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FICHAMENTO I – PSICOPATOLOGIA: BASE HISTÓRICA E EPISTEMOLÓGICA. MODELOS E MATRIZES

Por:   •  14/6/2018  •  Resenha  •  1.313 Palavras (6 Páginas)  •  506 Visualizações

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FICHAMENTO I – PSICOPATOLOGIA: BASE HISTÓRICA E EPISTEMOLÓGICA. MODELOS E MATRIZES

CAMPINAS

2018 

Comportamento anormal no contexto histórico

Compreendendo a psicopatologia

Dentro da psicopatologia existe o que chamamos de transtornos psicológicos ou comportamento anormal, que estão ligados a um prejuízo do funcionamento humano, que o impossibilita de vivenciar determinados acontecimentos que lhe trarão experiências consideradas boas, o que acarretará em sofrimento. Ainda dentro dos transtornos psicológicos encontramos termos como: disfunção psicológica, sofrimento subjetivo e o que socialmente não é esperado, sendo estes classificados como anormais devendo atender a alguns critérios, dos quais nem sempre são averiguados de forma precisa.

A psicopatologia estuda transtornos psicológicos, e dentro dessa área conta-se com o apoio de psicólogos de aconselhamento e psicólogos clínicos, sendo este último responsável por tratar os transtornos considerados mais graves dos pacientes. É importante citar que psiquiatras e assistentes sociais também tratam de transtornos, porém, cada um de acordo com as suas especialidades.

Todo paciente apresenta um problema, ou seja, o motivo pelo qual ele está em busca de ajuda, sendo de competência do profissional identificar cada um dos fatores que levou o paciente até ele. Questões como prevalência, incidência e prognóstico do transtorno são relevantes para se analisar o caso, bem como a idade, uma vez que crianças e adultos se diferenciam em relação aos seus sentimentos.

Outro ponto relevante refere-se ao tratamento do transtorno que depende diretamente dos resultados de causa e origem deste, ou seja, quando começou e por que.

A tradição sobrenatural

Houve um período em que os transtornos físicos e mentais eram tidos na verdade como manifestações demoníacas, relacionadas a algo considerado sobrenatural. Acreditava-se que bruxas e demônios tinham poder sobre a sociedade, muitas vezes recorrendo a artifícios de bruxarias para resolver seus problemas, tratamentos como exorcismo eram frequentemente utilizados.

Alguns dos sintomas apresentados naquela época eram vistos como pecado pela Igreja, sendo associadas à apatia ou preguiça. A pessoa era julgada como principal causadora de seu transtorno, tendo sido punida desta forma por algo que ela cometeu.

Ainda dentro desta tradição existe o conceito de histeria em massa, que na idade média era apontada como noção de possessão demoníaca devido à forma como ela atingia os grupos. Em tempos modernos a histeria é classificada como um fenômeno de contágio emocional, que dissemina a emoção sentida para além de si mesmo, sendo chamada assim de psicologia das massas.

Muitos acreditavam que Lua e as estrelas através de seus movimentos exerciam grande poder sobre o mecanismo mental, e ainda hoje encontramos pessoas que acreditam nessa teoria, mesmo que cientificamente elas não sejam comprovadas.

A tradição biológica

Nos primórdios da história em busca de se obter respostas, colocava-se o transtorno psicológico como uma causa biológica, podendo este ser devidamente tratado como qualquer outra doença que se havia.  O cérebro era apontado como sede da sabedoria, consciência, inteligência e emoção, então qualquer transtorno que estivesse diretamente ligado a essas funções estaria localizado no cérebro.

Hipócrates trabalhou com a teoria humoral dos transtornos, e afirmava que o funcionamento normal do cérebro estava relacionado aos quatro fluídos corporais, sendo eles: o sangue, a bílis negra, a bílis amarela e a fleuma, estando estes aplicados a traços de personalidade. Médicos acreditavam que quando esses humores estavam em excesso ou escassez, resultava-se em uma doença.

A histeria era tida como doença que atingia apenas o público feminino, porém, chegou-se à conclusão de que os transtornos de sintomas somáticos, como são chamados, não se limita a distinção de sexos.

O desenvolvimento de tratamentos biológicos foi fundamental para a área da psicopatologia, e ampliou de maneira considerável a compreensão sobre as suas contribuições. Muito se estudou acerca dos tratamentos que eram utilizados para se encontrar uma cura para os transtornos, e apesar de alguns funcionarem, acabavam trazendo prejuízo ao paciente, sendo assim abandonados.

A tradição psicológica

Tem se como um dos tratamentos a terapia moral, que naquele tempo era tida como algo relacionado ao emocional, diferente do conceito de moral ao qual estamos familiarizados. A terapia moral era considerada como humanizada e com a reforma na ala psiquiátrica acabou sofrendo um declínio.

O autor traz as abordagens: psicanalítica, humanista e comportamental descrevendo quais são as suas contribuições para a psicopatologia, dentre elas a humanista é a que menos tem ligação com a área pelo fato de não tratar de transtornos psicológicos, uma vez que o paciente precisa estar de fato dentro da sua “normalidade” para acompanhar a terapia.

Comentário

Particularmente costumo ter dificuldades para ler e compreender textos extensos, pois na maioria das vezes a linguagem é complexa, e não foi o que eu senti ao entrar em contato com o capítulo em questão.

O capítulo nos traz com clareza assuntos quanto à compreensão do que é a psicopatologia, bem como os termos frequentemente utilizados, a sua ciência e os conceitos históricos do que é considerado comportamento anormal. São tratados também assuntos acerca das tradições sobrenatural, biológica e psicológica, cada uma contendo informações precisas para um melhor entendimento.

Muitos dos assuntos tratados já foram dados em outras disciplinas, o que talvez explique o fato de eu não ter encontrado problemas para interagir com o texto. Uma crítica que provavelmente algumas pessoas farão é ao fato de o autor detalhar com precisão cada tópico, dando a sensação de algo repetitivo o que no meu ponto de vista é um bom método para a minha aprendizagem, uma vez que consigo recuperar melhor o que já aprendi, mas não tive mais contato com o decorrer do curso. Foi uma leitura boa e produtiva, apesar do curto período de tempo que nos foi dado.

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