Conceitos: subjetividade, relações sociais, ideologia, representações sociais
Por: Simone Andrade • 5/3/2017 • Trabalho acadêmico • 437 Palavras (2 Páginas) • 704 Visualizações
ESTUDO DIRIGIDO: A partir dos textos estudados, articule os seguintes conceitos: subjetividade, relações sociais, ideologia, representações sociais.
A psicologia social é uma das vertentes – da década de 50 do século XX – que se sistematizou em duas tendências dominantes: perspectiva pragmática e perspectiva fenomenológica. A pragmática teve origem nos Estados Unidos, com raízes do behaviorismo, visava reduzir os conflitos entre os homens e torná-los mais felizes após as atrocidades vividas pela humanidade no cenário da Segunda Guerra Mundial. A perspectiva fenomenológica teve origem na Europa, com raízes na fenomenologia e Gestalt, visava evitar catástrofes mundiais.
Houve muitas críticas à psicologia social sob alegações de que essa não conseguia intervir, explicar ou ao menos prever comportamentos sociais, seria uma ciência ideológica. A psicologia social voltou-se para a percepção de que o ser humano é cultural, histórico e produto de suas relações e condições sociais, e também é ator que produz fatos sociais e relacionais. Contudo, não basta apenas descrever os comportamentos é preciso recuperar os indivíduos em suas representações sociais e a interseção de suas histórias com a de sua cultura. Portanto, numa perspectiva mais crítica a psicologia social relaciona-se às teorias da representação social – no Brasil início na década de 70 do século XX – que ocupam dos saberem populares e do senso comum para construir e interpretar o real. Buscou-se conhecer como os homens criam um conjunto de saberes que acabam por expressar identidade a um grupo social. O homem em interação com o meio, em ações que modificam ambos.
A nossa sociedade e o nosso mundo tornam-se cada vez mais imateriais, sustentados numa comunicação verbal e simbólica. Neste sentido, a ideologia é um produto histórico que reproduz relações sociais por vezes conservadoras e pode servir para a manutenção das relações de produção que podem ser exploratórias e estatizantes que impedem aos homens terem consciência do nível de submissão ao qual sua classe está submetida num ciclo vicioso.
Depreende-se também da leitura dos textos que há dois fatos fundamentais: o homem precisa relacionar-se com outros homens para sobreviver; a sua participação no meio depende da aquisição da linguagem, que é um código produzido historicamente pela sociedade.
Isto tudo influencia o processo de construção da subjetividade de cada um na vida familiar, grupal, social, profissional entre outros campos múltiplos de atuação dos homens. Isto também influencia, a partir da psicologia social e das representações sociais, na metodologia das pesquisas realizadas, pois as relações sociais definem pesquisador e pesquisado de modo que a pesquisa feita trará traços de uma intervenção de uns sobre outros.
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