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CUIDADORES FORMAIS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS E A SINDROME DE BURNOUT

Por:   •  31/7/2019  •  Artigo  •  3.713 Palavras (15 Páginas)  •  307 Visualizações

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CUIDADORES FORMAIS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS E A SINDROME DE BURNOUT

PENACHIO, Francielly Cristina Rocha[1]

SANTOS, Lucio Mauro Rocker dos[2]

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo apresentar de forma sucinta a atual situação da Síndrome de Burnout, sua história e desenvolvimento, bem como seu auto índice em  profissionais da área da saúde, com ênfase nos cuidadores de idosos formais, atuantes em Instituições de Longa Permanência, da mesma maneira que explana a importância da saúde deste profissional para que não venha a expor o idoso institucionalizado em uma situação de risco futuro.

Palavras-chave: Síndrome de Burnout, Cuidadores, Idosos, Instituições de Longa Permanência, Saúde.

ABSTRACT

The purpose of this article is to briefly present the current situation of Burnout Syndrome, its history and development, as well as its self - index in health professionals, with emphasis on caregivers of the elderly, working in long - term care institutions, in the same way that it explains the importance of the health of this professional so that it does not expose the institutionalized elderly in a situation of future risk.

 

Key-words: Burnout Syndrome, Caregivers, Old man, Long-stay Institutions, healthy.


INTRODUÇÃO

Após anos de atuação em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) na cidade de Maringá, localizada no norte do Paraná, percebeu-se com notoriedade a necessidade de uma melhor avaliação psicológica voltada a saúde mental dos colaboradores atuantes como cuidadores na instituição.

Deu-se então início a um estudo teórico a respeito do tema, no qual torna-se primordial elucidar a diferença entre os cuidadores formais e os informais, bem como crucial falarmos sobre a Síndrome de Burnout e suas dimensões.

Contudo, é necessária uma breve explanação do que é considerado ser idoso e suas representações, visando que a visão que o cuidador possui do idoso, pode influenciar sua saúde.

Perante a sociedade, o idoso é uma pessoa incapaz e dependente, que deve ser cuidada, todavia, segundo a Lei n. 10741 de 1 de outubro de 2003, sancionada com a intenção de assegurar os direitos das pessoas com 60 anos ou mais, foi decretado o Estatuto do Idoso. Portanto, qualquer pessoa com mais de sessenta anos, já é considerada idosa e por consequência, deve ter seus direitos respeitados. Sobre seus direitos, o Estatuto do Idoso, 2003 decreta:

“Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. [...]

Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. [...]

Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.

Considerando tal decreto, podemos afirmar que o idoso por si, não é alguém dependente ou incapaz, excetuando quando o mesmo possuir alguma mazela que o torne incapaz. Deste modo, o que se deve priorizar é o cumprimento da Lei em sua totalidade, incentivando e tratando o idoso como um ser merecedor de respeito e os devidos cuidados, de acordo com a saúde física e mental de cada indivíduo.

É preciso considerar que o envelhecimento, ocorre em três etapas, segundo Lima, 2010, pag. 13 e 14 apud Nuno Augusto da Silva, 2015, sendo elas

O envelhecimento biológico, que advém do aumento da vulnerabilidade e de uma probabilidade acrescida para falecer (senescência); O envelhecimento psicológico, definido pela autorregulação do indivíduo, alterações nas funções psicológicas como a memória, a tomada de decisões; O envelhecimento social, diz respeito à maneira como a sociedade encara os idosos, às expetativas e aos papéis sociais que lhes são atribuídos. [...] Analisando estas perspetivas, a autora refere que o envelhecimento é um “processo universal, gradual e irreversível de mudanças e transformações que ocorrem com a passagem do tempo” (Lima 2010; p.13 e 14 apud Nuno Augusto da Silva, 2015, pág 13)

O que notadamente vem acontecendo em grande escala, é a chamada “revolução demográfica” tendo em consideração as profundas consequências que o crescente número de idosos representa quando associada à redução nas taxas de natalidade” Almeida (2013, p.10). Além deste fator, também é crucial considerar que os idosos tem tido um maior tempo de vida, aumentando assim o índice populacional das pessoas com 80, 90 e 100 anos.

Neste contexto, é que torna-se necessário um maior cuidado com o idoso, visto que “o envelhecimento é um processo que envolve mudanças biopsicossociais. Todavia, ocorre de maneira única para cada pessoa a partir de variáveis biológicas, psicológicas, socioeconômicas, políticas, históricas e culturais” ZIMERMAN 2007, apud SILVA e FALCÃO, 2014, p.112. Considerando ainda que “no decorrer dessa vivência, o idoso pode necessitar de supervisão ou mesmo de auxílio total para realização de atividades de vida diárias, tais como banho, alimentação e locomoção” NERI, CACHIONI & RESENDE 2002, apud SILVA e FALCÃO, 2014, p.112.

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