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Estudo Toxicomanias Folme Paraíso Tropical

Por:   •  24/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.881 Palavras (8 Páginas)  •  119 Visualizações

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Letícia Ap. Soares Sant´Anna

Verônica Santos Pereira

Tatiane Silva de Oliveira

        

Filme – “Paraísos Artificiais”

Professor: Lauro Rodriguez de Pontes  

Disciplina: Estudo das Toxicodependências

                                                                          5º Período de Psicologia

Rio de Janeiro, maio de 2019.

Um Filme de Marcus Prado, que estreou no ano de 2012, retrata cenas melancólicas que alguns jovens escolhem viver, levado em consideração à fase mais conturbada e confusa do ser humano: a adolescência, composta, muitas vezes, de atitudes imaturas e busca por auto aceitação.

O problema é quando o querer dessa droga aumenta gradativamente, seja para tamponar uma decepção, seja para “acompanhar” um determinado grupo com intuito de ser aceito.

A ficção aborda experiências de três personagens, temos como os principais: Érika (Nathalia Dill), Lara (Lívia de Bueno) e Nando (Luca Bianchi), um rapaz que não sabe ainda o que vai fazer em relação a sua vida.

A trama já inicia mostrando Nando saindo da cadeia, por questões de tráfico de drogas, chocando e gerando bastante curiosidade aos espectadores, o motivo se deu ao tráfico de drogas, que vai sendo revelado mais tarde, ao decorrer das cenas.

A decisão ao uso das drogas e principalmente o tipo da droga a ser ingerida ou injetada, mesmo que de forma recreativa, é de suma importância, e deve ser decidida de forma responsável, pois principalmente as sintéticas, até com uso de pouca quantidade, gera alucinações e outros efeitos destrutivos.  O filme alerta o espectador para grande reflexão, retratando o uso abusivo, dando ênfase em cenários de festival de músicas, conhecidas como raves, onde a maioria tende a se sentir mais livre, abertos a diversas possibilidades e sensações ousadas.

Mas também, essa falsa liberdade nos faz refletir que as consequências farão parte e em grande dimensão, em uma balança de bônus e ônus. Vale a conscientização.

Os personagens neste filme mostram que diante de inúmeras incertezas, seja um dos motivos para que o uso aumente cada vez mais, ocasionando a morte inclusive. E, no entanto, o que eles buscam e podemos assim dizer que a maioria das pessoas buscam, é a tão desejada felicidade, esta de forma tão rasa e artificial.

Este filme retrata bastante algumas preocupações de alguns pais, principalmente nessa fase tão difícil que é a adolescência, pois é uma época em que os jovens estão se descobrindo, buscando significados em sua vida misturando sexo e drogas. Lógico, não podemos generalizar, até porque muitas pessoas fazem uso de drogas de forma recreativa, sem prejudicar assim seu dia a dia.

Sabemos bem que o excesso que se torna vício, gera grandes frustrações tanto para o usuário quanto para o meio em que vive, gerando alguns transtornos.  A busca do equilíbrio ainda é o melhor caminho, mas sabemos que usuários podem passar por situações que podem levá-los ao desespero, não sabendo lidar com determinadas questões. De fato, o filme nos traz à realidade para nos mostrar que, se o uso de qualquer substância, seja esta qual for se utilizada de forma exagerada, seja classe média, alta ou baixa, pode tornar a vida mais complicada e sem sentido.

Na história Nando (LUCA Bianchi), se deixa levar pela ideia do dinheiro fácil, para tentar resolver alguns problemas financeiros, que seu recente falecido pai tinha deixado. Aceitou ser usado como mula por traficantes internacionais. Assim acaba sendo preso e perdendo quatro anos da sua vida.

O filme não tem uma narrativa linear, vai e volta no tempo, para mostrar como os protagonistas Nando (Luca Bianchi) e a DJ Erika (Natalia Dill) se conheceram, junto com seus amigos Patrick (Bernardo Melo Barreto) e Lara (Lívia de Bueno).

O filme mostra os jovens de classe média de uma forma caricata, e como esses jovens se divertem nesses eventos de baladas, raves, mostrando como as drogas são usadas para se sentirem mais soltos e relaxados. Em uma das primeiras cenas, quando Nando volta para casa, depois de ter sido solto da prisão, ele se depara com um remédio tarja preta, na gaveta do banheiro, podendo ser consumido por qualquer um. Esse medicamento não deixa de ser uma droga, só que licita. Se utilizada de uma forma errada e tão ou mais perigosa que algumas drogas ilícitas. Sua mãe fuma seu irmão após uma discussão com a mãe, sai dizendo que iria beber ele fala naturalmente, só porque estava nervoso ou descontente com algo era o suficiente para ingerir bebida alcoólica.

Ao repensar sobre tudo que aconteceu na cena, me dei conta que tanto dentro do meu ambiente familiar, quanto no ambiente de outras pessoas, na grande maioria dos casos, utilizamos normalmente algumas drogas licitas como álcool, cigarro, remédios, e não somo julgados por isso. Mas se falacemos abertamente que utilizamos algum tipo de droga que é criminalizada, na grande maioria do caso não seria visto com bons olhos.  

Em um determinado momento no filme, Lara a amiga de Erika, sofre uma overdose e vem a óbito, em uma cena anterior a da sua morte, ela pinga uma substancia na boca de Erika, essa substancia é chamada de “gota”, Lara pinga duas gotas dessa substancia o dobro que deu a Erika. O que deu a entender era que ela sempre utilizava uma dose maior que Erika.

O filme mostra as noites de Amsterdã, onde o consumo é liberado, as festas do nordeste Brasileiro. Assim mostrando que mesmo que haja uma grande intolerância ao consumo de drogas mesmo assim o consumo rola solto, fazendo que esse consumo seja muito perigoso, devido à falta de conhecimento da procedência desses entorpecentes.  

A história que foi contada é interessante, claro que não engloba a grande maioria dos jovens, mas nos apresenta a realidade do que acontece nessas festas e festivais que a grande maioria das classes mais baixas não tem acesso. Esse filme também me fez ter um olhar mais para o social e me fez pensar, mas especificamente no festival que aconteceu no Nordeste, em nenhuma cena apareceu policias por perto, e havia livre consumo de drogas durante todo o evento. Na realidade é bem assim, não vemos nenhuma notícia em jornais que a polícia apreendeu drogas e pessoas nesses eventos mais fechados. Agora se é um evento dentro de uma comunidade ou em um bairro de classe baixa, a polícia e acionada na hora, alegando consumo de drogas e trafico no evento. Com tudo me pergunto qual a diferença do jovem que usa droga, de classe média-alta para o de classe baixa, fazem a mesma coisa por que só o pobre é criminalizado?

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