O ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO
Por: Eduardo Bordinassi • 30/9/2018 • Trabalho acadêmico • 943 Palavras (4 Páginas) • 331 Visualizações
O ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO
Estresse é o nome que se dá para descrever o grau de detrimento que um material sofre ao ser submetido à algum esforço. Essa mesma ideia pode ser utilizada para entender como o estresse afeta os trabalhadores, independente do ramo em que atuam (Lipp, 2001). Uma situação de estresse no trabalho se caracteriza quando algum funcionário é submetido à uma situação que provoque reações negativas nele.
A relação entre estresse e personalidade é muito complexa, pois diferentes pessoas se estressam com diferentes estímulos. Na sociedade atual, a maior parte das situações estressoras estão relacionadas ao psicológico e emocional dos indivíduos, e o corpo reage como se houvesse uma ameaça iminente. Esse tipo de reação não é útil no dia a dia, e pode até causar doenças (Dias e Di Lascio, 2003).
Frente a situações estressantes no trabalho, o ideal é buscar formas de aliviar a tensão, uma vez que o acúmulo dela pode causar uma série de sintomas psicossomáticos, e, caso tal situação perdure, pode surgir doenças mais graves como depressão, TAG, entre outras (Lipp 2001).
Reis, Fernandes e Gomes (2010) citam Villalobos (2004), que afirma que os principais fatores psicossociais relacionados ao estresse tangem aos aspectos organizacionais da empresa, da gestão e do processo de trabalho e às relações humanas. Spector (2006) acrescenta ainda que uma das principais fontes de estresse é não saber lidar com as pessoas, pois é impossível conceber o ser humano dissociado das relações sociais. O autor ainda aponta outros fatores que são precursores de situações estressantes entre funcionários: conflito entre os papéis desempenhados, conflitos entre funcionários que atingem a vida pessoa deste e o controle exercido pela empresa ao determinar a autonomia, em todos os aspectos (definição dos próprios horários, liberdade em como cumprir com sua função, entre outros aspectos). A satisfação com o trabalho está diretamente relacionada à esta autonomia que o funcionário tem.
Existe ainda um agravante no que tange ao assunto; muitos funcionários assumem que o estresse faz parte do trabalho, e o aceitam como condição sine qua non da função que este exerce, e julgam os sintomas decorrentes disso como um sinal de fraqueza (Dias e Di Lascio, 2003).
É interessante associar as questões discutidas acima à uma doença que decorre do esgotamento no ambiente de trabalho, a síndrome de burnout, uma vez que esta está relacionada ao tema aqui discutido. Codo e Vasques-Mendez (1999), citado por Souza et al (2014), afirmam que burnout ocorre quando a pessoa está incapaz de qualquer envolvimento emocional nas relações afetivas e em seu trabalho; é a síndrome da desistência. É uma forma de adaptação às condições de trabalho, ao passo que o indivíduo não possui recursos emocionais para lidar com o estresse no trabalho.
O termo burnout, do inglês, designa a redução de um combustível para o “nada”. Fazendo um paralelo ao tema aqui tratado, a analogia é válida no sentido de que o indivíduo se esvai de qualquer motivação para continuar a exercer suas atividades e investir emocionalmente no meio. França e Rodrigues (2005), citados por Araújo (2011), afirmam que esta síndrome causa os seguintes sintomas: cansaço, irritabilidade, abuso de álcool, tabaco e/ou outras drogas, surgimento de doenças psicossomáticas e despersonalização (tratar as pessoas como objetos, tendo atitudes negativas com elas). Além do mais, o auto conceito do indivíduo que sofre de burnout cai, pois este acaba se denegrindo por não conseguir cumprir suas funções de maneira adequada, e isso pode evoluir à uma depressão (leve, moderada ou grave).
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