O ESTUDO OU COENCIA DO SOFRIMENTO DA ALMA
Por: nycolebispo • 17/6/2022 • Trabalho acadêmico • 1.352 Palavras (6 Páginas) • 87 Visualizações
As Principais abordagens no campo da psicopatologia.
ESTUDO OU COENCIA DO SOFRIMENTO DA ALMA.
O QUE VOCÊ ENTENDE POR PSICOPATOLOGIA:
- Karl Jaspers – Construiu uma teoria geral das questões relativas á enfermidade psíquica.
- A psicopatologia está ligada á psicologia e psiquiatria.
- Liga-se á psicologia clínica – (diagnostico e estudo da personalidade).
- A psicologia geral – ( nas noções de subjetividade, intencionalidade, ato voluntario, ect).
- Liga-se também as neurociências.
O QUE É PSICOPATOLOGIA:
- E um campo de estudos das ciências médicas.
- Tem como objetivo fornecer a referência, a classificação e a explicação para as modificações do modo de vida, do comportamento e da personalidade dos indivíduos, as quais se desviam da norma e/ou ocasionam sofrimento, e são tidas como expressão de transtorno mentais.
- Sentido amplo – Conjunto do conhecimento sobre os transtornos mentais que devem ter valor cientifico, não possuir critérios de valor, dogmas ou verdades pré-estabelecidas.
- Deve observar, identificar e compreender os elementos dos transtornos psicopatológicos sem julgar moralmente.
- Objeto de estudo – o ser humano na sua totalidade.
- Mais ampla que a psiquiatria, esta restringe-se aos fenômenos anormais da mente.
ABORDAGES DA PSICOPATOLOGIA:
- Múltiplos e diferentes referencias teóricos.
- O fenômeno psicopatológico convoca uma multiplicidade de enfoques e de referências teóricas que devem dialogar entre si, para a construção de diagnósticos e tratamentos adequados.
- Impor uma solução simplista e artificial deformaria o fenômeno psicopatológico.
- A psicopatologia só tem a avançar em meio ao debate das diferenças conceituais e teóricas.
CONTRIBUIÇÕES DAS NEUROCIÊNCIAS PARA PICOPATOLOGIA:
- Um entendimento do funcionamento de cérebro e necessário para entendermos o comportamento, emoções, e processos cognitivos, e como se alteram nos transtornos.
- As alterações dessas funções após lesões cerebrais são o campo de estudo da neurologia e da neuropsicologia, e a psicopatologia tende a se focar no papel da função cerebral no desenvolvimento da personalidade, “considerando como diferentes tipos de personalidade guiadas biologicamente impulsionadas podem ser mais vulneráveis ao desenvolvimento de certos tipos de transtornos psicológicos”
- Os circuitos específicos que estão envolvidos nos transtornos mentais são sistemas complexos
identificados por vias de neurotransmissores que inervam várias regiões. Entretanto, fatores psicológicos e socias influenciam fortemente esses circuitos.
- As “experiências psicológicas precoces afetam o desenvolvimento do sistema nervoso e, portanto, determinam a vulnerabilidade a transtornos psicológicos na vida adulta. Parece que a própria estrutura do sistema nervoso está constantemente mudando como resultado da aprendizagem e da experiencia, mesmo em idosos, e que algumas dessas mudanças tornam-se permanentes”.
INFLUÊNCIAS DA PSICOTERAPIA NOS FENÔMENOS PSICOPATOLÓGICOS:
- A interação entre encéfalo e ambiente e de mão dupla, e o efeito do ambiente sobre o cérebro e relevante para os tratamentos psicológicos.
- As intervenções psicoterapêuticas atuam no tecido neural, produzindo alterações no padrão de comunicação sináptica de forma semelhante aos efeitos produzidos por drogas psicotrópicas. Dessa forma, o sistema nervoso central constitui o local comum as intervenções psicológicas e farmacológicas”.
PSICOPATOLOGIA DESCRITIVA X PSICOPATOLOGIA DINÂMICA:
- Psicopatologia Descritiva - baseia-se forma das alterações psíquicas e na estrutura dos sintomas, aquilo que caracteriza a vivência patológica “típica” no âmbito humano em geral.
