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O Estresse Organizacional

Por:   •  27/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.579 Palavras (7 Páginas)  •  247 Visualizações

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Título: Estresse no Trabalho

Aluno: Larissa Vilela da Silva

Introdução

O estresse é um sintoma indescritível que muda nosso estado. Pode ser caracterizado por sensação de desconforto, irritação, desgaste, frustração, medo, preocupação e indignação e, devido a vários motivos, essas características causam a liberação de adrenalina e cortisol no sistema nervoso. Os chamados hormônios do estresse, se usados ​​em grandes quantidades, podem causar alterações na saúde, humor, produtividade e qualidade de vida.

O trabalho é uma das fontes de satisfação das necessidades humanas (como autorrealização, manutenção de relacionamentos interpessoais e sobrevivência), ele desempenha um papel central na vida das pessoas e é um fator importante na formação de sua identidade e integração na sociedade.

Tudo que tem relação com “ocupacional” tem referência a trabalho, ocupação ou emprego. Já a palavra “stress” do inglês, significa “tensão”, “pressão” ou “insistência”. Dessa forma, o estresse ocupacional nada mais é que o estresse que provém do trabalho ou ocupação que a pessoa ocupa.

A maioria da população mundial passa um terço da sua vida adulta trabalhando e espera-se que o trabalho contribua positivamente para o seu desenvolvimento. O trabalho pode ter impacto positivo e negativo sobre a saúde de seus colaboradores, e são esses efeitos negativos que demonstram perigo grave para a saúde do trabalhador.

O estresse excessivo na organização pode trazer vários fatores de risco à saúde, e muitos trabalhadores não dispõem de ferramentas suficientes para se proteger desses riscos, podendo se tornar uma doença.

Dadas as muitas necessidades do mundo moderno, integrar trabalho e vida pessoal ainda é um dos maiores desafios que as pessoas enfrentam. No Brasil, segundo dados da Isma-BR (International Stress Management Association), 9 entre 10 pessoas que estão no mercado de trabalho têm sintomas de ansiedade e 47% da população sofre de depressão, complicações cardiovasculares e transtornos do sono, são algumas consequências do estresse ocupacional na saúde, este tipo de estresse é um desafio que a maioria dos trabalhadores pode enfrentar hoje porque seu impacto ocorre no local de trabalho.

Causas e consequências do estresse

Estressores ocupacionais estão frequentemente ligados à organização do trabalho, como pressão para produtividade, retaliação, condições desfavoráveis à segurança no trabalho, indisponibilidade de treinamento e orientação, relação abusiva entre supervisores e subordinados, falta de controle sobre a tarefa e ciclos trabalho-descanso incoerentes com limites biológicos (Carayon, Smith, & Haims, 1999)

Pesquisa recente da Trabalhando.com Brasil aponta os principais fatores que causam estresse profissional no país. Segundo o levantamento, trabalhar sob pressão (28%), falta de ferramentas adequadas, como computador ruim, cadeira desconfortável etc (26%) e mau humor do chefe e dos colegas (22%) são os maiores causadores de estresse no ambiente de trabalho, segundo os 451 profissionais (288 mulheres e 163 homens) que participaram do levantamento.

Podemos colocar também como as maiores causas de estresse ocupacional o desequilíbrio entre esforço e recompensa, a falta de reconhecimento profissional e o excesso na carga horária de trabalho.

A primeira consequência do estresse ocupacional é na saúde, tanto psicologicamente como fisiologicamente, e acaba sobrando para o corpo, que dá indicativos de que algo não vai bem, como desconforto físico, tensão muscular, dores de cabeça, distúrbios alimentares, insônia, irritabilidade e até derrame em casos mais extremos.

No trabalho as consequências do estresse ocupacional resultam em faltas, atrasos, falta de motivação e comprometimento, irritação, ansiedade, e tudo isso pode refletir na produtividade do trabalhador.

Em casos mais extremos temos a Síndrome de Burnout, que consiste em uma resposta ao estresse ocupacional crônico, sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes.

Influências na qualidade de vida dos profissionais e na dinâmica organizacional

Vivemos em um mundo cada vez mais estressado e estressante, mudanças rápidas, prioridades sempre se alterando e necessidades urgentes cada vez maiores, fazendo com que o estresse ocupacional seja cada vez frequente nas organizações.

Os efeitos do estresse excessivo e persistente não se limitam a danos à saúde, além de desencadear várias doenças, o estresse prejudica a qualidade de vida e produtividade dos seres humanos.

Em um ambiente social, o estresse ocupacional pode levar ao isolamento e ao desleixo nas relações sociais. Em um ambiente profissional, essa situação pode levar à falta de participação, motivação e satisfação reduzidas, afetando a produtividade e a competitividade da empresa.

Pesquisas realizadas no mundo todo revelam que o stress reduz significativamente o desempenho pessoal e profissional. Assim, uma empresa com o seu quadro de funcionários estressados, tem baixa performance e produtividade.

Sugestão de práticas institucionais para solução do problema

Passamos a maior parte do tempo no ambiente de trabalho, inclusive vendo mais colegas do que membros da família, por isso o ambiente de trabalho causa impacto no nosso bem-estar geral.

Portanto, como o trabalhador dedica seu tempo e energia ao crescimento da organização, é justo que a empresa forneça condições favoráveis ​​de trabalho.

Para isso a organização precisa fazer um levantamento para que permita a identificação de fatores que possam causar o estresse ocupacional, através de pesquisas dentro da empresa. Diante dos resultados a organização precisa tomar as atitudes adequadas para melhorar as condições de trabalho, seja condições precárias de trabalho, falta de valorização por parte dos gestores ou até mesmo pressão por parte da liderança, pois acompanhar o nível de satisfação da equipe é essencial.

