Desenvolvimento Humano II

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CURSO: Graduação em Psicologia – 3º Período - Manhã DISCIPLINA: Desenvolvimento Humano II  DOCENTE: Lívia Martins Stoppa	FACULDADE PITÁGORAS POÇOS DE CALDAS
GAMES E ADOLESCENCIA	DATA: 28/ 09/ 2018
NOMES: Auriani Lourenço Domingos, Daniela Santos Pereira e Franciny Gonçalves Rodrigues. J
ASSINATURA DOS ALUNOS:

GAMES E ADOLESCENCIA

Games, é um termo inglês para dizer de jogos eletrônicos interativos que são sujeitos a regras. Os jogos em sua maioria são benéficos aos que praticam, pois além da diversão e prazer, proporcionam um bom desenvolvimento de habilidades afetivas, cognitivas e motoras, bem como auxiliam no processo de socialização, principalmente de crianças e adolescentes.

Toda vez que os praticantes jogam, seu cérebro libera uma descarga de dopamina, criando assim, uma sensação de prazer que os leva a jogar novamente. Com isso, o cérebro avalia que esse comportamento de jogar é benéfico, o que leva a sucessivas repetições; transformando o que inicialmente era benéfico ao indivíduo em consequências negativas, pois a pessoa cria uma dependência por jogos, tendo prejuízos pessoais e sociais.

Os games têm grande influência na interação social dos adolescentes, pois permite a este a criação de sua identidade a partir de suas relações estabelecidas, dos laços vivenciados. E também são capazes de aperfeiçoar as habilidades cognitivas como atenção concentrada e difusa, planejamento, percepção e memória motora, auditiva e visual, agilidade, coordenação, raciocínio e também tolerância a frustações e maturidade.

Apesar de benéficos ao desenvolvimento do adolescente, deve-se ficar atento aos fatores de risco de dependência que os games podem causar, pois nessa fase os mecanismos neurológicos de recompensa ainda estão em formação e o bombardeio da dopamina faz com que o cérebro produza menos neurotransmissores e desligue o córtex pré-frontal, área relacionada a tomada de decisões e autocontrole, fazendo com que o adolescente não consiga controlar ou mesmo recusar estímulos prazerosos e se comporte de modo impulsivo e até mesmo agressivo.

Os fatores de risco que podem aumentar as chances de o adolescente desenvolver o vício são biológicos, psicológicos e sociais, e por isso devem ser bem observados antes de diagnosticado, pois um adolescente pode jogar todos os dias e por várias horas sem desenvolver nenhum tipo de distúrbio.

Assim como qualquer outro transtorno compulsivo, o vício em games pode acarretar graves consequências se seus sintomas não forem identificados e tratados previamente, pois os próprios usuários não se dão conta do prejuízo que estão causando em seu próprio organismo.

A princípio parece “normal” o adolescente passar horas sem se alimentar e dormir corretamente para não interromper o jogo, mas a longo prazo a fome e o cansaço podem causar desnutrição e se transformar em transtornos mais severos como anorexia e distúrbios do sono. Com isso, seu vigor orgânico também diminui e consequentemente suas funções cognitivas. Há casos em que o adolescente ao acordar, vai direto para o game ignorando inclusive a rotina saudável de higiene pessoal e diminuindo suas atividades sociais.

Sintomas como isolamento social, fadiga, dores de cabeça, nos olhos, alteração do sono, inquietação, irritabilidade, ansiedade, impulsividade, agressividade e até mesmo tristeza, associados à priorização do jogo em detrimento de todas outras atividades cotidianas, podem identificar o vício. Esse vício afeta o comportamento do adolescente mesmo quando este não estiver jogando, ele se torna incapaz de se controlar, podendo assim, agredir fisicamente outras pessoas e até mesmo atentar contra própria vida.