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Fichamento "FRACASSO/SUCESSO: UM PESADELO QUE PERTURBA NOSSOS SONHOS"

Por:   •  21/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.672 Palavras (7 Páginas)  •  660 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

CÂMPUS BOITUVA

SIDIANE MOREIRA DE CARVALHO

FICHAMENTO

FRACASSO/SUCESSO: UM PESADELO QUE PERTUBA NOSSOS SONHOS

BOITUVA

    2019

FICHAMENTO

ARROYO, Miguel. Fracasso-sucesso: um pesadelo que perturba nossos sonhos. Em aberto, Brasília. v.17, n. 7, p. 33-40, Brasília, jan. 2000.

"Há problemas em nossas escolas que nos perseguem como um pesadelo. Não há como ignorá-los, nem fugir deles. Entre os pesadelos constantes está o fracasso escolar." pp. 33.

O autor dá início falando que o termo “fracasso escolar” vem trazendo cada vez mais apreensão dentro do ambiente escolar, dessa forma o autor argumenta que esse problema se da, pois há uma alta porcentagem de repetentes, reprovados, defasados, ou seja, vem havendo uma realidade inesperada nas escolas, pois os alunos não estão obtendo bons resultados.

De acordo com Villas Boas (2008) pp. 17, o fracasso escolar centra-se na repetência, pois de nada adianta o aluno ser promovido à série seguinte sem ter aprendido.

"... as propostas político-pedagógicas que acompanho em escolas das redes municipais... Todas tentam encarar o fracasso/sucesso escolar num olhar global da construção histórica de nosso sistema de educação básica. Tentam superar sua naturalização, não vê-lo como uma praga a combater em bom combate. Não fazem dele o problema." pp. 33.

Segundo o autor as instituições de ensino não vão a busca de solucionar o problema dessa realidade que vem acontecendo em nossa sociedade, ao contrário de tornar cidadãos críticos e aptos à viver em grupo, tornam indivíduos que não sabem agir diante aos conflitos que acontecem na vida real, ou seja, preferem enxergar com um olhar global de construção histórica de nosso sistema de educação básica.

"Confundir sucesso/qualidade com aprovação, e fracasso com reprovação é uma miragem, um engano." pp. 34.

"O fracasso escolar é uma expressão do fracasso social, dos complexos processos de reprodução da lógica e da política de exclusão que perpassa todas as instituições sociais e políticas, o Estado, os clubes, os hospitais, as fábricas, as igrejas, as escolas..." pp 34.

“O processo mais eficaz para reeducar nossos olhares é situar o foco da intervenção na estrutura do sistema escolar, na lógica que o inspira. Este é um dos eixos centrais das propostas político-pedagógicas: ter como propósito uma mudança radical das estruturas de nosso sistema escolar.” pp 34.

A visão de ver o sucesso como direito garantido à educação e cultura é um olhar de nunca solucionar o problema, dessa forma é preciso que aconteça uma mudança no ambiente escolar, pois de acordo com o Arroyo (2000), esse é um dos erros que tem se tornado um grande pesadelo.

“Temos um longo caminho a percorrer para mudar esse entendimento já arraigado na cultura educacional brasileira, até mesmo nos cursos de formação de educadores. E por falar em aprendizagem, outro avanço necessário é o de considerar não apenas a aprendizagem do aluno, mas também a do professor, que será a garantia da primeira.” - pp. 17 (VILLAS BOAS, 2008)

“A medida que refletimos coletivamente sobre nosso sistema escolar pretendendo reformá-lo, percebemos que duas idéias-força têm prevalecido ao longo deste século como horizontes de nossa expansão da escolarização básica. De um lado, a idéia de instrumentalizar a infância e a juventude para a inserção no mercado de trabalho por meio do domínio de habilidades, competências e saberes demandados pela modernização social e produtiva.” - pp. 36.

Segundo o autor, mesmo pensando sobre uma reforma escolar, notam-se que existe duas forças que sempre prevaleceram, uma delas é a de transformar a infância e a juventude em um instrumento para desenvolver as agilidades que são necessárias para entrar no mercado de trabalho, sendo necessário que seja competente e compreensível, visando o lucro e a produção.

“A respeito, por exemplo, dos interesses imediatos, ouve-se muito dizer acerca do valor imputado pelas camadas trabalhadoras à escolaridade como um instrumento para conseguir melhores empregos e melhores condições de vida.” - pp. 107 (PARO, 2016)

“O ensino primário, de 1º grau ou fundamental afirmam-se e expandem-se ao longo deste século quase que exclusivamente pautados pelas demandas de habilidades primárias de leitura, escrita, contas e as noções elementares de ciências, consideradas como indispensáveis para a inserção eficaz nos processos produtivos.” - pp. 36.

O autor nos traz a visão que as demandas de habilidades primárias são indispensáveis, ou seja, são eficazes nos processos produtivos.

“Nas décadas mais recentes, a estratificação e divisão social do trabalho, os mecanismos competitivos e seletivos de ascensão/exclusão social fizeram dos níveis de escolarização um dos principais critérios de seleção e credenciamento; consequentemente, os conteúdos programáticos foram sofisticados e os critérios de excelência foram refinados.” - pp. 36.

De acordo com Arroyo (2000), com a evolução dos séculos, veio a divisão do trabalho, assim, para conseguir um bom emprego é necessário um bom nível de escolarização, ou seja, determinados empregos necessitam de escolarização fundamental e/ou média.

“Ainda muitos(as) professores(as) da escola pública têm a escola privada como referencial de qualidade.” - pp 37.

Neste parágrafo o autor embasa sobre a imagem-modelo que os professores tem sobre a escola privada, assim, devemos acreditar que as escolas públicas também são capazes de fazer uma reforma progressista, pois há muitos professores que são empenhados para reformar o ambiente escolar, dessa forma é ideal que possamos olhar de uma forma diferente e acreditar nas escolas pública, pois a consequência que temos ao desacreditar é o fracasso escolar.
“Nossos educadores escolares e muitos dos intelectuais que discutem a educação parecem acreditar que a queda na qualidade do ensino da escola pública consiste precisamente no fato de ela, hoje, não conseguir alcançar para os atuais usuários o objetivo que alcançava para os de décadas passadas. Noto que isto, no âmbito da escola pública, tem levado os profissionais da educação, em especial os professores, ao desânimo e à total falta de perspectiva para seu trabalho.” - pp. 105 (PARO, 2016)

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