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O Estresse como Rotina de Trabalho

Por:   •  15/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.025 Palavras (5 Páginas)  •  446 Visualizações

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Matriz de atividade individual*

Módulo: 6

Fórum: Atividade Individual

Título: O Estresse como Rotina de Trabalho

Aluno: Gabriela Silveira

Disciplina: Psicologia Organizacional

Turma: GRPOEAD_T0129_0816

Introdução

O estresse é definido como uma resposta fisiológica a qualquer mudança, boa ou ruim, que dispara no cérebro e no corpo o reflexo adaptativo de luta ou fuga.

Um estudo feito pela Mind, instituição inglesa beneficente que auxilia indivíduos com distúrbios mentais, descobriu o principal causador de estresse na vida das pessoas: o trabalho. Este fator superou inclusive o estresse causado por problema de saúde e/ou financeiro.

O estresse não deixa de ser um fator intrínseco ao trabalho e crucial para o desempenho. Isto quer dizer que, na dose certa, pode proporcionar ao indivíduo maior motivação e eficiência já que a pessoa tende a estar mais focada e alerta. No entanto, ultrapassando o limite aceitável, o estresse sobrecarrega o organismo, compromete o desempenho e provoca ainda desequilíbrio emocional e físico.

Causas e consequências do estresse

O trabalho é considerado uma necessidade da nossa sociedade e pode ser visto e conduzido como um veículo de prazer e dignidade, ou de castigo e sofrimento do ser humano.

Diversas pesquisas voltadas para identificar as principais e mais prováveis causas de estresse no ambiente de trabalho apontam que a carga de trabalho, pressão e exigência sobre o trabalhador é tamanha a ponto de gerar ansiedade, depressão e outros males. A preocupação com o assunto é grande, já que com as rápidas mudanças no mercado, novas tendências tecnológicas e impactos da economia, o problema tende a piorar.

O desencontro de informações, metas irreais, mudanças de prazo, lideranças confusas e distorção de funções também estão dentre os fatores responsáveis pela causas de estresses ao trabalhadores.

Para esse diagnóstico no ambiente de trabalho deve-se levar em consideração que os fatores não atuam da mesma forma perante todos os trabalhadores, já que cada um possui sua individualidade, fatores pessoais e culturais capazes de dotar alguns indivíduos a maior resistência do que outros às pressões do dia-a-dia.

Atualmente as pessoas vivem em um ritmo de intensidade incompatível com o bem-estar necessário, o que acaba contribuindo para o aparecimento de doenças ocupacionais recorrentes do estresse.

Estima-se que cerca de 50% das doenças que levam ao absenteísmo sejam desencadeadas pelo estresse.

Taquicardia, tensão muscular, boca seca, dores no estômago, mãos frias e suadas, sensação de cansaço e dificuldade de memorização são alguns dos sintomas frequentes, todavia esse mal pode acarretar problemas ainda maiores como úlceras, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), doenças cardiovasculares, doenças psicossomáticas e até mesmo o suicídio.

Recentemente, o caso de um empresário de Rio Claro (SP), chamou a atenção da população brasileira pela gravidade do assunto. Antônio Scussolino, de 66 anos, suicidou-se após demitir 223 funcionários por conta da crise que atinge o país.

Influências na qualidade de vida dos profissionais e na dinâmica organizacional

O estilo de vida é o fator contribuinte mais importante para a morte prematura e está diretamente relacionado ao estresse. Nesse aspecto, não se pode ignorar um assunto muito abordado nos últimos anos: Qualidade de Vida.

Não há como abordar o tema Qualidade de Vida no Trabalho sem mencionar a motivação e a satisfação das necessidades dos funcionários que compõem a empresa, como aspectos preponderantes para a Qualidade de Vida dos profissionais no ambiente de trabalho. Diante de tantas turbulências, mudanças e incertezas que caracterizam o contexto atual das organizações, nos resta o desafio da sobrevivência e as empresas que estiverem conscientes de que a competitividade requer produtividade com qualidade. Isso significa que para um empresa sobreviver no mercado, deve não apenas investir em tecnologia, mas principalmente nas pessoas que compõem a organização.

Sugestão de práticas institucionais para solução do problema

Algumas práticas institucionais podem ser adotadas para prevenir e administrar o estresse no ambiente de trabalho, promovendo ainda a qualidade de vida ao trabalhador, dentre elas:

  • Conservar o bom relacionamento no ambiente laboral;
  • Manter a calma em reuniões de trabalho;
  • Gerenciar o tempo de trabalho para cada atividade;
  • Realizar testes e exames periódicos nos funcionários;
  • Adaptar horários flexíveis e intervalos entre as atividades;
  • Realizar campanhas de combate ao stress no trabalho;
  • Oferecer sala de relaxamento e convivência para os funcionários;
  • Manter uma atividade física de rotina e alimentação adequada.

Conclusão

O que se observa com a abordagem deste assunto é que a saúde (física e mental) do trabalhador carece de atenção. O estresse é uma resposta vital em meios altamente competitivos. A questão principal é saber quando o estresse ajuda e quando prejudica.

Existe uma linha sutil que divide o estresse benigno do maligno. Devemos estar constantemente atentos aos sinais que apontam para o nível de estresse acima do que é desejável, sabendo que:

Eustresse (“eu” do grego: bom, lindo) - Serve como fonte de energia e nos motiva a lutar e produzir.

Distresse (“dis” do grego mal, defeituoso, difícil) - Estresse negativo capaz de provocar desequilíbrio emocional e físico.

No Brasil, acostumamo-nos a não ter iniciativa própria e a esperar que um empregador paternalista tome conta de nossas necessidades. Talvez, por esta razão, o reconhecimento da responsabilidade da empresa frente ao estresse do funcionário caminhe tão lentamente.

Então, por quais razões as empresas devem se preocupar em prevenir o estresse e promover a qualidade de vida aos seus funcionários?

A primeira razão é de natureza social e até mesmo biológica, pois o ser humano não é uma máquina, mas alguém dotado de razão, sentimentos, ambições e necessidades, a quem deve corresponder o gozo integral da saúde como um direito e não como cura de uma enfermidade.

A segunda razão é de natureza material e financeira, pois as doenças e acidentes decorrentes do stress ocasionam prejuízos ao desenvolvimento da atividade econômica, além de onerar a Previdência Social. Segundo alguns estudos sobre o assunto, a permanecer nesse ritmo, as condições de trabalho atuais conduzirão a uma explosão de invalidez gerada por problemas físicos e emocionais.

Referências bibliográficas

SHIBUYA, Cecília Cibella. Como lidar com o estresse no trabalho. Disponível em: http://www.mulherdeclasse.com.br/como_lidar_com_o_estresse_no_tra.htm. 

Acesso em: 01/10/2016

Havard Business Review - Estresse, uma questão de equilíbrio

Disponível em: http://hbrbr.com.br/estresse-uma-questao-de-equilibrio/

Acesso em: 02/10/2016

IPCS - Stress na atualidade: Qualidade de Vida na família e no trabalho

Disponível em: http://www.estresse.com.br/publicacoes/stress-na-atualidade-qualidade-de-vida-na-familia-e-no-trabalho/

Acesso em: 02/10/2016

Auto Ajuda em Foco - Estresse no Trabalho: Como reduzir e gerenciar

Disponível em: http://autoajudaemfoco.com.br/estresse-ansiedade/estresse-no-trabalho-como-reduzir-e-gerenciar

Acesso em: 02/10/2016

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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