O Fechamento de Psicologia
Por: Suellencris75 • 1/11/2019 • Abstract • 931 Palavras (4 Páginas) • 179 Visualizações
Fichamento: Oliveira, Eric Monnê. O papel da sociologia, segundo Émile Durkheim e Max Weber.
Pg. 296 | “fato social é toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior. [...] O fato social tem, portanto, duas características fundamentais: primeiro, ele tem um poder coercitivo, e, segundo, ele é superior ao nível individual, existindo para além das consciências individuais. [...].” |
Pg. 296 | “A análise sociológica precisa, além do objeto, de um método para abordá-lo de maneira científica, o que gera a necessidade de algumas regras metodológicas. [...] tratar o fato social como uma coisa externa. [...].” |
Pg. 297 | “Para Durkheim, essa relação de exterioridade, com o afastamento sistemático de todas as pré-noções, constitui a pré-condição básica para que a relação entre o sujeito pesquisador e o objeto do conhecimento seja estritamente científica. [...] Para alcançar essa separação entre a afetividade e a análise racional do objeto, Durkheim propõe não estudar o objeto a partir das ideias que se têm sobre ele, mas a partir das propriedades do objeto que lhe são inerentes. [...].” |
Pg. 298 | “Entretanto, sendo a sensação algo em grande medida subjetivo, as ciências naturais, para garantir sua objetividade, afastam os dados sensíveis que possam ter um apelo excessivamente pessoal para o observador. [...] Dessa forma, para Durkheim, é fundamental, que o sociólogo se abstenha de suas manifestações individuais de natureza estritamente pessoal, bem como de suas pré-noções, considerando os fatos sociais a partir de um ponto de referência fixo. [...].” |
“Para realizar a tarefa da compreensão sociológica [...]a principal ferramenta proposta por Weber é o tipo ideal, ou seja, a formação de projeções ideal-típicas, visando possibilitar a comparação entre as ações sociais [...].” | |
“A ação social constitui a base para a relação social [...]que só é dado pelo mundo social, constituído por relações sociais), que é definida como “o comportamento reciprocamente referido quanto a seu conteúdo de sentido por uma pluralidade de agentes e que se orienta por essa referência” [...] É a partir das relações sociais concatenadas que emerge a representação da existência de uma ordem que é considerada legítima pelos sujeitos. [...].” | |
“Por um lado, Émile Durkheim focava na verdade dos fenômenos sociais que são, em alto grau, independentes das consciências que os indivíduos têm sobre eles. [...] Weber, por outro lado, tem uma postura diferente, designada como “individualismo metodológico”, que parte das conexões de sentido subjetivamente visado pelos “indivíduos” nas suas ações sociais, cuja concatenação produz as formações sociais. [...].” | |
Pg. 301 e 302 | “. A concepção weberiana de Estado é uma das expressões mais fortes da importância que o autor dá ao nível das consciências individuais. [...] A sociedade é, sim, mais do que a soma dos indivíduos, pois esta soma, por si só, não gera relações sociais das quais a formação da sociedade depende; mas a sociedade não existe sem as consciências individuais, que são as únicas capazes de dar o “sentido” de que dependem as relações e ações sociais. [...].” |
Pg. 303 | “Para Durkheim, a Ciência é capaz de determinar quais são os melhores fins a se alcançar, assim como os meios mais adequados para atingi-los. [...] Faz-se necessário, então, que a Sociologia seja capaz de criar métodos científicos que tornem possível distinguir entre o normal e o patológico na ordem dos fenômenos sociais. [...].” |
Pg. 304 | “Durkheim parte do seguinte argumento: todos os fenômenos sociais, assim como os fenômenos do mundo biológico, podem se revestir de duas maneiras distintas. Na primeira, esses fenômenos apresentam uma forma mais geral, com poucas variações e repetindo-se por quase toda parte; na segunda, eles apresentam uma forma mais particular, constituindo-se como exceções e minorias, tendo uma duração curta no tempo e um alcance limitado no espaço. À primeira, Durkheim chama de normal, à segunda, de patológica. [...].” |
Pg. 305 | “O argumento, para Weber, é que a realidade social é extremamente complexa e multicausal, ou seja, os fenômenos sociais são quase sempre causados pelo afluxo de uma ampla variedade de causas [...] Para Durkheim, o papel da Sociologia, ou melhor, o objetivo principal de qualquer ciência da vida, individual ou social, é, em suma, definir o estado normal, explicá-lo e distingui-lo do seu contrário [...].” |
Pg. 306 e 307 | “Assim, para Durkheim, a Sociologia – sendo uma ciência –, ao proporcionar o contato “direto” dos homens, em suas faculdades mentais, com os fatos sociais, fornece a eles um método para compreender a sociedade em que vivem, tornando possível a separação entre o normal e o patológico através de uma proposição científica, e não de uma orientação política. A ideia é de que a Ciência substitua progressivamente a política. [...] |
Pg. 307 | “A política, para Weber, aparece como objeto de estudo sociológico, não como um terreno que a Ciência possa colonizar. Segundo Weber, a política exige paixão e fé em um conjunto determinado de julgamentos de valor, elementos que, se introduzidos pelos cientistas em suas pesquisas, fazem cessar a compreensão adequada dos fenômenos. [...].” |
Pg. 309 | “O primeiro problema da concepção weberiana sobre o papel da Sociologia no mundo é que, se for utilizada de maneira irrestrita pela política, a empresa científica pode ser prejudicada [...] Assim, corre-se o risco de o debate científico se tornar irremediavelmente sujeito ao debate político e aos interesses políticos a que pode servir8 . Apesar disso, não se deve esquecer que a Ciência (tanto em suas metodologias quanto em seus resultados) é efetivamente utilizada pela política. [...].” |
Pg. 310 | “Tanto a ideia durkheimiana quanto a ideia weberiana sobre a relação da Sociologia (e da Ciência em geral) com a vida social possuem limitações, apesar de terem afastado grande parte das ideias errôneas sobre essa relação que eram vigentes nos contextos em que esses dois sociólogos estavam inseridos. [...].” |
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