Desenvolvimento Cognitivo

Começa por volta dos 2 anos e vai até aos cinco/seis anos. Durante este período a criança desenvolve a inteligência representativa, ligada à aquisição da linguagem. Ela desenvolve a capacidade de representar qualquer coisa por meio de outra coisa, isto é, um significado qualquer (objeto, acontecimento, etc.), por meio de um significante diferenciado que só servirá para essa representação: linguagem, gesto simbólico, imagem mental, etc. (Função Simbólica). A partir deste momento a criança está em condições de atuar sobre os objetos de maneira organizada, deixando de estar dependente da manipulação direta das coisas. Ainda permanece no entanto num estado de confusão entre o mundo objetivo e o subjetivo.

Jean Piaget chamava a segunda infância de estágio pré-operatório do desenvolvimento cognitivo, porque as crianças dessa idade ainda não estão preparadas para se envolver em operações mentais lógicas. O estágio pré-operatório, que perdura aproximadamente dos 2 aos 7 anos, é caracterizado por uma grande expansão no uso do pensamento simbólico, ou capacidade representacional, que surgiu pela primeira vez durante o estágio sensório-motor.

Função simbólica: “Quero sorvete!”, anuncia Juanita, de 4 anos, andando com dificuldade porta adentro, fugindo do quintal quente. Ela não viu nada que pudesse adicionar esse desejo – nenhuma porta de geladeira aberta, nenhum comercial de televisão. Ela não precisa mais desse estímulo sensorial para pensar em algo. Ela se lembra do sorvete, de seu frescor e sabor e intencionalmente o procura. Isso se chama Função Simbólica: a capacidade de usar símbolos, ou representações mentais – palavras, números ou imagens para as quais uma pessoa atribui um significado. Sem símbolos uma pessoa não poderia comunicar-se verbalmente, fazer mudanças, ler mapas ou guardar fotos de pessoas queridas distantes. Os símbolos ajudam as crianças a se lembrar e a pensar em coisas que não estão fisicamente presentes.