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Luto e Melancolia e os Ritos de Passagem

Por:   •  7/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.311 Palavras (6 Páginas)  •  138 Visualizações

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Campus Sosígenes costa

Docentes: Ângela Maria Garcia e Rafael Andrés Patino Ozorco

Discente: Bianca de Castro Batista

Componente curricular: Bases psíquicas e culturais da morte, perda e luto

Luto e melancolia e os ritos de passagem

Realize a leitura dos textos Luto e Melancolia de Freud e o Cap. VIII, sobre Os Funerais, do livro Os ritos de passagem de Van Gennep.

1. Escreva um texto de no máximo 4 páginas com uma síntese de cada um dos capítulos propostos para a leitura.

Em seu texto luto e melancolia Sigmund Freud discorre sobre ambos conceitos demostrando as diferenças e aproximações entre ambos e na tentativa de esclarecer tais conceitos ele acaba fazendo uma comparação entre eles. De modo geral luto consiste no sentimento de perda de um ente amado, ou de sua pátria, liberdade ou um ideal. No qual é formado por etapas em que o indivíduo passa por um processo de superação da perda. Existe um determinado período de duração do luto, que pode variar de pessoa para pessoa.

Ao contrário da melancolia o luto não é um estado patológico, pois depois de um tempo ocorre a superação deste. Já a melancolia consiste num estado de abatimento doloroso, no qual a pessoa perde o interesse pelo mudo que a cerca, perda da vontade de amar, ou de realizar qualquer atividade, a autoestima desaparece e em seu lugar surge a autocritica ofensas a si próprio e punição. De certo modo luto profundo e a melancolia se assemelham, exceto pelo fato de que no luto não há a perda de autoestima. Entretanto ausência do objeto amado ocasiona uma perda do desejo, ou libido que segundo Freud é aquilo que nos move em direção a vida. E essa falta de libido pode acontecer de forma tão forte em que o indivíduo entra num estado de psicose alucinatória, entretanto, essa manifestação não ocorre no luto normal.

A melancolia também pode surgir a partir da perda do objeto amado, uma perda que não necessariamente signifique a morte de alguém, mas sim a perda ocasionada por separação ou distancia de tal objeto de amor. No estado de melancolia não se sabe exatamente o que se perdeu. Em relação a perda de autoestima que só acontece no melancólico, pois no luto tudo parece incompleto e sem valor, já na melancolia a perda de valor acontece no Eu, o individuo se sente incapaz, indigno e desprezível.

A perda do objeto amado acaba se transformando na perda do Eu, pois a libido que existia por tal objeto fica contida nesse lugar. E muitas vezes a melancolia surge a partir de uma identificação narcisista e não de um objeto amoroso, assim como não só a perda por morte pode levar a um estado melancólico, mas também qualquer tipo de perda ou desgosto.

A melancolia também tem outra característica parecida com o luto que é o fato de ela desaparecer em um determinado período, sem deixar grandes mudanças, isso ocorre pelo fato de o individuo recuperar a libido que estava presa ao objeto perdido.

A melancolia pode se transformar em mania, um estado com sintomas diferentes aos dela. Entretanto não é toda melancolia que se torna mania. O “Eu provavelmente sucumbe na melancolia, enquanto na mania ele o sobrepuja ou põe de lado.” P. 138.

A mania se caracteriza pelo ânimo elevado, por uma propensão a todo tipo de ação, em contraste com a depressão e a inibição que acontece na melancolia. Como se na mania o indivíduo procurasse superar a melancolia, na verdade superar a perda o objeto ou o próprio, porém neste estado o Eu ainda permanece oculto. Ainda que a pessoa pareça alegre e disposta a ação, na verdade as suas atitudes são tentativas desesperadas de superação. A libido que na melancolia é contida no Eu, na mania é liberada para a busca de outros objetos.

A melancolia, se diferencia do luto normal, pois nela a relação com o objeto não é simples, por causa do conflito da ambivalência. nasce das vivências ocasionadas pela ameaça da perda do objeto. a melancolia, pode ultrapassar bastante o luto, pois este é desencadeado somente pela perda real, a morte do objeto. Já com a melancolia existem vários conflitos em torno do objeto, o ódio tenta retirar a libido do objeto amado e o amor tenta mante – lá.

Cap. VIII Os Funerais

O autor começa o texto afirmando que ao contrario do que se pensa não são os ritos de separação que tem o lugar de maior importância nas cerimonias funerárias, segundo ele são os ritos que agregam o morto ao mundo dos mortos que possuem uma maior elaboração e a eles se atribui maior importância. Os ritos funerários variam em relação ao povo, idade, sexo, condições sociais e etc. entretanto existem algumas características comuns em todos eles, tais características são adquiridas dada a as divergências de concepção que o povo possui sobre o mundo e há uma mistura entre si que acaba influenciando os ritos.

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