O HISTÓRICO PSICOLOGIA
Por: Marcia Freitas • 30/9/2019 • Resenha • 1.189 Palavras (5 Páginas) • 139 Visualizações
ANÁLISE DE ARTIGOS
Artigo 1 - Psicologia Histórico-Cultural e orientação profissional: vivências de jovens mobilizadas pela arte.
O artigo é o resultado de um estudo com objetivo de analisar a vivência de jovens do período pré-vestibular tendo como questões de análise o silêncio como forma de alienação ou elemento de crítica e as dimensões que envolvem a orientação profissional e as escolhas que o jovem tem que fazer para se situar dentro da sociedade em que está inserido.
A preocupação do jovem em realizar escolhas no que refere à área profissional certamente influencia e obriga a realização de uma escolha por determinado curso que nem sempre atende às suas expectativas, sem analisar, discutir, compreender suas escolhas. Apenas segue o curso que a sociedade impõe : terminar o ensino médio ira para faculdade e depois?
Como consequência, segundo os autores, não serão autônomos e críticos no Ensino Superior caso não tenham tido acesso a formas culturais promotoras de relações autônomas e pensamento crítico.
Esse aspecto justifica a importância da presença do psicólogo na escola para orientar sobre qual o caminho a seguir diante de tantas situações já definidas pela sociedade, nas relações dentro e fora do ambiente escolar e na própria escolha profissional.
Entretanto percebe-se que existe uma distância entre o que é apresentado no ambiente escolar, relacionado à compreensão de mundo, escolhas, decisões sobre o ambiente à sua volta, e a realidade que o estudante encontra ao ingressar no curso superior.
As relações existentes entre o ambiente escolar do jovem e o ambiente que encontrado ao ingressar no ensino superior são completamente opostos, diferentes e o jovem se sente perdido e coloca em dúvida sua escolha, suas perspectivas profissionais, comprometendo suas satisfação pessoal e pois não consegue dar a resposta esperada pela sociedade. Essa sociedade que “não admite fracassos e valoriza o retorno financeiro imediato acima de qualquer satisfação pessoal em relação à profissão elegida.”
Assim o papel do psicólogo escolar deve ser mostrar a relação e as distâncias entre teoria e prática, isto é, o que o jovem tem como expectativa de satisfação pessoal e profissional e qual a realidade relacionada à essa satisfação depois que está na universidade.
O orientador profissional pode contribuir para o desenvolvimento de uma visão crítica em relação ao mundo do trabalho, da profissão e da própria escolha, sem se deixar influenciar pelos conceitos que a sociedade impõe desde sempre. “escolher a profissão com retorno financeiro mais rápido”
O uso da arte na orientação profissional, certamente permitirá que os indivíduos através da imaginação sobre o que espera ou deseja para seu para futuro profissional e pessoal, desenvolvam a comparem sentimentos e expectativas relacionadas à escolha profissional. Naquele momento a dúvida sobre independência profissional, por exemplo, pode ser questionada e analisada sob mais de um aspecto, mostrando possíveis consequência dessa escolha, e o que fazer diante das imposições da sociedade.
Essa previsão e essas expectativas podem ser trabalhadas por meio da arte tendo em vista que o sujeito ao usar hipóteses pode antecipar o reflexo de suas escolhas no seu futuro.
Recursos como filme, músicas, textos reflexivos, permite que o jovem se coloque diante de situações imaginárias de várias profissões, efetuando escolhas que podem ser alteradas mas, que retratam possibilidades reais de situações que podem acontecer no momento da escolha profissional que pode influenciar definitivamente sua própria realidade.
Referência
MEDEIROS, Fernanda P.; SOUZA, Vera L. Trevisan de. Psicologia Histórico-Cultural e orientação profissional: vivências de jovens mobilizadas pela arte. Rev. bras. orientac. prof, Florianópolis , v. 18, n. 2, p. 154-165, dez. 2017 . Disponível em
Artigo 2 - A escolha na orientação profissional: contribuições da psicologia sócio-histórica
O tema escolha na orientação profissional é relevante na medida em que trata da questão que envolve a visão que se tem do mundo à nossa volta e como essa visão pode influenciar a escolha profissional. Nesse aspecto a orientação profissional tem papel importante pois pode contribuir para que essa escolha esteja o mais próximo possível de uma profissão que realmente atenda nossos desejos e expectativas.
Essa orientação não é simplesmente ensinar como realizar a escolha, mas requer uma reflexão sobre todos os fatores embutidos nesse processo, ou seja, a orientação deve seguir de princípios determinantes e capazes de realmente direcionar um processo de escolha com o mínimo de influência das dimensões históricas e sociais de determinadas condutas e ações tradicionais, às quais o indivíduo está submetido desde que nasceu.
O orientador deve ser imparcial na observação e conhecimento do indivíduo que precisa de orientação, mesmo sendo o orientador um sujeito que sofre também influência do meio em que se encontra. Essa observação traz informações sobre quem é o orientando, o que ele deseja, quais os seus conhecimentos reais e a necessidade de ampliá-los, quais são suas escolhas, certas ou duvidosas.
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