário. A ACP, enquanto uma abordagem dos problemas humanos correspondia a princípios gerais que estavam por trás de uma forma de psicoterapia.
Nessa formulação já não falava das clássicas três atitudes terapêuticas (empatia, consideração positiva incondicional e congruência) formuladas inicialmente por Rogers num artigo publicado em 1957. Falava sim de coisas mais amplas, capazes, contudo, de englobar essas três atitudes.
É discutido qual é a especificidade da ACP, pois não seria uma descrição de Boa vontade que por sua vez não teria muito mais a ver com uma forma de ser que resultaria essencial para a solução de vários problemas humanos?
Uma sondagem bibliográfica revelou a inexistência de estudos descritivos do que seja a boa vontade (BV) e, obviamente, também a inexistência de estudos relacionando BV e ACP. A idéia de BV tem dois tipos de uso. Um mais negativo e outro mais positivo.
Francis (1997), escrevendo sobre terapia com crianças, afirma que o progresso terapêutico não depende de sorte ou boa vontade, mas de ferramentas específicas cultivadas pelo terapeuta. Aqui a expressão BV se refere a algo insuficiente.
Westermann (1992) descreve um tipo de cerimônia terapêutica de liberação dos votos matrimoniais no contexto da logoterapia. Afirma que tal rito de cura conduz ao término um casamento irrevogavelmente perturbado, numa atitude de reverência e, ao mesmo tempo, serve para construir uma ponte de boa vontade para o futuro. Aqui o termo BV tem uma conotação nitidamente positiva.
Também positiva é a conotação do termo quando usada no trabalho de Richman (1991). Falando do suicídio de idosos, defende a idéia de que se poderão salvar vidas e aumentar a felicidade com mais conhecimento a respeito e também com boa vontade tanto por parte da comunidade profissional como da comunidade civil.
Os artigos científicos mais recentes que se referem à Abordagem Centrada na Pessoa, Patterson (1995), tradicionalmente deu-se excessiva importância aos métodos e técnicas psicoterápicas, em detrimento da determinação prévia dos objetivos que, para ele, constituem-se em três níveis: o principal diz respeito ao tipo de pessoa que desejamos que o cliente se tornasse ao final da psicoterapia; o intermediário refere-se à redução de sintomas para os behavioristas, ou melhoria nas relações interpessoais em terapias familiares e de casal, ou seja, objetivos em médio prazo e há também os objetivos imediatos que concernem a aspectos do próprio processo psicoterapêutico. Para ele, um aspecto essencial do processo terapêutico seria algum tipo de atividade desempenhada ou vivenciada pelo próprio cliente, tal como auto-exploração, ou exploração interpessoal que parecem estar universalmente presentes em psicoterapias bem sucedidas. Segundo o modelo proposto por ele, cabe ao terapeuta promover certas condições para que o cliente se engaje nestas atividades que garantem o sucesso de qualquer processo terapêutico. E elas nada mais são do que as três atitudes definidas por Rogers como compreensão empática, consideração positiva incondicional e congruência ou autenticidade do terapeuta. Resumindo, uma relação terapeuta - cliente, baseada nas "condições necessárias e suficientes para a mudança terapêutica de personalidade" propostas por Rogers num artigo clássico escrito em 1957, promoveria a possibilidade de o cliente iniciar sua jornada rumo ao autoconhecimento.
Wood (1996), num estudo de caso sobre cientistas
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