BIOGRAFIA DE JEAN PAUL CHARLES AYMARD SARTRES

• BIOGRAFIA DE JEAN PAUL CHARLES AYMARD SARTRES.

Nascido em 21 de Junho de 1905 em Paris, o filosofo francês Jean Paul Charles Aymard Sartre era filho do Oficial da Marinha Francesa Jean Baptiste Marie Eymard Sartre, falecido em 1906 e filho de Anne Marie Schweitzer. Após perder seu pai com um ano de idade, Sartre mudou-se juntamente com sua mãe para a casa dos seus avôs maternos na cidade de Maeudon, localizada próxima a capital francesa.

Em sua infância, ingressou no Liceu Henri VI de Paris, nesse período teve uma boa formação literária, mostrando seu interesse por literaturas clássicas e artes, o qual o levaria a escrever livros e novelas futuramente. Aos 19 anos, cursou Filosofia na Escola Normal Superior de Paris e mestrado em filosofia na Sorbonne, onde conheceu Simone de Beauvoir, com quem manteve uma relação afetiva ao longo de sua vida.

Durante o período em que lecionava filosofia em algumas escolas secundárias, Sartre foi recrutado para prestar serviços militares como soldado meteorologista na II Guerra mundial, o qual acabou sendo prisioneiro no campo de concentração Alemã. Após ser liberto, Sartre se uniu ao grupo de Resistência contra aos ataques Nazistas, fundando o grupo Socialismo e Liberdade. Logo após estreou sua primeira peça de teatro, intitulada As Moscas que trazia uma critica simbólica, sobre a luta contra os alemães.

Em seguida, logo após a guerra, o filosofo juntou-se com outros intelectuais e comunistas da época e criaram uma revista chamada Le Temps Modernes, cujo trazia criticas aos acontecimentos daquele período, porém suas criticas não estavam sendo bem vistas, onde o fez romper laços com alguns amigos intelectuais que possuía, um deles era Albert Camus, o qual Sartre dedicou sua obra O Estrangeiro. Contudo, Sartre publica uma critica ao livro de Camus, que por sua vez rompe a relação com o filosofo.

A cerca de 1950, Sartre assume uma postura política mais atuante, se filiando ao comunismo e virando um ativista, pondo-se abertamente em defesa da libertação da Argélia que estava sobre posse de colonizações Francesas, Sartre era conhecido como um símbolo de um Intelectual engajado, pois sempre trazia suas idéias e ações como ato político, sem medo de expor ou se posicionar a respeito do que ele acreditava, depois de 30 anos Jean Paul Charles Aymard Sartre, falece, sendo sepultado no cemitério de Montparnasse, Paris, junto com sua companheira Simone de Beauvoir.

Ao longo de toda sua vida Sartre publicou várias obras, tais como: A Náusea; Os Caminhos da Liberdade; O Existencialismo É um Humanismo; Entre Quatro Paredes, e outras, porém a obra mais famosa é O ser e o Nada que o torna um dos maiores representantes do pensamento existencialista na França, esta obra traz uma teoria sobre as características e estruturas fundamentais da existência humana, no qual ele descreve o confronto entre a consciência e o mundo objetivo, evidenciando a característica que definia o ser humano, a liberdade, porém diante as críticas à sua filosofia existencialista, Sartre publica O Existencialismo é um Humanismo, mostrando o significado ético do existencialismo. Sua teoria possui as influencias fenomenológicas, baseadas principalmente na fenomenologia de Husserl e Heidegger, ascendendo assim, o existencialismo Sartriano.

Sendo considerada uma das mais importantes correntes do pensamento filosófico na França, o Existencialismo de Sartre ganhou força entre as décadas de 1950 e 1960, para ele o homem é um ser diferente, já que pode pensar sobre a própria consciência e sobre o todo ao seu redor, sendo o homem como um ser que se define por sua autoconsciência, estando o ser e refletir como um todo único, a consciência humana não possui uma essência definida, descartando a existência de um Deus que de ao homem uma finalidade a priori para sua vida, restando apenas aos homes a sua liberdade. “O homem é um ser pelo qual o nada vem ao mundo”. (O Existencialismo e humanismo