Filme as duas facers de um crime
Por: Paula Soares • 27/4/2016 • Resenha • 1.167 Palavras (5 Páginas) • 1.312 Visualizações
As duas faces de um crime”, uma visão psicológica dos sujeitos e suas relações com possíveis transtornos mentais
No filme “As duas faces de um crime”, dirigido por Gregory Hoblit, fica evidente para o espectador traços da personalidade humana, bem como características de um indivíduo que se definem como sendo um comportamento anormal em relação à sociedade, tudo isso veremos adiante. Contudo, no filme, é relatada a história de um advogado muito influente que busca a fama. Um arcebispo notável é encontrado morto com sinais brutais de assassinato, logo em seguida testemunhado parte dos acontecimentos pelo carteiro a polícia consegue fazer uma perseguição e apreensão do indivíduo jovem que se encontrava sujo com muito sangue em sua camisa, que posteriormente foi identificado como sendo um menino, anteriormente de rua, que fora ajudado pelo arcebispo e tornou-se coroinha próximo do mesmo bispo. Tendo em vista a repercussão do caso na mídia, o advogado vê como oportuno o aceite do caso e oferece ao jovem seus serviços à “pro-bono” (quando o advogado não recebe pelos honorário). Uma vez que o advogado conversa com o garoto pela primeira vez acaba por acreditar cegamente em sua versão, não deixando em sí margens para dúvidas. Durante o desenrolar do caso uma psicóloga inicia uma análise psicológica do jovem e constata a existência de um transtorno mental psicopatológico denominado “transtorno dissociativo”, em que por ora o indivíduo perde o controle de seus atos agindo involuntariamente e sem controle de suas emoções, ocorre de modo súbito, e também não é lembrado pelo indivíduo. Uma vez que se percebe essa característica inerente ao jovem a psicologa tenta afirmar como testemunha no caso que o indivíduo não tem consciência de seus atos no momento em que se assume uma segunda personalidade, não podendo, assim, ser condenado pois ele não é um criminoso (planeja e executa metodicamente a ação), e sim um portador de transtorno mental, sendo sugerida uma internação e não a pena de morte como fora elencada pela promotoria. Enfim, o jovem recebe a absolvição da pena capital e lhe é dado encaminhamento para um tratamento numa clinica da região. O caso fora ganho pelo advogado, contudo, quando o advogado vai se despedir do jovem, o mesmo agradece, e na saída o jovem menciona um fato [de enforcamento] realizado por sua suposta segunda personalidade em uma dos últimas audiências jurídicas em que ele perde o controle e ataca a promotora do caso. É característico deste transtorno mental o esquecimento total e completo do que ocorre durante a ascensão da segunda personalidade do indivíduo, com isso ao sair da cela de prisão o advogado percebe que o jovem não tinha em nenhum momento patologia mental alguma, todos foram enganados.
Pode-se dizer que transtorno mental compõe comportamentos fora dos padrões de normalidade e não aceitos socialmente, outrossim que se podem esperar de um indivíduo. As características evidenciadas no transtorno mental podem acentuar ou regredir com o passar do tempo. A personalidade deve ser vista como “a organização dinâmica, dentro do indivíduo, daqueles sistemas psicofísicos que permitem seus ajustamentos únicos ao ambiente”, como afirma Allport. Vale dizer que o ambiente vai interferir na personalidade, em um ambiente de pressão, sua personalidade estará sujeita a comportamentos inerentes ao momento, e assim com qualquer outro, a personalidade assume as possibilidades de comportamento de acordo com o que pode ser admitido em determinado local. São exemplos de personalidades citadas no livro de Fiorelli e Mangini (Psicologia Jurídica), os tipos: imaginativo, esquizóide, evitativo, extrovertido e introvertido, dependente, e muitos outros. A personalidade é alterada à medida que ela precisa neutralizar determinada situação estressante. O estresse prolongado acarreta em alguns acontecimentos que envolvem traumas interferem diretamente na característica da personalidade.
Com isso, pode-se evidenciar diferentes transtornos de personalidade, como o TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL, ou mesmo psicopatia. Neste último, podemos percebê-lo no filme. Você pode me perguntar: Mas não era transtorno dissociativo? Pois bem, o jovem aparentava ter transtornos dissociativos, entretanto ele fingia. Na verdade, ele possui psicopatia ou sociopatia. Onde são características a persuasão, a superestima, transtornos de conduta na infância e juventude, ausência de metas realistas e tantas outras nesta mesma linha. O psicopata possui um poder para persuadir incomum, ele convence, engana, como
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