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O ABUSO INFANTIL

Por:   •  17/6/2016  •  Bibliografia  •  4.867 Palavras (20 Páginas)  •  310 Visualizações

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Ana Paula Stante

Luana Baptista

Mariane Germano

Renata Lazarin

Violência Sexual

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Londrina

2016

Ana Paula Stante

Luana Baptista

Mariane Germano

Renata Lazarin

Violência Sexual

Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial da disciplina Metodologia da Pesquisa em Psicologia do curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras de Londrina, sob orientação da Profª. Marli Machado.

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Londrina

2016

RESUMO

Neste artigo propomos discutir os problemas causados pelo abuso sexual infantil, onde muitos dos casos ocorrem dentro de casa, por parentes próximos, onde é possível identificarmos os transtonos emocionais que a criança também sofre além da agressão física, sendo então necessário recorrer a psicoterapia, pois além do desconforto físico, essas crianças são abaladas psicologicamente, podendo causar o sentimento de culpa, vergonha, depressão e dificuldade em relacionar-se com outras pessoas no futuro.

Palavras-chave: Abuso, Abuso-Sexual, Violência-Domestica.

Introdução

O abuso sexual no âmbito domestíco é praticado com maior facilidade e desenvolvimento em virtude o agressor ou abusador possui o domínio total do ambiente físico e simbólico da família, sendo assim fica mais possível as agressões devido o mesmo ter um desenvolvimento psicossexual com maior desenvolvimento e envolver a criança ou oadolescente em suas fanstasias e estimulá-los para que consiga a sua satisfação sexual.

Facilitando o acesso aos menores o agressor dentro de casa ou no ambiente familiar tem a seu favor que as crianças não têm o conhecimento sexual e muitos por estar na fase de complexo de Édipo conforme a teoria Psicossexual, confundem os carinhos com o amor ao abusador. Muitas vítimas também ao perceber o abuso acabam não relatando ou denunicando por medo, vergonha, culpa, falta de conhecimento e não saber expressar o que está ocorrendo, já que em sua cabeça vivenciam uma fantasia amorosa onde não conseguem distinguir entre carinho ou afeto com abuso ou agresão, sendo apenas possível identificar através dos comportamentos, pois a criança fica ansiosa, apresentam comportamentos agressivos, dificuldades no desenvolvimento pessoal e relações interpessoais.

Além dos traumas físicos a criança que sofreu o abuso sexual poderá desenvolver através de suas memórias traumáticas um possível desenvlvimento de transtornos de personalidade, tal como o Bordeline, onde ocorre o surgimento na adolêscencia e onde a pessoa com esse transtorno poderá desenvolver momentos psicóticos, manisfestando comportamentos descontrolados. Em alguns casos mais graves, pode ocorrer automutilação e até suicídio, devido à enorme sensação de mal-estar interior.

O objetivo desse artigo foi ressaltar a necessidade de tratamento psicológico para as crianças e adolescentes que sofrem abuso sexual, a fim de minimizar o aumento de doenças psicopatologicas e mostrar que dentro do ambiente familar cabe a famíla acompanar os comportamentos da criança quando há a suspeita de abuso e prestar a proteção necessária para que não ocorra continuidade do abuso.

Método

O trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas com base de vários artigos científicos e autores relacionado ao tema de Violência Sexual, buscando assim identificar qual o risco de uma criança ser abusada sexualmente dentro ou fora do convivio familiar.

Abuso Sexual: O perigo está fora ou dentro de casa?

Segundo a OMS (Organização mundial de saúde) “qualquer uso, real ou ameaça, intencional da força física ou poder contra si, outra pessoa, grupo ou comunidade que poça resultar em algum tipo de lesão é um tipo de violência”.

Assim como qualquer outra violência, a sexual é um problema público que envolve vários setores (psicológico, medico, jurídico.) em sua resolução. É um trabalho ralizado em rede, ssim que um hospital recebe uma vítima, logo comunica-se a delegacia e a pessoa é encaminhada ao IML (Instituto médico legal) onde comprova-se o abuso e a vítima é encaminhada a outros órgãos para seu melhor tratamento psicológico e recepção de direitos.

A violência sexual é caracterizada principalmente pela dominação, onde os laços familiares podem agravar esse processo dentro de um lar. Na violência sexual doméstica, as vitimizações ocorrem no território físico e simbólico da estrutura familiar onde o homem praticamente possui o domínio total. Ela é definida por Deslandes, como "todo ato ou jogo sexual, relação heterossexual ou homossexual cujo agressor esteja em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a criança ou o adolescente com o intuito de estimulá-las sexualmente ou utilizá-las para obter satisfação sexual". No espaço doméstico, por um processo de domínio e poder estabelecido pelas regras sociais, agressores com laços consangüíneos ou de parentescos perpetram o tipo de violência sexual chamada de intrafamiliar.

Segundo o código penal do CNJ (Conselho Nacional de Justiça),a violência sexual pode ser caracterizada como física ou psicológica, compreende o estupro, o atentado ao pudor e o ato obsceno. As imposições de poder tem gerado violência, além de violentar os direitos humanos, violam o “eu’’ da vítima.

Hoje em dia as crianças também têm direitos, constituídos e validados como seus, na sociedade, além de possuírem um importante papel tanto na comunidade quanto dentro de suas famílias, muito diferente de alguns séculos atrás. Ariés dizia que o sentimento da infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças: corresponde a conciencia da particularidade que destingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem. Tal conciencia não existia. (Ariés,1978,p.99). Assim voltamos a cultura de dominação, que despreza a criança na sociedade e ainda vigora atualmente, evidentemente de maneira subjetiva a criança é deixada de lado em alguns casos. Os cuidados com a criança são confundidos com poder absoluto sobre ela, que muitas vezes é camuflado como “forma de educação” e afeto. É nesse momento que a criança se perde em sua habilidade de defesa contra se suposto cuidador/agressor. Estudos mostram que crianças abusadas sexualmente sofrem de transtornos de ansiedade, problemas de pressão, comportamentos agressivos, problemas de desenvolvimento e funcionamento sexual e dificuldade nas relações interpessoais.

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