Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, Técnica e Clínica
Por: Tiagoqer • 12/3/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 579 Palavras (3 Páginas) • 329 Visualizações
Texto
ZIMERMAN, D. E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, Técnica e Clínica – uma abordagem didática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. Cap. 41.
Síntese
Zimerman em seu texto: “Condições necessárias para um Analista”, nos indica tópicos (de ação) de extrema importância para a prática do analista, a frente das demandas que nos são expostas no ambiente clínico.
Principais ideias
Zimerman, deixa claro já no primeiro parágrafo a retirada de uma visão centrada apenas no paciente (individuo), pois como explicita, tal atuação empobrece e enfraquece qualquer análise feita.
“(...) é impossível a compreensão dos fenômenos psíquicos a partir de um enfoque centrado unicamente no indivíduo. Pelo contrário, impõe-se cada vez mais, a convicção de que, desde os primeiros estágios até o pleno funcionamento em todas as áreas de sua vida, o psiquismo de cada sujeito interage permanentemente com outras pessoas” (ZIMERMAN, 1999, p. 451)
Após a introdução do capítulo Zimerman, assinala 10 tópicos que elenca como as condições necessárias para um analista, que dá nome ao capítulo: formação ao analista, par analítico, pessoa real do analista, visualizar as diferentes partes do paciente, respeito, empatia, capacidade de ser continente, paciência, capacidade negativa, intuição e ser verdadeiro.
Todos os tópicos devem ser olhados com igual importância, para o fortalecimento do analista a frente das demandas que recebera e assim poder fomentar melhorias em sua prática profissional.
No tópico da "Pessoa real do analista", Zimerman, enfatiza, o lado humano do analista, do desprendimento do analista em querer/desejar ser o detentor de todo o conhecimento, e, em simultâneo adverte o analista que queria criar uma imagem de perfeição (daquele que não erra).
“Por isso é bom que o analista dê a si mesmo a oportunidade de aprender algo e não permitir que o paciente, ou quem quer que seja, insista que ele é uma espécie de deus que conhece todas as respostas (...) O que toda pessoa deve querer é ter espaço para viver como um ser humano que comete erros”. (ZIMERMAN, 1999, p. 452)
No tópico sobre Respeito, Zimerman nos apresenta a signos mais amplos sobre o tema de respeito e a prática do analista, assim como interliga com a capacidade de ser continente.
“Respeito vem de “re” (de novo) e “spectore” (olhar), ou seja, é a capacidade de o psicanalista (e, a partir daí, ser desenvolvida no paciente) voltar a enxergar o ser humano que está a sua frente, com outros olhos, com outras perspectivas, sem a miopia repetitiva dos rótulos e papeis que desde criancinha foram incutidos no paciente. O desenvolvimento dessa capacidade de “res-peitar” só será possível se o analista (tal como a mãe, no passado) possuir as capacidades de empatia e a de rêverie, ou seja, de continência” (ZIMERMAN, 1999, p. 453)
No último tópico Ser Verdadeiro, Zimerman, descreve a partir de Bion, qual norteador o analista deve ter frente a verdade:
“(...) amor sem verdade não é mais do que paixão; verdade sem amor não passa de crueldade. Isso
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