Metodologia – Desenvolvimento humano III
Por: deboradzol • 18/8/2018 • Trabalho acadêmico • 2.796 Palavras (12 Páginas) • 332 Visualizações
Metodologia – Desenvolvimento humano III
A velhice é uma etapa vital e peculiar a mais na experiência humana, com características tanto positivas quanto limitadoras.
No Brasil, a população idosa cresceu muito nos últimos anos, e no futuro deve crescer ainda mais. A qualidade de vida aumenta na terceira idade devido às alterações físicas, psicológicas e emocionais que surgem com a idade. E com isso o idoso se vê numa necessidade de ter objetivos alcançados, de se preocupar consigo mesmo e se encaixar em padrões. O envelhecimento humano é um processo gradual, universal e irreversível, que acelera na maturidade e que provoca uma perda funcional e progressiva no organismo.
A terceira idade é marcada pela mudança biológica do corpo, que apresenta muita vulnerabilidade às agressões externas e internas que se tornam bem visíveis nessa idade. O corpo sofre diversas transformações com implicações na funcionalidade, na mobilidade, na autonomia e na saúde. A maior parte das teorias sobre o envelhecimento biológico pertence a duas categorias: teorias de programação e teorias de taxas variáveis. No âmbito social dos idosos, a interação com outras pessoas esta relacionada à boa saúde e satisfação, já o isolamento é um grande fator de risco à depressão e mortalidade. As alterações emocionais nessa idade também são um grande fator de risco, eles se sentem mais abandonados, com baixa auto-estima e grande ansiedade e essas características podem se desenvolver em doenças graves como a depressão. Outras doenças também marcam essa fase do desenvolvimento como a demência, cataratas e os problemas de coração, ossos e respiração.
Desenvolvimento
Segundo o ministério da saúde, no Brasil, os idosos acima dos 60 anos representam 8,6% da população total do país. De acordo com o IBGE da década de 1990 para os anos 2000, a população da terceira idade no Brasil cresceu 17%. O país tem hoje cerca de 20 milhões de idosos. Em 2025, esse numero deve passar para 32 milhões de pessoas.
Como consequência do processo de envelhecimento e das alterações físicas, psicológicas e emocionais por ele provocadas, a população idosa apresenta uma sensibilidade elevada para alterações em sua qualidade de vida. A qualidade de vida, além de englobar aspectos básicos da saúde geral do indivíduo, também é um reflexo da compreensão e posição do indivíduo na vida, dentro do seu contexto cultural, e envolve seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações consigo mesmo.
Para Beauvoir (1990), a velhice é o que acontece aos seres humanos que ficam velhos; impossível encerrar essa pluralidade de experiências num conceito, ou mesmo numa noção. Pelo menos pode- se confrontá–los, tentando destacar deles as constantes e dar razões a suas diferenças.
Na concepção de Martins (2002), os fenômenos do envelhecimento e da velhice e a determinação de quem seja idoso, muitas vezes, são considerados com referencia as restritas modificações que ocorrem no corpo, na dimensão física. Mas é desejável que se perceba que, ao longo dos anos, são processadas mudanças também na forma de pensar, de sentir e de agir dos seres humanos que passam por essa etapa do processo de viver.
Aspectos biológicos
O envelhecimento biológico é implacável, ativo e irreversível, causando mais vulnerabilidade do organismo às agressões externas e internas e as mudanças físicas nessa idade podem ser bastante visíveis, embora afetem mais algumas pessoas que outras. A pele começa a ficar menos elástica e mais pálida, enrrugada, os cabelos embranquecem, a força muscular diminui, a capacidade do aprendizado diminui, a massa muscular diminui e aumenta o tempo de reação em quedas e machucados. Os fatores que provocam tais diferenças podem ser genéticos ou adquiridos.
De acordo com Souza (1998) o envelhecimento se caracteriza por algumas perdas das capacidades fisiológicas dos órgãos, dos sistemas e de adaptação a certas situações de estresse.
Existem evidências de que o processo de envelhecimento é de natureza multifatorial e dependente da programação genética e das alterações que ocorrem em nível celular- molecular. Pode haver diminuição da capacidade funcional das áreas afetadas e sobrecarga dos mecanismos de controle homeostático, que passam a servir como substrato fisiológico para influência da idade na apresentação da doença, da resposta ao tratamento proposto e das complicações que se seguem.
O cérebro também sofre alterações com a idade, ele diminui aos poucos de volume e de peso, especialmente no córtex pré-frontal, que controla as funções executivas. Esse encolhimento gradual antes era atribuído a perda de neurônios, no entanto, a perda neural não é substancial e não afeta a cognição. Entretanto, quando aumenta o ritmo dessas mudanças no cérebro, declínios cognitivos são cada vez mais prováveis. Essa perda da função executiva no córtex pré-frontal pode diminuir a capacidade de inibir pensamentos inadequados ou indesejáveis; assim adultos mais velhos poderão falar demais sobre questões aparentemente sem relação com o tema da conversa.
As teorias de programação genética dizem que nosso corpo envelhece de acordo com o relógio evolutivo normal dos genes. Uma dessas teorias é a da Senescência Programada que segundo o biólogo August Weismann (1891), sustenta o desligamento de genes específicos antes que as perdas relativas a idade tornem- se evidentes.
Outra teoria é a Teoria Endócrina, que defende que os relógios biológicos atuam por meio de hormônios para controlar o passo do envelhecimento.
A Teoria Imunológica diz que um declínio programado em funções do sistema imunológico leva a uma crescente vulnerabilidade com predisposição para doenças infecciosas e, portanto, para o envelhecimento e morte.
As Teorias de Taxa Variáveis consideram resultados de processos aleatórios que variam de pessoa para pessoa e envolvem danos resultantes de erros aleatórios, agressões ambientais ou nos sistemas biológicos. Uma dessas teorias é a do desgaste que afirma que o corpo envelhece como resultado do acumulo de danos ao sistema no nível molecular.
A teoria dos radicais livres é uma das teorias de taxas variáveis e ela defende que os danos acumulados de radicais de oxigênio causam paradas no funcionamento de células e órgãos.
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