Além de analisar as causas do estresse ocupacional identificadas por meio de pesquisas, também é necessário investir em ações que melhorem o bem-estar geral e a qualidade de vida dos trabalhadores, como oferecer benefícios que ajudarão a qualidade de vida por parte dos funcionários, promover debates, reuniões, para que todos tenham suas opiniões pautadas,  incentivar trabalhos em grupos, proporcionar momentos de descontração como comemoração dos aniversariantes do mês, gincanas, palestras motivacionais, pois tudo isso diminui o desgaste do dia a dia.

A falta de comunicação pode frustrar os funcionários e causar conflitos dentro da organização, como fofocas, ressentimentos e especulações. Portanto, a organização deve encontrar a melhor maneira de conversar com cada perfil de funcionário, criando um ambiente participativo. Em uma empresa, não importa o tamanho, é essencial ter liberdade para expor as dificuldades. É importante ter espaço para conversar, isso criará um ambiente mais harmonioso e tornará o trabalho mais proveitoso.

A psicologia organizacional também é uma forma de lidar com o estresse ocupacional, pois visa melhorar a qualidade de vida e condições favoráveis, para que os profissionais tenham a máxima produtividade e bom desempenho.

Conclusão

Através deste trabalho, podemos concluir que o estresse ocupacional é cada vez mais presente nas organizações atuais, a pressão exercida sobre os colaboradores ou até mesmo uma jornada de trabalho excessiva pode sobrecarregar o funcionário, fazendo com que ele desenvolva o estresse ocupacional e sintomas que podem levar à diminuição da produtividade e podem ser prejudiciais à saúde.

O estresse não é uma doença em si, mas ignorar seus sintomas podem causar sérios problemas e trazer altos custos pessoais, organizacionais e sociais.

A redução do estresse envolve vários aspectos e nenhum deles pode ser deixado de lado para garantir que os resultados sejam satisfatórios. Os fatores para redução de estresse são: comunicação, alimentação, relaxamento, exercício físico, estabilidade emocional e qualidade de vida.

Tirar proveito das técnicas para redução do estresse é uma excelente maneira de manter corpo e mente saudáveis. Se a pessoa estiver depressiva, furiosa, com problemas no trabalho ou simplesmente estressada, é importante encontrar uma saída e impedir que os sentimentos afetem o coração. Às vezes, compartilhar os problemas com um parente ou comum amigo já ajuda. Uma outra opção é procurar ajuda de um profissional de saúde qualificado ou de um psicólogo, se necessário (Forman & Stone)

Estresse ocupacional, é mais normal do que se imagina. No entanto, como gestor, é dever dele cuidar, administrar e monitorar o bem-estar de seus colaboradores para que eles sintam que estão tendo sucesso e se desempenhando bem na empresa.

Referências bibliográficas

Abreu, K. L., Stoll, I., Ramos, L. S., Baumgardt, R. A., & Kristensen, C. H. (2001). Estresse ocupacional e Síndrome de Burnout no exercício profissional da psicologia. São Leopoldo - RS. Acesso em 07 de Abril de 2020, disponível em

Carayon, M., Smith, P., & Haims, M. (1999). Organização do trabalho, estresse no trabalho e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. 

Como o estresse afeta a produtividade da sua equipe. (s.d.). Acesso em 08 de Abril de 2020, disponível em http://saobernardo.com/blog/como-o-estresse-afeta-a-produtividade-da-sua-equipe/

Diferenças entre stress e burnout. (s.d.). Acesso em 06 de Abril de 2020, disponível em https://www.saudemelhor.com/diferencas-entre-stress-e-burnout/

Estresse Ocupacional seus sintomas e como combater. (26 de Outubro de 2016). Acesso em 07 de Abril de 2020, disponível em http://tedgestaocorporativa.com.br/estresse-ocupacional/

Estresse: sintomas físicos e emocionais. (s.d.). Acesso em 07 de Abril de 2020, disponível em https://www.minhavida.com.br/saude/temas/estresse

Ferrari, J. S. (s.d.). Estresse Ocupacional. (B. Escola, Ed.) Acesso em 06 de Abril de 202, disponível em https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/stress-ocupacional.htm

Forman, A., & Stone, N. (s.d.). Controle do estresse e doença coronariana. Acesso em 05 de Abril de 2020, disponível em

Globo, O. (Ed.). (s.d.). Pesquisa aponta quais os maiores causadores de estresse no trabalho. Acesso em 06 de Abril de 2020, disponível em https://oglobo.globo.com/economia/emprego/pesquisa-aponta-quais-os-maiores-causadores-de-estresse-no-trabalho-6169675

Mothé, C. B. (11 de Dezembro de 2016). Stress no ambiente de trabalho. Acesso em 07 de Abril de 2020, disponível em https://www.migalhas.com.br/depeso/33425/stress-no-ambiente-de-trabalho

MurtaI, S. G., & TróccoliI, B. T. (Abril de 2004). Avaliação de intervenção em estresse ocupacional. Brasília. Acesso em 06 de Abril de 2020, disponível em

Pesquisa aponta que 89% das pessoas sofre de estresse por falta de reconhecimento no trabalho. (2015). Porto Alegre. Acesso em 07 de Abril de 2020, disponível em https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2015/06/pesquisa-aponta-que-89-das-pessoas-sofre-de-estresse-por-falta-de-reconhecimento-no-trabalho-4785670.html

Shibuya, C. C. (s.d.). Como lidar com o estresse no trabalho. Acesso em 08 de Abril de 2020, disponível em http://www.mulherdeclasse.com.br/como_lidar_com_o_estresse_no_tra.htm

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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