O Laudo Psicologia Jurídica
Por: Danielle Mario Ortiz • 6/11/2019 • Trabalho acadêmico • 708 Palavras (3 Páginas) • 231 Visualizações
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CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: Psicologia Jurídica
DOCENTE: Nelma Silva
Laudo Psicológico (Exercício Pedagógico da Disciplina Psicologia Jurídica)
I-IDENTIFICAÇÃO
- Autoras: Danielle Alves da Silva Bachenheimer – CPD 89764
Edilane Lourenço da Costa – CPD 74078
- Interessado: Joaquim Lobato – Juiz da Comarca de Vitória/ES
- Assunto: Avaliação de Sanidade Mental
II-DESCRIÇÃO DA DEMANDA
A avaliada, Lola Cabrera Sánchez Crespo, 32 anos, casada, tem 2 (dois) filhos, possui ensino médio completo, do lar. Foi solicitado sua presença para uma avaliação psicológica do seu estado de sanidade mental, devido o assassinato de sua filha Araceli, ocorrido na cidade de Vitória/ES.
III-PROCEDIMENTO
Diante do exposto, o procedimento adotado foi uma avaliação psicológica para responder a solicitação. A avalição foi realizada em uma única entrevista semi-estruturada com perguntas abertas e fechadas relacionadas ao desenvolvimento da sua historia de vida nas diversas fases como: infância, adolescência e vida adulta, depois entramos aos poucos com o assunto relacionado ao crime, questionando sobre sua filha.
IV-ANÁLISE
Inicialmente foram feitas perguntas relacionadas à sua infância e adolescência, relacionamento familiar, escolar e conjugal. A analisada mostrou-se receptiva e respondeu a todas as perguntas.
Em geral a paciente apresentou nível intelectual satisfatório, com uso de vocabulário adequado e de acordo com sua escolaridade, dados que indicam contato com a realidade preservado.
A atividade cognitiva e perceptiva também se manifesta preservada. Não demonstrou sentimento de culpa nas respostas relacionadas ao crime, onde foi observado angustia e tristeza ao falar.
Denota capacidade de lidar com a dor/luto, apresentou mudanças positivas no humor e no comportamento, onde gesticulava para responder sobre a infância, adolescência, família e relacionamentos e o fazia de forma objetiva, indicando clareza e coerência.
Pelo método da observação, foi possível verificar entre as respostas e seu comportamento, alguns traços que poderiam indicar ansiedade e relacionamento interpessoal receoso, porem, demonstrou em várias respostas a capacidade de se relacionar socialmente.
No que diz respeito ao ocorrido, sua ansiedade situacional estava alta de acordo com as respostas, apontou intensa afetividade pela filha.
Há que se notar em alguns pontos da entrevista a qual a todo o momento relembra o seu afeto e sentimento de impunidade pelo ocorrido. Em determinado ponto, salientamos o ponto crucial do caso, em que a avaliada foi indicada como suspeita por ter envolvimento com os assassinos e/ou elo com o tráfico de drogas.
Portanto, ante a inconsistência de fatos das respostas fornecidas, não foi possível evidenciar fundamento nesse fato. Outro ponto a chamar atenção seria o momento de reconhecimento do corpo da filha.
A resposta a esse questionamento elucidou o comportamento da avaliada, pois ao ver o que o rosto da criança estava desfigurado por ácido justamente para não ser identificado e com o queixo deslocado por golpes, e em seu corpo havia mordidas nas partes intimas (indicando o quanto a menina havia sido brutalmente violentada), em seu sofrimento e dor no momento de identificar o corpo de uma criança tão frágil e indefesa, que ao sair de casa estava vestida, arrumada e bem cuidada, após dias sendo procurada, ainda havia esperanças de estar apenas perdida, de ser encontrada com vida.
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