O PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI): UM OLHAR SINGULAR PARA CONSTRUÇÃO DO PROCESSO PEDAGÓGICO DE APRENDIZAGEM

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI): UM OLHAR SINGULAR PARA CONSTRUÇÃO DO PROCESSO PEDAGÓGICO DE APRENDIZAGEM

Eduarda Cristina Soares de Melo

01322251

Psicologia

O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é um instrumento basilar para adaptar o currículo escolar às necessidades dos discentes e surge para afirmar o direito à educação, acessibilidade e à igualdade no ambiente escolar. O PDI é amparado na Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13146/2015), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/1996) e também está previsto no capítulo “Adaptações Curriculares” dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) publicados pelo Ministério da Educação (MEC).

A corresponsabilização e o diálogo entre a família e a escola promovem a base nos dois ambientes principais da vida da criança. É imprescindível o entendimento da família sobre o comportamento dela em relação a sua dificuldade em realizar atividades, de concentração e inquietude. O estímulo a uma rotina previamente estabelecida, com base na contratualidade, em que sejam trabalhados prazos, horários para a realização de uma tarefa, bem como a divisão de atividades mais extensas em etapas (WAGNER;KUNRATH, 2009).

Os familiares devem estar atentos aos estímulos que despertam o interesse da criança e o ambiente doméstico precisa ser pensado para facilitar a atenção durante realização das atividades, sem a presença de estímulos que facilitem a dispersão da atenção. A leitura, jogos, desafios podem ser reforçados nas atividades diárias, identificar as maiores dificuldades e organizar o material para o dia seguinte são estratégias que promovem uma rotina criativa e de autonomia. Destacar seus acertos, promover um diálogo mais assertivo e positivo, ao invés de comandos punitivos (SILVA, 2021).

É necessário adaptar as estratégias de ensino às necessidades da aluna, buscando atividades lúdicas e criativas, pois a sala de aula deve ser um ambiente agradável e dinâmico, onde o aluno tenha o prazer de conviver e aprender. No que se refere às ações pedagógicas é essencial que a equipe tenha conhecimento acerca do transtorno e dos aspectos psicossociais e educacionais que envolvem a presença de diferentes comportamentos no meio escolar, verificando a necessidade de um professor auxiliar (CARDOSO, 2009).

É fundamental que o professor crie situações que provoquem a curiosidade no aluno e estimule a construção do seu conhecimento, como: a contratualidade com a turma, o uso de vídeos, revistas, estímulos sensoriais, computador e até aulas externas. É importante ter uma rotina diária e organização, diminuir os estímulos que dispersam e maior contato visual. As avaliações devem ser repensadas para apreender as potencialidades do aluno, através de trabalhos, pesquisas de campo, apresentações, flexibilidade de horário, etc. Desta forma, compreende-se que as adequações curriculares estão presentes nas práticas pedagógicas desde a organização do ambiente e do tempo escolar, táticas e recursos pedagógicos, e, sobretudo na metodologia de avaliação (CARDOSO, 2009).