- Psicopatologia Dinâmica: concentra-se no conteúdo da vivência, tanto normal quanto patológica, nos movimentos internos de afetos, desejos e temores do indivíduo, portanto, em sua experiência individual, não necessariamente classificável em sintomas previamente descritos.
PSICOPATOLOGIA MEDICA X PSICOPATOLOGIA EXISTENCIAL:
- Perspectiva Médico-Naturalista: noção de homem = ser biológico. Transtorno mental é sinal de mau funcionamento do aparelho biológico, disfunção ou desregulação do cérebro.
- Perspectiva Existencial: indivíduo = ser com uma existência singular, voltada para a dimensão histórica e humana. Doença: modo trágico de ser e se relacionar no mundo.
PSICOPATOLOGIA COMPORTAMENTAL X PSICOPATOLOGIA PSICANALITICA:
- Visão Comportamental e Perspectiva Cognitiva - ser humano é visto a partir de conjuntos de comportamentos observáveis, regulados por estímulos específicos e gerais, leis e determinantes da aprendizagem. Os sintomas resultam de comportamentos e representações cognitivas disfuncionais, aprendidas e reforçadas pelo meio: família, amigos, etc.
- Visão Psicanalítica - o ser é determinado e dominado por desejos e conflitos inconscientes. O sintoma é encarado como expressão de temores aos quais o indivíduo não tem acesso, um
arranjo entre o desejo inconsciente e as (im)possibilidades reais de satisfação desse desejo.
PSICOPATOLOGIA CATEFORIAL X PSICOPATOLOGIA DIMENSIONAL:
- Dimensão Categorial - categorias diagnósticas são “espécies únicas” de transtornos mentais – discerníveis e diferentes – entidades nosológicas cuja identificação precisa constituir uma das tarefas da psicopatologia.
- Perspectiva Dimensional - existem diferentes dimensões ou espectros nos transtornos mentais, indo desde formas muito graves até formas que acarretam menor grau de comprometimento, e quadros menos agudos de alterações nas funções psíquicas.
PSICOPATOLOGIA BIOLÓGICA X PSICOPATOLOGIA SOCIOCULTURAL:
- Psicopatologia Biológica - enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou neurofisiológicos nos sintomas dos transtornos mentais.
- Perspectiva Sociocultural - estuda os transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir de certos fatores socioculturais, e a noção de normal e patológico como construção cultural que dá significado ao sintoma.
PSICOPATOLOGIA OPERACIONAL – PRAGMÁTICA X PSICOPATOLOGIA FUNDAMENTAL:
- Visão Operacional-Pragmática - o recorte dos sintomas e das síndromes psicopatológicas é formulado em função da utilidade
pragmática, clínica, ou orientada à pesquisa
- Psicopatologia Fundamental - a pesquisa psicopatológica deve centrar-se sobre os fundamentos de cada conceito psicopatológico, e em seu arcabouço de sofrimento, paixão, e passividade.
A CULTURA CONTRIBUI COM A PSICOPATOLOGIA DE DIFERENTES FORMAS:
- Tseng (2007): De um ponto de vista conceitual, existem seis modos diferentes com os quais a cultura pode contribuir para os transtornos mentais
- Efeitos patogênicos - referem-se a situações nas quais a cultura é um fator causal direto na formação da doença. A síndrome que ocorre tende a ser relacionada à cultura. (Ex., ideias e crenças culturais contribuem para o estresse, que por sua vez produz patologia).
- Efeitos seletivos - referem-se à tendência de algumas pessoas, face a acontecimentos vitais, de selecionar certos padrões de reação culturalmente determinados que resultam na manifestação de certos transtornos. (Ex: transtornos do pânico, fobias, etc.).
- Efeitos plásticos - referem-se à forma como a cultura contribui para a modelagem das manifestações da patologia (p. ex., conteúdo de sintomas) A cultura contribui com a psicopatologia de diferentes formas
- Tseng (2007): De um ponto de vista conceitual, existem seis modos diferentes com os quais a cultura pode contribuir para os transtornos mentais
- Efeitos elaboradores - ainda que certas reações comportamentais
sejam universais, podem tornar-se exageradas em algumas culturas através do reforçamento cultural (p. ex., suicídio no Japão).
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