Comunidade judaica
Por: Psicologia15 • 7/4/2015 • Tese • 1.838 Palavras (8 Páginas) • 275 Visualizações
Judaísmo
A cultura é tudo aquilo que não vem da própria natureza e sim tudo o que é produzido pelos animais racionais que são os seres humanos, isso é o que diferencia os seres humanos dos animais irracionais, a capacidade de fazer cultura.
Cada país tem a sua própria cultura, que é influenciada por diversos fatores. Para sociologia, cultura é tudo o que resulta em decorrência da criação humana. Não existe cultura superior à outra, mas sim diferentes culturas. Definido por ideias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento, que são adquiridos a partir do convívio social. Para a psicologia tem influência no comportamento humano, já que a cultura pode ser variada, alterando assim o comportamento.
Temos vários tipos de cultura, uma delas é o judaísmo.
Como principal personagem do judaísmo, temos um povo e não um indivíduo, os judeus descendem do povo hebraico, esse, escolhido por Deus para receber seus ensinamentos sagrados. Está religião é formada por cerca de dezoito milhões de seguidores, sendo a religião monoteísta mais antiga do mundo, tendo nomes conhecidos como Moisés, Davi e Salomão, sendo os dois últimos os reis que construíram o primeiro templo de Jerusalém.
A história do Judaísmo começa com o chamado de Abraão, que por volta de 1850 a.C. deixou a Síria para se estabelecer na terra de Canaã, atual Israel. Com a morte de Abraão, Jacó e os seus 12 filhos emigraram para o Egito à procura de melhores condições de vida e de pastagens para os animais. Com o passar do tempo, foram tratados como escravos e obrigados a construir cidades e silos para armazenagem do cereal.
A escravidão durou até 1300 ou 1200 a.C. quando, guiado por Moisés, o povo judeu conseguiu libertar-se e, passando através do Mar Vermelho, regressaram novamente a Canaã.
Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de Salomão, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos: Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo.
Em 721 A.C começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. O imperador da Babilônia, após invadir o reino de Israel, destrói o templo de Jerusalém e deporta grande parte da população judaica.
Entre 500 a.C. e 100 d.C., sucederam-se, em Israel, as dominações estrangeiras: primeiro os babilónicos, depois os persas, depois Alexandre Magno, os remos gregos, e por fim os Romanos. Nos séculos seguintes, a diáspora continuou cada vez mais intensa.
No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém. No século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém, provocando a segunda diáspora judaica. Após estes episódios, os judeus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religião. Em 1948, o povo judeu retoma o caráter de unidade após a criação do estado de Israel.
Os livros da história recordam a expulsão dos Judeus de Espanha, em 1494 e o extermínio pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Rituais e símbolos judaicos:
Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do judaísmo é o menorá, candelabro com sete braços. O 7 é para os Judeus o número da plenitude, da perfeição.
Entre os rituais, podemos citar a circuncisão dos meninos (aos 8 dias de vida) e o Bar Mitzvah que representa a iniciação na vida adulta para os meninos e a Bat Mitzvah para as meninas (aos 12 anos de idade).
Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento das orações.
Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo Judeu. Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.
O Muro das Lamentações – em Jerusalém, é o que resta do templo de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 d.C. Aqui os hebreus vêm rezar. É o único lugar sagrado de todo o Judaísmo.
O Rabino – Os hebreus não têm sacerdotes. O Rabino é só um mestre, um guia espiritual para os fiéis na interpretação da Bíblia.
O Sábado – É o dia semanal festivo dos judeus. Começa ao pôr-do-sol de Sexta-feira e vai até ao pôr-do-sol de Sábado. É um dia dedicado à oração e ao descanso.
As Festas Judaicas
As datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um calendário lunisolar. As principais são as seguintes:
Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro.
Páscoa (Pessach) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 a.C.
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.
Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.
Assêret Yemê Teshuvá ocorre no dia posterior a Rosh Hashaná. São os dez dias de arrependimento. No dia posterior a Rosh Hashaná, ocorre o jejum de Guedalyá, em recordação ao assassinato do governador da terra de Israel e à dispersão dos judeus remanescentes. No Yom Kipur nosso destino é selado para o ano todo.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito.
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.
Credo:
- Escuta, Israel, o Eterno é Um só.
Esta oração resume a fé hebraica: acredita na existência de um só Deus. O Judaísmo é uma religião fortemente monoteísta.
- A visão que o Judaísmo tem da vida é optimista, porque o Deus criou o homem livre e responsável. O cumprimento sem reservas das suas obrigações duras e rigorosas da Torá exprime a submissão humana a Deus e simboliza o respeito pela Aliança.
- Os hebreus esperam a vinda do Messias.
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