Jovens em conflito com a Lei e Medidas Socio Educativas: Atuação do Psicólogo
Por: PedroCarvalho1 • 6/4/2017 • Artigo • 874 Palavras (4 Páginas) • 409 Visualizações
ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI E MEDIDAS SÓCIO EDUCATIVAS
Arhur Vardiero Rodrigues
Brenda Soares de Almeida
Felipe Gomes Venâncio
Gabriel Peçanha
Gelici Freitas Moreira
Pedro Henrique Carvalho Bueno
Rayanne Gonçalves dos Santos
Resumo
O presente artigo tem por objetivo discorrer sobre o importante papel do profissional de psicologia na relação entre os adolescentes infratores da lei e a própria jurisdição do país, além dos processos realizados pelo psicólogo na análise dos problemas enfrentados pelo indivíduo, e na reeducação do mesmo, de forma a fazê-lo entender a ilegalidade dos atos cometidos, promovendo o pensamento crítico no que se refere ao entendimento coletivo do que se é considerado certo ou errado perante a sociedade.
Palavras chave: Adolescentes. Leis. Medidas Socioeducativas. Psicólogo.
1. Introdução
A forma como se deve punir e tratar os adolescentes infratores gera grande discussão popular, e divide opiniões até mesmo de juristas, doutrinadores e psicólogos, uma vez em que existem diversas formas de pensamentos de como se deve proceder a intervenção e recuperação dos menores.
2. Desenvolvimento
A área da psicologia tem sido de extrema relevância no que diz respeito a reeducação, recuperação e reinserção do adolescente infrator no âmbito social. A princípio verifica-se a necessidade de uma avaliação psicológica referente a elementos motivadores de tais atos, estrutura familiar e outros que possam se tornar necessário. Um trabalho difícil de ser realizado quando se encontra um adolescente pouco disposto uma família desestruturada e desinteressada.
O que se mostra é que cada adolescente é um ser particular e deve ser avaliado como tal, para que se busque uma medida sócio educativa eficaz, eficiente e efetiva dando início ao processo de tratamento de forma a atender as necessidades do adolescente e os anseios da sociedade ora vítima, ora autora por omissão.
As MSE (Medidas Sócio Educativas) se caracterizam por um conjunto de ações que visam colaborar para a reconstrução da identidade social e na elaboração de um novo projeto de vida para esse adolescente garantido no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), responsável por promover e garantir todos os direitos das crianças e adolescentes.
O trabalho do psicólogo é dividido em três partes:
- demanda (justiça);
- queixa (família);
- sintomas (o que o menor sente e pensa).
O psicólogo deverá levar em conta toda a situação e o contexto e não somente o ato infracional em si. O atendimento deve ser de qualidade baseado na transformação crítica e transformadora devendo, portanto:
- Articular os diferentes campos de saber e suas estratégias de formação, realizando inclusão do ensino relativo às políticas públicas;
- Ousadia e criatividade para executar as medidas socioeducativas, percebendo que estas exigem também as relações com cada contexto e a participação no desenvolvimento de elos que dão vida ao processo de execução;
- Investir permanentemente na construção de alternativas aos impasses trazidos pelos adolescentes, contribuindo na participação ativa deste junto à equipe na elaboração do PIA (Plano Individual de Atendimento), na busca de singularizar os processos, e estabelecer acordos e alternativas conjunto à família ou responsável;
- Participação política, compromisso e responsabilidade social e profissional para com os adolescentes na rede de serviços, buscando desenvolver estratégias de envolvimento que viabilize o cumprimento das medidas socioeducativas em ambientes de debate e a conquista dos direitos de cidadão. (CFP, 2012)
As tarefas desenvolvidas pelo profissional da área da psicologia com as MSE, devem criar intervenções que garantam os direitos dos adolescentes a fim de fortalecer os laços familiares e comunitários, forçando a integração das áreas da educação, trabalho, saúde, lazer. Contudo, a atuação do mesmo consiste em integrar um trabalho multiprofissional que não se restringe a relatórios informativos sobre o jovem, mas que deva contribuir e favorecer as questões educacionais dessas medidas. Um trabalho que para ter sucesso é necessário a colaboração e comprometimento de outros órgãos responsáveis.
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