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O Existencialismo

Por:   •  28/4/2019  •  Resenha  •  1.468 Palavras (6 Páginas)  •  108 Visualizações

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Universidade Estácio de Sá[pic 1]

Teorias e Sistemas Psicológicos III

RESENHA CRÍTICA

Rio de Janeiro, 2019

  1.  EXISTENCIALISMO

O existencialismo foi um movimento cultural e filosófico, que surgiu em meados do século XIX, com o pensador dinamarquês Kierkegaard, e alcançou seu apogeu no século XX, com Heidegger e Jean-Paul Sartre, logo após a Segunda Grande Guerra, quando irrompeu como uma época de dúvidas, sofrimentos e desilusões, onde havia enigma e escuridão, visto que no século XIX se enxergava com clareza, praticidade e simplicidade, havia esperança no homem e este positivismo era a promessa de um novo tempo. O existencialismo, então, desponta e avança, repercutindo gradativamente, demonstrando trazer as respostas para o momento histórico que surgia depois da guerra, e este foi o motivo pelo mesmo ter se propagado tão rápido.

Existencialismo é um termo utilizado numa determinada escola de filósofos, que apesar de suas diferenças doutrinárias, partilhavam a crença que o pensamento filosófico se inicia com o sujeito humano, não somente um sujeito pensante, mas as suas ações também, bem como experiência, vivência e sentimentos de um ser humano individual.

Se reunirmos as sínteses de pensamento de cada um dos filósofos existencialistas, podemos listar as mais importantes premissas desta corrente filosófica, que são elas:

  • A primeira é ver o ser humano como enquanto indivíduo, e não inserido nas teorias gerais sobre o homem.
  • O homem não foi “arquitetado” por alguém visando uma determinada finalidade, como um objeto de um projeto no qual o próprio homem é criador. O homem se faz em sua própria existência.
  • O mundo que vivemos e conhecemos é ilógico e irracional, e no mínimo, está fora de nossa compreensão. Não temos explicação a dar sobre o fato de o mundo ser da maneira que é.

1.1. INFLUÊNCIA DE KIERKEGAARD

O dinamarquês (1813-1855) vai encontrar sua posição filosófica opondo-se a filosofia de Hegel. Ele não só rejeitou o determinismo de Hegel (onde tudo estaria predestinado a acontecer) assim como sustentou a importância suprema do indivíduo e das suas escolhas, sejam essas lógicas ou ilógicas.

 Kierkegaard contribuiu para a ideia original de existencialismo de que não existe nenhuma predeterminação a respeito do homem, e que esta liberdade leva o homem à angústia permanente.

Segundo Kierkegaard, o homem tem diante de si várias opções possíveis, e é inteiramente livre, não se conforma com o predeterminismo, ao qual, segundo Hegel estão submetidos todos os fatos e também todas as ações humanas. A verdade não é encontrada através do raciocínio lógico, mas segundo a paixão que é colocada na afirmação e sustentação dos fatos: a verdade é subjetividade.

A conseqüência de ser a verdade subjetiva é que a liberdade se torna ilimitada. Consequentemente não se pode, também, fazer qualquer afirmativa sobre o homem. O pensamento fundamental de Kierkegaard é este: “inexiste um projeto básico, para o homem verdadeiro, uma essência definidora do homem porque cada um se define a si mesmo e assim é uma verdade para si”. Daí o modo conhecido que sintetiza o pensamento existencialista: "no homem, a existência precede a essência".

No caminho da vida há várias direções, vários tipos de vida para se escolher, dentro de três escolhas fundamentais: o modo de vida estético, do indivíduo que não busca outra coisa senão aproveitar a vida em cada momento; o modo ético, do indivíduo que é automaticamente correto com a família e devotado ao trabalho, e o modo religioso dentro de uma consciência de fé.

A liberdade, segundo ele, gera no homem a angústia que pode levá-lo, de várias formas, ao desespero. Então, cada decisão é um risco, o que deixa a pessoa imersa na incerteza, pressionada por uma decisão que se torna angustiante. Como no modo de vida estético, ele escolhe fugir dessa angústia e do desespero através do prazer e de buscar a inconsciência de quem ele é. Outra forma de fuga é ignorar o próprio eu, tornar-se um autômato, se apegar a um papel, como no modo de vida ético.

1.2. INFLUÊNCIA DE HEIDEGGER

O alemão (1889-1976) contribuiu com seu pensamento sobre o ser e a existência, de onde vem o nome da corrente filosófica: Existencialismo.

Para ele, a “existência” do homem é algo temporário e passageiro, que está pairando entre o nascimento do indivíduo e sua morte, no qual ele não pode evitar. Sua vida está entre o passado e o futuro, sobre o qual ele não tem controle, onde seus projetos de vida estarão sempre incompletos perante uma morte inevitável.

O existencialismo encoraja o homem a “existir inteiramente aqui e agora”; Aceitando sua realidade humana neste momento: presente, onde seu passado é representado como um arquivo de suas experiências a serem acessados no presente, e o futuro é representado como ilusões e visões que irão dar um propósito/sentido ao presente. Portanto, no homem, o ser está relacionado e se dá/existe com o tempo.

Na angústia, o homem experimenta o esgotamento da sua existência humana. Todas as coisas supérfluas em que o indivíduo estava imerso, se afastam o deixando “descoberto”, como a liberdade para se encontrar com a morte, por exemplo. A angústia aí, então, funciona para revelar o ser autêntico, e a liberdade incentiva o homem a escolher a si mesmo a governar a si mesmo, também.

1.3. INFLUÊNCIA DE JEAN-PAUL SARTRE

O francês (1905-1980) teve a perspectiva de que a ideia central de todo pensamento existencialista é que a existência precede a essência. Não existe nenhum Deus que tenha planejado o homem e, portanto, não existe nenhuma natureza humana fincada na qual o homem deva ou não respeitar. O homem é inteiramente livre, e é o único responsável pelo que faz de si mesmo. O homem está continuamente se projetando para fora de si mesmo, se construindo e se realizando no mundo. E para ele, esta liberdade e responsabilidade são a fonte da angústia.

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