Fundamentos Histórico
Artigos Científicos: Fundamentos Histórico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mentira • 19/5/2014 • 4.875 Palavras (20 Páginas) • 260 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
SERVIÇO SOCIAL
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL I
DEISE LUCIO
FERNANDA LUISA P DE CAMPOS - RA 2100422541
GRASSIELI TAIS S MACHADO - RA 7377578750
JANAINA BARBOSA COELHO DA SILVA - RA 7704663191
MARCIA DA CONCEIÇAO MARQUES - RA 770463340
MARLI DE OLIVEIRA - RA 7934689610
RENATA TEIXEIRA SILVA DE SÁ - RA 7371576124
SOCIAL BRASIL
GIANE DE CASSIA AMSTALDEN
INDAIATUBA, SP.
2013
O SERVIÇO SOCIAL EM TEMPOS MODERNOS
A partir da década de 30, ocorre uma demanda continua de mão-de-obra para atender ao ritmo da população fabril do Brasil, e assim, leva a concentração da população operária vinda a principio do êxodo rural, que passando a viver nos arredores da fábrica incrementa o surgimento das cidades industriais.
Com o surgimento das cidades industriais, formam-se as vilas operarias, que de certa forma eram improvisados e precários, pois eram construídas em lugares insalubres e inadequados a qualidade de vida humana.
Para fortalecer o sistema capitalista, a população de operários era explorada pela classe dominante, a burguesia, que tinha um único objetivo, o de lucrar sobre o trabalho desumano aos quais os operários eram submetidos.
A revolução industrial era algo novo para todos, e nessa época os patrões não se importavam com as condições na qual os operários eram obrigados a trabalhar. Não havia treinamento para que eles adquirissem um melhor desempenho, as jornadas de trabalho eram enormes, não havendo horários para almoçar ou acabar o expediente, tão pouco para um descanso.
Não havia nenhum tipo de incentivo, nem eram oferecidos investimentos, nem uma boa alimentação, não se cuidava da saúde do operário, nem se tinha um plano de carreira para ele. Os recintos eram imundos, os maquinários eram perigosos, a segurança no trabalho não existia. Os salários eram baixos. Eram proporcionadas somente condições mínimas para sua sobrevivência.
Com tanta exploração os operários acabavam tendo problemas de saúde, como as lesões por esforço repetitivo, epidemias de doenças, e até a amputação de membros, também problemas mentais como o stress e a depressão, que eram frequentes, pois não havia nenhuma forma de laser. A indústria precisava de operários máquinas, ou seja, homens sem vontades própria, seguindo os ditames da linha de montagem. Quem não se adaptava perdia o emprego, e isso foi uma realidade na vida de muitos operários que descartados, eram considerados vagabundos. Como não havia investimentos para que os trabalhadores tivessem um melhor desempenho e com o desemprego, a marginalização aumentava cada vez mais, na maioria das vezes essas pessoas roubavam para poder se alimentar, e sem opção de moradia dormiam nas ruas. Ocorreu a acumulação da pobreza e a generalização da miséria, onde a expectativa de vida ficou baixa.
Os trabalhadores percebendo que não estava correta a desigualdade que estavam vivendo, se unem, e aos poucos vão definindo e assumindo estratégias que configuram sua forma de protestos. Através de manifestações e greves, buscavam melhores condições de trabalho, e assim se declarou guerra entre essas duas classes, que se transformaram em sociedades inimigas, a burguesia e o proletariado.
Os trabalhadores se uniram para superar o isolamento imposto pela classe dominante, e aos poucos foram criando sua identidade de classe, e assim descobriram-se como classe diante do capital, que se sentia fortemente ameaçada pelo crescimento politico da classe trabalhadora que foi desmascarada.
Os poderes dominantes (burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, Igreja Católica e o Estado) por sua vez, formada com o objetivo de controlar as insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país, necessitavam de um profissional que cuidasse da área social assistindo a classe proletária. Esse profissional a principio deveria aparentar ser como um aliado dos trabalhadores com o intuito de ajudar e servir de modo paternalista, mas era uma falsa ilusão. Dessa forma, a classe dominante conseguia exercer seu controle sobre os proletários.
O Estado decide aceitar parte das reivindicações populares, que demandavam melhores condições de alimentação, moradia, saúde e ampliando as bases do reconhecimento da cidadania social, através de uma legislação social e salarial. Essa atitude visava principalmente o interesse do Estado e das classes dominantes de deixar a classe operaria sob as ordens do Estado, facilitando sua manipulação e dominação. Uma intervenção através da política social. O Estado necessitava de profissionais que planejassem, formulassem e executassem as políticas sociais, para assim intervir na questão social. Está posto o espaço sócio ocupacional do assistente social, que se responsabilizam pela execução das políticas sociais. Estes agentes se laicizam por meio do desempenho de funções, atribuições e execução provenientes da ocupação deste espaço. Através da política social, o Estado burguês passa a intervir nas expressões da questão social, objetivando a preservação e o controle da força de trabalho, para assim assegurar o desenvolvimento do capitalismo monopolista.
No Brasil, o Serviço Social surge no início da década de 1930, como fruto da iniciativa de vários setores da burguesia, respaldado pela Igreja Católica, seguindo o modelo do Serviço Social europeu, que tinha como método central o atendimento de casos individuais. Os assistentes sociais brasileiros foram movidos pelo agir imediato, pela ação espontânea, alienada e alienante, executando práticas que reproduziam os interesses da classe dominante. Os marcos do surgimento do Serviço Social no país, também coincide com o início do processo de industrialização e do crescimento das populações das áreas urbanas. Nesse contexto, constatou-se que era preciso controlar a massa operária e essa foi à primeira missão do Serviço Social no Brasil.
''A própria Igreja Católica havia sido criada na esteira do movimento constitucionalista de 1932, o Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo-CEAS que
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