O Cordel Psicologia Jurídica
Por: luizmarcos9 • 16/7/2019 • Trabalho acadêmico • 1.608 Palavras (7 Páginas) • 196 Visualizações
Universidade Federal do Acre – Campus Floresta
Cruzeiro do Sul-Acre
Curso Bacharelado em Direito 3º Período
Disciplina: Psicologia Jurídica
Resenha do Filme Nise: O coração da loucura com abordagens referenciais e comparativas ao capítulo II da obra de Jorge Trindade, Manual de Psicologia Jurídica para operadores do direito
Acadêmico: LUIZ MARCOS RIBEIRO DA SILVA
Cruzeiro do Sul – Acre
2019
Resenha baseada no meu entendimento em relação ao filme Nise: O coração da loucura e, ao mesmo tempo, colocando no tema, aspectos importantes abordados na obra de Jorge Trindade, Manual de psicologia Jurídica para operadores do direito. Trata da Psico¬logia para o Direito, sendo mais estudada pelos profissionais da psicologia e, portanto, quase desconhecida dos profissionais do direito, podendo servir enormemente para auxiliar suas práticas como operadores jurídicos (juízes, promotores de justiça, advogados, estudantes de direito), embora também ajude os estudantes de psicologia, na medida em que possibilita revisar e sistematizar informações e conhecimentos não lembrado ou desorganizado pelos operadores do direito.
O filme é totalmente inspirado na vida real da Médica Psiquiatra Nise da Silveira e traz uma história baseada na vida da renomada médica psiquiatra brasileira, nascida em Alagoas no ano de 1905, Nise da Silveira, onde mostra como ela passou a ajustar a vida de alguns clientes como ela gostava de chama-los em um Hospital Psiquiátrico em Engenho de Dentro no Rio de Janeiro em 1944.
Nise foi reintegrada ao Serviço Público após oito anos de exílio, entre os anos de 1936 e 1944. Em 2015, estreou o filme Nise, o coração da loucura, que narra a experiência de Nise da Silveira (interpretada pela atriz Gloria Pires) no Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro (primeiro hospício do Brasil, inaugurado com o nome de Pedro II, em 1852), na cidade do Rio de Janeiro. Após 18 meses de detenção pelo porte de livros marxistas, Nise retoma o exercício de sua função como psiquiatra na instituição. Nesse contexto, a médica se depara com os procedimentos considerados "modernos" (como a eletroconvulsoterapia [1], o choque insulínico e a lobotomia), que atestavam a cientificidade da psiquiatria como um saber médico. Impedida de clinicar, depois da recusa em prescrever tais procedimentos aos pacientes do hospital, ela foi realocada para o setor de terapia ocupacional. Nesse espaço, Nise constrói o ateliê de pintura e desenvolve a sua assistência aos clientes (forma como eram denominados os pacientes) por meio de recursos artísticos, abolindo intervenções violentas, incentivando as relações de afeto e o convívio com animais domésticos. As cenas do longa-metragem foram filmadas, durante dois meses, no Instituto Nise da Silveira, antigo Hospital Psiquiátrico Pedro II. Com a credibilidade baixa, mesmo assim retomou sua luta contra as técnicas psiquiátricas que considerava agressivas aos pacientes esquizofrênicos. Nise não se familiarizava e tão pouco aceitava realizar as técnicas mostradas e utilizadas por seus colegas de trabalho, ficando assim. Obrigada a assumir o STO-Setor de Terapia Ocupacional, onde a mesma concordou em atuar, não se preocupando com sua carreira.
O Setor de Terapia Ocupacional era gerenciado por enfermeiros, claramente tidos como pessoas de corações ruins muitas vezes demonstrando até mesmo que não tinham corações, pois colocava os pacientes em brigas clandestina, gostava de vê-los matando uns aos outros.
Dentre muitos obstáculos enfrentados, um dos primeiros seria que Nise teria que reorganizar o setor, pois estava com muito entulho e lixo, contando com a ajuda de uma enfermeira. Com o setor arrumado, Nise começou a receber os clientes e pediu que o enfermeiro Lima, tido como perverso, não usasse de agressão com os mesmos e deixasse-os bem à vontade e ficou só observando-os cada um com o seu jeito.
Foi visitar uma enfermaria que havia sido agredida por um de seus pacientes, deixando-a bastante machucada através desta ficou sabendo que alí existia uma solitária onde o tal paciente teria sido levado, foi visita-lo, lá chegando encontrou o Lucio um dos mais agressivos, tirando-o de lá e levando-o ao pátio com os outros, lá ela fez uma bola de meia para jogar com eles pedindo a ajuda de um funcionário que ali estava, após seta façanha, os clientes ficaram eufórico e felizes.
Nesse ritmo Nise começou a levar os clientes para o setor de Terapia Ocupacional, com a ajuda de Almir, Nise começou a fazer um ateliê de pintura e esculturas, provocando assim seus companheiros de trabalho, mostrando que seus clientes esquizofrênicos graves que até então não se comunicavam verbalmente começaram a produzir obras de artes que davam voz a seus conflitos internos e expressavam através da arte os sentimentos que viviam.
Nise percebia que o afeto seria a melhor maneira para a melhora e cura de qualquer pessoa, e usa isso com seus clientes, fazendo festas e levando-os para passear e mostrando que existe mundo no lado de fora do hospital, fazendo com que os clientes ficassem muito feliz e deixando também que os animais fizessem parte do mundo deles, trazendo paz e alegria. Não tinha dúvida que seu trabalho estava dando resultado e aquelas obras de arte tinham que serem mostradas ao mundo, então escreveu uma carta para Carl Gustav Jung mostrando a arte de seus clientes e o trabalho que estava fazendo com os mesmos. Todas as obras produzidas deram origem ao Museu de Imagens do Inconsciente.
O filme tenta deixar clara, uma realidade que não difere muito dos tempos atuais, onde o poder que se diz ciência
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